Mário Cleber da Silva
Com a vinda do Papa Francisco ao Brasil, resolvi escrever
este texto que é a pura verdade.
Leitores atentos e católicos fervorosos vão querer reclamar
do título, dizendo que estou falando bobagem e inventando coisas. Nunca houve estes papas. Calma, eu peço. E
mais, o que tem o Obama a ver com isto? O que ele está fazendo aqui? Não está
mais por fora do que Pôncio Pilatos do Credo? Vocês entenderão tudo quando
lerem.
Com relação ao primeiro papa, devo dizer que a história só
vem a público por causa das espionagens que os Estados Unidos fazem nos quatro
cantos do planeta. E eles espionaram o conclave, quando foi escolhido o novo
papa. Um ex-colega meu do seminário, que trabalhava com Snowden, me enviou
gravações do que aconteceu lá. São muitas as fitas, mas achei melhor me fixar
no momento da escolha do novo papa. Mas ele me pediu encarecidamente que não
revelasse o nome dele, portanto minha fonte ficará anônima.
Vamos lá.
Assim que o novo papa
foi escolhido, houve um grande alvoroço: muitas palmas, gritos de olé, um
cardeal mais afoito dançou flamengo com castanholas muito bem manipuladas,
bombinhas contra asma foram acionadas e o Camerlengo perguntou ao eleito:
- Que nome vai escolher?
- Jesus – disse secamente. (Ele pronunciou “Resús”, como
falam os de língua espanhola. Gesù, teria dito em italiano logo a seguir, e que
eu traduzo aqui como Jesus).
Houve um silêncio sepulcral. Quem gritava olé ficou com o grito
parado na garganta, o prelado dançarino jogou as castanholas longe, os das
bombinhas não tiveram força para apertá-las, e os restantes se benzeram.
- Mas não pode - atreveu-se o auxiliar do conclave. – Uma
falta de respeito.
- Pero yo soy argentino. (Eu sou argentino, traduzindo).
- E daí?
- Para mi el mejor.
- Não. Não pode. Não pode.
-Pedro, então. Pedro II.
- Isto é nome de avenida em Belo Horizonte - disse um cardeal brasileiro, meio gozador.
- O que é isto? - Falou novamente o Camerlengo. – Não pode. Se escolher o nome de Pedro, será o último
papa e o mundo vai acabar.
- E vamos todos morrer – gritaram em uníssono os cardeais.
- Mas que bobagem – argumentou o papa eleito. – Estamos
todos velhos e vamos morrer logo, logo.
- E o meu neto? – perguntou um cardeal. E logo em seguida:
Ops, desculpe, foi sem querer.
- Escolhe outro nome. Pedro II nem morto – foi peremptório o
auxiliar do papa.
- Nem “morta” – o brasileiro estava impossível naquele
momento.
- Nem morta ...- aquela voz em português já era conhecida
O novo pontífice já estava se aborrecendo e pensando em acabar com
aquela brincadeira de escolher nome de papa e desistir do papado, como naquele
filme do italiano, “Habemus Papam”. Ficou
bravo, nervoso, foi falando:
-Chico... – querendo dizer, olha aqui Camerlengo...
- Isto mesmo – ouviu-se de novo a voz do cardeal brasileiro
– Chico. É diminutivo de Francisco.
Francisco é bom nome.
- FRANCISCO FRANCISCO FRANCISCO – gritaram de novo em
uníssono todos os cardeais presentes.
O novo papa fuzilou com o olhar o brasileiro e disse:
- Brasileños... Ustedes van mi pagar. Por “desafuero” a primeira viagem
que eu fizer vai ser no seu país e vocês vão gastar milhões de dólares comigo.
E eu não sou bento (Escutou-se uma risadinha). E mais, vou levar um cardeal
comigo na sacada da praça aqui no Vaticano quando eu for apresentado à
multidão. Se eu for vaiado, igual a
Dilma, o brasileiro também vai.
Eis a origem do nome Papa Francisco, o fato de um cardeal
brasileiro o acompanhar na sacada da janela e ele, o Papa, vir ao Brasil.
The End.
Agora, quanto à segunda história do Papa João XXIV, esta
aconteceu em Belo Horizonte, Minas Gerais.
Há muitos anos foi criado um Pronto Socorro em BH – quando
não havia ameaça de vinda de médico cubano para o Brasil – e ele recebeu o nome
em homenagem ao grande papa, Giovanni Roncalli: João XXIII. O pronto socorro é
referência médica das melhores na cidade e região. Médicos competentes e
dedicados ficam lá dia e noite. Aí, resolveram construir um novo Pronto Socorro
numa região bem antiga de BH, chamada Venda Nova. Região norte e muito habitada.
O povo não teve dúvida: chamou-o de João XXIV.
Vox Populi, Vox Dei.
Agora, sobre o Obama. Todos, no mundo inteiro, sabemos que
ele, Prêmio Nobel da Paz, mandou nos
espionar. Mas, como bom político, ele não está perdendo o sono por causa
disto. E até fez uma reunião como umas
criancinhas na Casa Branca. E instou que todos fizessem perguntas. Um menino,
mais afoito, indagou.
- Meu pai me disse que o senhor espiona a gente. É verdade?
E o Presidente olhando no fundo dos olhos do garoto respondeu:
- Ele NÃO é seu pai.
Simplesmente hilário! Muito boa a crônica!
ResponderExcluirAntônio Carlos Faria Paz.