Fazenda onde nasceu o blogueiro. Foto Luis Fernando Gomes

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segunda-feira, 28 de março de 2011

Digitar ou Escrever à Mão? Eis a Questão.

Não. Não é saudosismo. Mas estou achando que o velho hábito de escrever com lápis ou caneta vai nos prejudicar mais cedo ou mais tarde. Prestem atenção nestas pesquisas e vamos mudar o ditado: mais vale uma caneta na mão do que dois teclados no computador ... para a saúde de nosso cérebro.
A minha letra -  que, erroneamente,  era dita  de  caligrafia "feia", já que caligrafia vem do grego kalé (bela) e grafia (escrita) – tem piorado tanto que quase não reconheço minhas garatujas...

COMPUTADOR, CANETA E LÁPIS
À medida que os teclados substituem as canetas, novas pesquisas alertam que essa troca pode ocorrer a um preço não previsto: a perda de atividade cerebral crítica para o aprendizado que está ntrinsecamente ligada à boa e velha escrita manual.
Essa preocupação surge com um estudo conduzido por uma equipe de pesquisadores na França e Noruega, que concluiu que a escrita manual é na realidade uma experiência sensorial muito diferente do que digitar num teclado, com cada atividade ativando partes distintas do cérebro.
“Quando escrevemos com caneta, os movimentos feitos deixam uma memória motora na região sensorial-motora do cérebro, que nos ajuda a reconhecer letras. Isto implica numa conexão entre leitura e escrita, e sugere que o sistema sensorial-motor exerce um grande papel no processo de reconhecimento visual durante a leitura”, explica Anne Mangen, do Centro de Leitura da Universidade de Stavangers, na Noruega, numa notícia divulgada pela instituição.
Mangen e seu colega Jean-Luc Velay da Universidade de Marseille divulgaram conjuntamente suas observações no jornal Advances in Haptics. Os autores também ressaltaram outra razão pelo qual a escrita pode afetar o processo de aprendizado: a escrita simplesmente demanda mais tempo.
Na ciência da educação, há pouco interesse na ergonomia da leitura e escrita, e seu potencial significado no processo de aprendizado. Os autores analisaram as descobertas de um estudo em que dois grupos de adultos foram pedidos para aprender um alfabeto desconhecido. Um grupo aprendeu utilizando a escrita manual, enquanto o outro o teclado. Algumas semanas após o aprendizado os grupos realizaram diversos testes e o grupo que aprendeu escrevendo se saiu melhor em todos eles.
Os autores alertam para o fato de que as pesquisas em pedagogia têm desviado de uma abordagem cognitiva e derivado para o foco das relações contextuais, sociais e culturais. Com isso, elas têm falhado em reconhecer como as diferentes tecnologias e materiais afetam os processos sensoriais-motores e como eles modelam a cognição, afetando o aprendizado.

terça-feira, 22 de março de 2011

DEPRESSÃO

Ah, a depressão.... O mal do século...Quem não teve um parente deprimido? Ou meso não passou por momentos depressivos? Vamos ver sinteticamente o que é isto.

