Uma vez vi uma charge sobre um sujeito
todo cheio de problemas psicológicos e que tinha mais um a resolver: que
terapia fazer diante de um cipoal de opções e novidades no mercado.
Pensando em dar uma ajuda, elenquei aqui
algumas terapias psicológicas importantes que li num texto que me mandaram. Não
sei quem é o autor.
GESTALT-TERAPIA
Criada por Fritz Pearls (1893-1970). Visa
ampliar a consciência do indivíduo a respeito das relações que ele estabelece
consigo mesmo ou com os demais.
Além disso, parte da premissa
que o meio onde ele vive pode ser acolhedor, possibilitando um desenvolvimento
criativo saudável, ou opressor, o que pode levar ao surgimento de neuroses.
Diferente dos psicanalistas, o gestalt-terapeuta procura estabelecer uma
relação menos formal com seu cliente. Dentre os recursos empregados, estão as
atividades voltadas à presentificação dos sentimentos: além de falar sobre sua
relação com alguém específico, o paciente pode imaginar-se conversando com a
pessoa ou representando em alguma modalidade expressiva (pintura, dramatização,
gestos, etc) as características desta relação. […]
TCC
As terapias cognitivo-comportamentais
(TCCs) se distanciam das idéias de Freud, pois não tem como foco estimular o
autoconhecimento. Em vez disso, são voltadas ao combate de
problemas específicos (como crises conjugais, timidez excessiva, dependência
química, fobia social, crises de ansiedade), bem como auxiliar no tratamento de
distúrbios psiquiátricos. Mais objetiva, reúne técnicas comprovadas cientificamente
para tratar qualquer um desses problemas, que podem envolver conversas com
pessoas específicas, exercícios de respiração e relaxamento, biblioterapia
(indicação de livros), entre muitas outras. Muitas dessas tarefas devem ser
feitas em casa ou no dia a dia. As TCCs são estruturadas para durar cerca de 20
sessões […].
PSICANÁLISE
Abordagem elaborada por Sigmund Freud. Um
dos principios dela é a associação livre, processo em que a pessoa é
orientada a conversar sobe os mais variados assuntos, sem
nenhuma censura, com seu analista. Este, por sua vez, ajudará o analisado a
interpretar as informações de modo a identificar dificuldades emocionais,
traumas, medos e inibições. O divã é muito usado nessa terapia, pois impede a
troca de olhares – evitando, assim, uma busca por sinais de aprovação ou quaisquer
outras reações no rosto do terapeuta. O tratamento é dividido em sessões (em
média, de três a cinco por semana) de 50 minutos cada e pode se estender por
anos. É um processo caro […] Contudo, trata-se de um investimento para a vida
toda. Como o indivíduo passa a conhecer mais sobre si mesmo, ele amadurece
emocionalmente e usufrui de mais qualidade de vida.
JUNGUINANA
Conhecida como Psicologia Analítica, essa
vertente foi desenvolvida por Carl Jung, inicialmente discípulo de Freud, e depois seu opositor. Nela, são
enfocados aspectos do inconsciente (principalmente sonhos),
assim como pensamentos coletivos que interferem na saúde emocional. Para
extrair esses elementos, emprega-se não apenas o diálogo direto, mas também
pinturas, hipnose e diários de registro de sonhos. Outra técnica utilizada por
psicólogos analíticos é o sandplay (jogo
de areia): o paciente utiliza objetos para criar cenários em uma caixa de areia
e, dessa forma, expressar características pessoais que ele mesmo desconhece.
Geralmente adota-se o padrão de uma sessão semanal de 50 minutos. […] Segundo a
psicóloga Denise Gimezes Ramos, os resultados tornam-se mais visíveis após o
terceiro mês de tratamento.
LACANIANA
Variação da psicanálise freudiana. Assim
como sua predecessora, utiliza a livre associação para fazer com que o
indivíduo
reflita e encontre a solução para seus dilemas. Para o
analisado, a diferença mais notável entre as duas abordagens diz respeito à
duração da consulta: em vez de se pautar nos clássicos 50 minutos, Jacques Lacan
(idealizador da abordagem) defendia que cada encontro com o analista deveria se
desenvolver a partir de três momentos lógicos fundamentais – instante de olhar
(que corresponde a entrevistas preliminares), momento de compreender e momento
de concluir. A partir dessa estrutura, o especialista pode fragmentar a sessão
conforme a evolução do paciente, fazendo com que ela dure poucos minutos ou
mais de uma hora. […]
REICHEANA
Para essa terapia, os afetos reprimidos –
medo, angústia e inibição da expressão dos sentimentos – se traduzem
em bloqueios energíticos que contraem as regiões do corpo.
Mandibulas cerradas, diafragma contraído, respiração superficial e sudorese são
exemplos de sinais. Dessa forma, os terapeutas reicheanos levam em conta a
linguagem corporal e aplicam técnicas respiratórias, de postura corporal e de
massagem. A abordagem é especialmente recomendada para pessoas com sintomas
psicossomáticos, como miocardiopatas, hipertensos e portadores de distúrbios
gástricos (gastrite ou refluxo) ou de crises de ansiedade. A duração média do
tratamento custuma ser de um ano e meio, mas varia conforme a necessidade de
cada paciente. […]
Excelente matéria para o conhecimento do psiquismo humano. A terapia deveria ser uma técnica mais difundida e colocada à disposição do cidadão de média e baixa renda através do "SUS". Muitos problemas físicos seriam sanadas, bem como se daria uma verdadeira "profilaxia"comportamental.
ResponderExcluirAntônio Carlos Faria Paz. Itapecerica/MG