O que é depressão?
Depressão é uma doença que afeta o estado de humor da pessoa, que passa a viver um estado anormal de tristeza. Todas as pessoas, homens e mulheres, de qualquer faixa etária, podem sofrer a depressão, porém, mulheres são duas vezes mais afetadas que os homens. Idosos de forma geral sofrem em maior quantidade.  Acontece também  diagnóstico de depressão em crianças, embora essas tenham características particulares. A depressão pode se apresentar numa pessoa de duas formas: na forma de reação depressiva,ou na forma de transtorno depressivo.  
A reação depressiva ocorre por conta de um evento que pode ser identificado e que justifica tal estado, tais como, uma separação, a perda de um ente querido, a perda de um emprego, e outros fatos e acontecimentos possíveis de atingir qualquer pessoa. A reação depressiva pode ser tratada com relativa facilidade, respeitada a estrutura de personalidade da pessoa, porque não chega a causar alterações orgânicas importantes, atuando quase sempre num plano mais psíquico. 
  Transtorno DepressivoQuando esses fatores que geram a reação depressiva se tornam intensos e constantes e se somam a fatores genéticos ou neuroquímicos, podemos então evoluir para o transtorno depressivo, ou a chamada “doença depressão”, que se instala de forma mais profunda e intensa, e quase sempre a causa passa a se tornar difícil de ser localizada. Também torna-se mais difícil o tratamento porque a quantidade de alterações psíquicas se unem às orgânicas e que ficam bastante acentuadas. É normal que se tenha que fazer uso de um medicamento antidepressivo para corrigir tal estado. Tanto num caso como no outro, o sofrimento é intenso, muito maior que aquela tristeza comum. Esse sofrimento dura a maior parte do dia por pelo menos duas semanas. 
  SintomasSe você se sente permanentemente triste, desesperançado, desanimado, abatido, na fossa, baixo-astral, ou ainda, com raiva persistente, ataques de ira ou tentativas constantes de culpar os outros, com inúmeras dores pelo corpo sem causas médicas que as justifiquem, precisando recorrer ao álcool ou drogas para relaxar ou dormir, você pode estar em processo depressivo.  
 TratamentoNão se assuste: a depressão é uma doença reversível, ou seja, há cura completa se tratada adequadamente. Nas depressões leves reativas um acompanhamento psicoterapêutico normalmente é suficiente. Quanto mais profunda a depressão, mais alterações neuroquímicas ocorrem, e neste caso, o tratamento psicoterapêutico deve ser acompanhado de um tratamento médico e medicamentoso para ser mais eficaz. Se você sente algum ou alguns dos sintomas mencionados, e principalmente se o nível de tristeza que sente é persistente, procure um profissional da área da psicologia ou da psiquiatria para fazer uma avaliação e verificar qual o tratamento adequado
 

sexta-feira, 18 de março de 2011

39 Dicas bem curiosas..No dia de meu aniversário.

1.         Caminhe de 10 a 30 minutos todos os dias e sorria enquanto caminha.

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2.         Medite por 10 minutos ao dia.

3.         Escute boa música todos os dias. A música é um autêntico alimento para o espírito.
4.         Ao se levantar de manhã, fale "Que beleza. Estou vivo. Mais um novo dia".

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5.         Viva com os 3 "E": Energia, Entusiasmo e Empatia.

6.         Participe de mais brincadeiras do que no ano passado.
7.         Sorria mais vezes do que o ano passado.

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8.         Olhe para o céu pelo menos uma vez por dia e sinta a majestade do mundo que rodeia você.

9.         Sonhe mais, estando acordado.
10.      Coma mais alimentos que crescem nas árvores e nas plantas, e menos alimentos industrializados.

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11.      Coma nozes e frutas silvestres. Tome chá verde, muita água e um cálice de vinho ao dia. Cuide de brindar sempre por alguma das muitas coisas belas que existem em sua vida e, se possível, faça em companhia de quem você ama.

12.      Faça rir pelo menos 3 pessoas por dia.
13.      Elimine a desordem de sua casa, seu carro e seu escritório. Deixe que uma nova energia flua em sua vida.

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14.      Não gaste seu precioso tempo em fofocas, coisas do passado, pensamentos negativos ou coisas fora de seu controle. Melhor investir sua energia no positivo do presente.

15.      Tome nota: a vida é uma escola e você está aqui para aprender. Os problemas são lições passageiras, o que você aprende com eles é o que fica.
16.      Tome o café da manhã como um rei, almoce como um príncipe e jante como um mendigo.

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17.      Sorria mais.

18.      Não deixe passar a oportunidade de abraçar quem você ama. Um abraço!
19.      A vida é muito curta para você desperdiçar o tempo odiando alguém.

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20.      Não se leve tão a sério. Ninguém faz isto.

21.      Não precisa ganhar cada discussão. Aceite a perda e aprenda com o outro.

22.      Fique em paz com o seu passado para não estragar o seu presente.

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23.      Não compare sua vida com a dos outros. Você não sabe como foi o caminho que eles tiveram que trilhar na vida.

24.      Ninguém está tomando conta da sua felicidade a não ser você mesmo.
25.      Lembre que você não tem o controle dos acontecimentos, mas sim do que você faz deles ou de como você os encara 

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26.      Aprenda algo novo cada dia.

27.      O que os outros pensam de você não é de sua conta.
28.      Ajude sempre os outros. O que você semeia hoje, colherá amanhã.

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29.      Não importa se a situação é boa ou ruim, ela mudará.

30.      O seu trabalho não cuidará de você quando você estiver doente. Seus amigos sim. Mantenha contato com seus amigos.
31.      Descarte qualquer coisa que não for útil, bonita ou divertida.

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32.      A inveja é uma perda de tempo. Você já tem o que você precisa.

33.      O melhor está ainda por vir.
34.      Não importa como você se sente: levante, vista e participe.

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35.      Ame sempre com todo o seu ser.

36.      Telefone para seus parentes frequentemente e mande emails dizendo: Oi, estou com saudades de vocês!
37.      Cada noite, antes de deitar, agradeça  por mais um dia vivido.

Oração-2

38.      Lembre que você está muito abençoado para estar estressado.
Trem-1
39.      Desfrute da viagem da vida. Você só tem uma oportunidade, tire dela o maior proveito.
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A vida é bela.
Desfrute dela enquanto você pode.

domingo, 13 de março de 2011

Um Sermão da Montanha Bem diferente.

Temos lido nos jornais e ouvido nas TVs que a vida dos professores, além de não ser fácil, com baixos salários e enormes cobranças, tem sido ameaçada pela violência ou agressividade de alunos e pais. A profissão parece com a de jornalista correspondente de guerra: pode ser morto. Voltando aos “bancos escolares”, convivi mais proximamente com os professores - principalmente professoras, pois me afirmaram que por serem baixos os salários, os homens nmão se habilitam-,  e sinto o seu drama. Recebi este texto crítico e bem humorado e não resisti: passo para vocês.
 
 
 
Nem Cristo aguentaria ser um professor nos dias de hoje.....
 
O Sermão da montanha   (*versão para educadores*)
 
Naquele tempo, Jesus subiu a um monte seguido pela multidão e, sentado sobre uma grande pedra, deixou que os seus discípulos e seguidores se aproximassem.
Ele os preparava para serem os educadores capazes de transmitir a lição da Boa Nova a todos os homens.

Tomando a palavra, disse-lhes:
- "Em verdade, em verdade vos digo:
Felizes os pobres de espírito, porque  deles é o reino dos céus.
Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque  serão saciados.
Felizes os misericordiosos, porque eles..."]

Pedro o interrompeu:
- Mestre, vamos ter que saber isso de cor?

André perguntou:
- É pra copiar?

Filipe lamentou-se:
- Esqueci meu papiro!

Bartolomeu quis saber:
- Vai cair na prova?

João levantou a mão:
- Posso ir ao banheiro? Quero ver esta nova espinha que saiu no meu rosto.

Judas Iscariotes resmungou:
- O que é que a gente vai ganhar com isso?

Judas Tadeu defendeu-se:
- Foi o outro Judas que perguntou!
 
Tomé questionou:
- Tem uma fórmula pra provar que isso tá certo?

Tiago Maior indagou:
- Vai valer nota?
 
Tiago Menor reclamou:
- Não ouvi nada, com esse grandão na minha frente.

Simão Zelote gritou, nervoso:
- Mas, porque não dá logo a resposta e pronto!?

Mateus queixou-se:
- Eu não entendi nada, ninguém entendeu nada!
 
Um dos fariseus, que nunca tinha estado diante de uma multidão nem ensinado  nada a ninguém, tomou a palavra e dirigiu-se a Jesus, dizendo:
- Isso que o senhor está fazendo é uma aula? Onde está o seu plano de curso e a avaliação diagnóstica? Quais são os objetivos gerais e específicos? Quais são as suas estratégias para recuperação dos conhecimentos prévios?
 
Caifás emendou:
- Fez uma programação que inclua os temas transversais e atividades integradoras com outras disciplinas? E os espaços para incluir os parâmetros curriculares gerais? Elaborou os conteúdos conceituais, processuais e atitudinais?

Pilatos, sentado lá no fundão, disse a Jesus:
- Quero ver as avaliações da primeira, segunda e terceira etapas e reservo-me o direito de, ao final, aumentar as notas dos seus discípulos para que se cumpram as promessas do Imperador de um ensino de qualidade. Nem pensar em números e estatísticas que coloquem em dúvida a eficácia de nosso projeto. E vê lá se não vai reprovar alguém! Lembre-se que você ainda não é professor titular...
 
 
 

quinta-feira, 10 de março de 2011

Quando começar um novo relacionamento?

Eis uma dúvida hamletiana: começo ou não um relacionamento novo ? Imediatamente após o término do antigo ou dou um tempo? Li este texto, não sei onde, não sei o autor, fiz algumas modificações e envio aos meus leitores.

FIM DE RELACIONAMENTO... Quando iniciar outro?

 
Claro que o fim de um relacionamento é sempre doloroso, principalmente se não tiver sido você quem rompeu. Como será o futuro tanto de quem rompeu, como daquele que foi abandonado, ou, até mesmo dos dois quando há consenso na separação?   
Devemos saber que, quando estamos nos relacionando com alguém, na verdade essa relação ocorre a três: Eu, o outro real, e o outro imaginário, aquele que eu idealizei e internalizei segundo minhas percepções e necessidades. É muito comum que o outro imaginário e o outro real não sejam exatamente iguais, o que causa problemas durante o relacionamento, mas às vezes, dependendo do grau de maturidade, o real e o imaginário podem se aproximar muito. Mas quero falar é do final e não do desenrolar dos relacionamentos. 
Quando nos separamos de alguém, começamos um processo de luto, em particular se formos a parte abandonada. Esse luto é semelhante, na maioria dos casos, ao luto da perda de alguém pela morte. O outro (a) se foi... Não há o que fazer, a não ser passar a aceitar o processo. Não é tão fácil!  É doloroso, e às vezes parece mortal. Às vezes mobiliza a ira, o ódio, as ações para recuperação, etc...
O outro (a) real se foi!  Não há o que fazer. Mas e o outro (a) idealizado(a), o outro(a) mental, aquele(a) que habita nossa mente, nossas emoções, nossas lembranças e nossa saudade? Desse (a) é muito mais difícil se separar, porque foi construído(a) para nós e por nós. Pior ainda, quando temos certeza que esse (a) outro(a) corresponde ao outro real. Mas enfim, não temos poder sobre ninguém, e um dia simplesmente dançamos. Simplesmente perdemos o jogo, simplesmente passamos para o lado de fora da pista, simplesmente passamos a ser alguém apenas normal perante a vida.
Assim sendo, fica difícil elaborar esse luto, essa perda, porque o outro(a) nos habita, é alguém a quem entregamos nosso coração, nossa alma muitas vezes. E agora, não basta que ele ou ela tenha ido embora, precisamos “assassinar” quem ficou dentro de nós, e isso dói, leva tempo, é causticante, e mais horrível ainda se há sentimentos nobres como  carinho e o amor.
Por isso, quando quem sai do relacionamento, sai de coração vazio, quando já houve a morte do(a) outro(a) imaginário, o sofrimento para este ser é menor do que para quem ficou. O luto é melhor elaborado, provavelmente já o foi por um bom tempo, a perda é muito menos dolorosa, e os sentimentos associados a ela também.  

Quando entrar em outro relacionamento?

Apesar do velho ditado que diz que matamos um amor velho com um amor novo, se formos o “abandonado(a)” da história, e rapidamente nos envolvermos com outra pessoa para esquecer o que se foi, é comum que esta outra pessoa acabe sendo de alguma forma parecida com o ex ou a ex, seja fisicamente ou em comportamentos, e que a tratemos como tal, fazendo comparações e cobranças danosas.
Isso tende a ocorrer principalmente porque o(a) outro(a) imaginário(a) continua habitando nossa mente, que acaba selecionando no mundo real alguém que corresponda ao nosso(a) outro(a) ideal ainda vivente, minimizando assim as dores, as angustias, as lembranças e a saudade daquele(a) que nos deixou. Isso ocorre mesmo que o antigo relacionamento tenha causado muito sofrimento e, acreditem, principalmente quando isso aconteceu, pois sofrimentos deixam marcas emocionais muito fortes.
Por isso é aconselhável, se você foi abandonado ou abandonada, e não deseja repetir padrões antigos de relacionamento, ou ficar vivendo de comparações entre duas pessoas, que dê um tempo entre um relacionamento e outro, usando as energias para se divertir, curtir, encontrar novas formas de prazer, amigos, leituras, cinemas, viagens, ou até mesmo trabalho, antes de tentar outro relacionamento para ser levado a sério. É preciso um tempo para “matar” a saudade, a angústia, a dor que sobrou. Infelizmente, não se sabe quanto tempo.
Não se pressione, não tenha pressa e não gaste energia querendo matar o amor, ele é nobre. Mate simplesmente a presença do(a) outro(a) em sua vida. Não permita que ele(a) dirija seus passos. Ame-o(a) se desejar, mas não necessite dele ou dela para viver. 
Quando você já tiver conseguido se separar do(a) outro(a) imaginário, que é uma separação mais lenta e dolorosa que a do(a) outro(a) real ( repito, não se sabe quanto pode levar), então você estará pronto ou pronta para encontrar novas formas de amar sem querer preencher um buraco emocional que ficou (talvez continue amando a pessoa para sempre), e assim, poderá aceitar uma outra pessoa na sua integridade, na sua verdade, sem que ela tenha que ser ninguém a não ser ela mesma. Ou talvez não aceite ninguém, e simplesmente resolva aceitar a você mesmo(a) como a pessoa mais importante da sua vida.
Insisto, não tenha pressa, mesmo que o mundo inteiro o pressione, siga seu tempo, prepare-se para ser feliz e não para simplesmente repetir relacionamentos, ou se preencher de outros.
Não esqueça que não existem duas pessoas iguais, portanto, não se exija amar pessoas diferentes da mesma maneira.





sexta-feira, 4 de março de 2011

TRIBUTO A MEU PAI

Em 06 de março de 2000, numa segunda feira de carnaval, morria meu pai. No ano seguinte, quando publiquei meu livro, fiz uma pungente e nostálgica crônica falando dele. Antes mesmo do índice dos textos, lá estava ela, a crônica, revelando a importância que era para mim
Quem não pode lê-la no livro, poderá fazê-lo agora.



Sobre meu pai...


Dentre todas as manifestações de pesar recebidas no enterro de meu pai, duas tocaram-me o coração entristecido e transtornado pela dor:
“É uma árvore que tomba”, falou-me o homem com a voz embargada, o rosto rústico, castigado pelo sol e pela vida em seu árduo trabalho no campo.
Sim, meu pai foi uma árvore. Uma árvore que cresceu, que criou raízes, que deu frutos, que proporcionou sombra refrescante (onde sonhávamos), que enfrentou os ventos andrelandenses, que suportou temporais, que se ressecou sob o sol ardente ou pelo frio que penetrava em sua madeira, assim como penetrava nos ossos dos homens e mulheres, e que deixou sua marca no solo, sua fonte de vida.
“Era um homem de gestos elegantes”, sussurrou-me aquele conhecido, vestido com um terno italiano, enquanto me cumprimentava com as mãos finas e delicadas, fruto de um trabalho acadêmico e intelectual.
Sim, meu pai foi um homem elegante, Elegante no falar, elegante nos gestos, elegante no educar os filhos, elegante no trato com seus fregueses, com seus vizinhos, com os conhecidos, com seus amigos. Os gestos elegantes são símbolo de uma alma engrandecida, límpida e pura.
Sim, meu pai foi uma árvore. E uma árvore elegante. E que, infelizmente, tombou.








terça-feira, 1 de março de 2011

QUE VENHA MARÇO

Com suas águas fechando o Verão, com a chegada do Outono, com o Dia Internacional das Mulheres, com  o friozinho nas matutinas horas, o níver do autor do blog, e alcançando os mil (1000) acessos, reveladores de que os leitores são fiéis, estão gostando e tem dado retorno. Obrigado. Falando nisto, MARço tem MAR de Mário Cleber.