Fazenda onde nasceu o blogueiro. Foto Luis Fernando Gomes

Fazenda onde nasceu o blogueiro. Foto Luis Fernando Gomes
Fazenda onde nasceu o blogueiro. Foto Luis Fernando Gomes

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

13 Dicas para transformar sua vida em um inferno.


“O inferno são os outros”, já dizia Sartre. Mas que bobagem... Por que não fazemos nós mesmos o nosso inferno? Siga rigorosamente estas dicas e você atingirá seus objetivos. Final de um  ano e início do outro é um bom momento para reflexão.

1)     Relembre com freqüência tudo o que deu errado, não deixando de citar nomes e sobrenomes dos culpados. Guarde o ódio na geladeira. Ou, se possível, no freezer.
2)     Fuja do presente, prendendo-se a todos os erros do passado ou – isto é tiro e queda – temendo o futuro.
3)     Faça com que sua felicidade dependa sempre dos atos e das opiniões dos outros.
4)     Calcule o valor daquilo que você NÃO TEM.
5)     Critique amargamente – desça a lenha - as  pessoas que o decepcionaram.
6)     Lamente e reclame de sua (má) sorte.
7)     Não faça planos, já que eles não darão certo mesmo.
8)     Desconfie de todos, porque seguramente eles estão tramando algo contra você. Ou vão tramar.
9)     Queixe-se  a todo momento e de tudo, se puder. Não só do governo.
10)   Alegre-se com a infelicidade alheia. “Bem feito, mereceu”.
11)   Fale mal de tudo e de todos. Sobretudo dos políticos, “estes safados”.
12)  Não ouça ninguém. Eles querem ver sua caveira.
13)  Vá dormir com a certeza de que tudo poderá ser pior amanhã.


Fiz a minha parte, agora é com você. 

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

VONTADE, DESEJO, COMPULSÃO E PRAZER.

Não é só no Natal que expressamos nossos desejos ou mesmo necessidades. A vida toda temos que lidar com "vontade, desejo, compulsão e prazer". Pensando assim é que coloquei esta postagem hoje.


O  texto a seguir vai falar de vontade, prazer, desejo e compulsão. Li-o no site “O ser em si”. Não tinha
 autoria. Como o objetivo é pensar estes conceitos, vale a pena “blogá-lo” para que meus leitores forcem o pensamento.

De onde vêm suas vontades?
 
Já foi dito que nossa civilização, tida como ocidental cristã, fundamenta-se na repressão ao desejo. 
Preferimos chamá-la de greco-judaica, pois até hoje, na prática histórica, o cristianismo quase só lhe tem 
servido de embalagem. De qualquer modo, a Teoria da Energia Material Humana comprova essa afirmação: 
o desejo é reprimido pelo saber produzido por essa civilização, pois é todo embasado no conceito de que 
matéria é igual à massa, negando-lhe sua dimensão de energia. 
Com essa negação, o que esse saber tem feito é criar meios e modos de convivermos com a energia 
material
 humana negativa/mortal, sem que aprendamos a dela nos desfazer. Com isso, cada vez mais, nos 
distanciamos de nossa própria natureza e, consequentemente, do nosso próprio desejo.
É uma pena! É a vivência do desejo que nos traz paz e felicidade!
Por ser a expressão da natureza em nós, o desejo é paciente, tem senso de oportunidade e é respeitoso.
 Daí que a sabedoria popular tinha uma verdadeira relação de sacralidade com ele.
Já a compulsão, que atualiza as nossas heranças históricas, é impaciente, oportunista e egoísta. É ela que 
gera o tal do capricho – ou voluntariedade -  que tanto a sabedoria popular combatia!
Vamos tentar entender esses dois conceitos a partir da Teoria da Energia Material Humana.
O ser humano é um sistema vivo que funciona regido pelos instintos de sobrevivência e preservação da 
espécie. Para cumprir a missão desses dois instintos coexistem 5 sub-sistemas que funcionam 
independentemente de nossa vontade e por isso são chamados de autônomos: respiratório, digestivo, 
excretor, reprodutor (fase genital) e produtor (fase sexual).
Apesar de terem seu tempo próprio e sua própria dinâmica, o grau de amadurecimento do primeiro 
subsistema interfere na evolução do segundo, e assim por diante. E é através do amadurecimento 
progressivo e cumulativo de cada um desses subsistemas autônomos que se dá a formação do nosso 
desejo. 
E o amadurecimento do desejo se mede pela capacidade do indivíduo de controlar cada um desses 
subsistemas e de dessa vivência extrair o máximo de prazer. É essa a medida de nossa potência: quanto
 mais nos sentimos senhores de nossos desejos mais nos sentimos potentes.
O desejo sexual maduro é, portanto, a síntese da evolução de todas as etapas anteriores.
Sendo o desejo a expressão da natureza em nós, podemos afirmar que é através de sua vivência que produzimos/reproduzimos a energia material humana vital/positiva (EMH+), a nossa energia natural e 
primitiva.
Na medida, porém, em que o ser humano vai aprendendo a reprimir seus desejos, passa a agredir sua
 própria natureza e passa também a produzir/reproduzir a energia material humana mortal/negativa (EMH-).
 É essa energia que vai sujando os sensores de nossos subsistemas autônomos, impedindo o nosso real 
controle sobre eles e impossibilitando-nos de sentir prazer.
Ou por outra, se imaginarmos que o desejo fosse uma célula, a energia material humana mortal/negativa
 (EMH-) a encobriria por camadas, impedindo seu fluxo normal e produzindo um processo de expulsão
 violenta a que damos comumente o nome de compulsão.
A vontade pode, pois, expressar tanto o nosso desejo quanto a nossa compulsão. Quando ela é expressão
 do desejo, propicia prazer e satisfação. Quando expressa compulsão, gera um alívio imediato, mas
 também
 um estado permanente de insatisfação, gerando a famigerada voluntariedade (capricho).
Daí a importância de estarmos sempre atentos às nossas vontades, delas nos desconfiando e 
perguntando-nos sempre: são expressão do nosso desejo ou de alguma compulsão?
Mais importante ainda é tentar ir nos livrando daquelas que expressam compulsão, a fim de que nos 
aproximemos cada vez mais do nosso desejo e possamos viver uma vida de paz, prazer, gozo e felicidade:
 o verdadeiro reino do amor, da vida em abundância.







quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

O que é o tal de “coaching”?

Na nossa vida profissional temos dúvida se estamos trilhando o caminho certo se não existiria outra opção. Agora mesmo, não sei se largo esta minha vida de aposentado, à toa, ou entro na de escritor famoso, com noites e noites de autógrafos, palestras pelo Brasil afora. Aí, então vou precisar do coaching. Esta é uma brincadeira, mas cujo tema vem ao encontro de uma expectativa e necessidade de dois amigos meus, coincidentemente na faixa próxima dos 40 anos, que me pediram uma ajuda. Para eles e para vocês, leitores, uma postagem que vem a calhar no final do ano.



As dúvidas podem fazer parte da carreira de qualquer profissional e por mais traçada que esteja sua trajetória, em certos momentos é preciso tomar decisões, fazer alguns ajustes e mudanças para descobrir qual o caminho certo a seguir. É nesse momento que entra em cena a figura do coach de carreira.
Segundo a coach e consultora de imagem Waleska Farias, o coaching é um processo de investigação que promove o autodesenvolvimento do profissional e lhe dá condições para validar seus reais objetivos e identificar os fatores que o distanciam de alcançá-los.
"O coach auxilia o profissional a descobrir o que ele realmente quer para poder construir, de modo estratégico, sua trajetória profissional", diz.
Entre os benefícios que o coaching pode proporcionar aos profissionais estão a percepção de suas limitações e resistências; iniciativa de mudanças; clareza em relação a metas; planejamento da carreira; equilíbrio entre vida pessoal e trabalho; ampliação da auto-estima e da auto-confiança; aumento da motivação.
Para Waleska, uma das formas mais eficazes de alcançar os objetivos é saber o que quer e quem você realmente é. "Todos querem encontrar o equilíbrio. Nesse processo, quanto mais claros os objetivos, mas rápido manifestam-se as conquistas."
Cinco perguntas a que o coaching ajuda a responder
De acordo com a coach e colunista do UOL Empregos e Carreiras Daniela do Lago, o momento ideal para procurar a ajuda de um coach de carreira é quando começam a surgir questionamentos sobre alguns aspectos da vida profissional, o que ela costuma chamar de "momento será que?"
Ela revela cinco questões a que o processo de coaching pode ajudar o profissional a responder:
- Será que devo mudar de emprego?
- Será que está na hora de abrir meu próprio negócio?
- Será que é hora de mudar de área na na empresa?
- Será que estou trabalhando no lugar certo?
- Será que estou realmente utilizando todos meus talentos no trabalho?

Daniela explica que apesar do coaching ser vital para alguns profissionais, não se trata de um processo fácil e não há garantias de que dê certo, pois é um processo de parceria onde o desenvolvimento comportamental necessário para alcançar os objetivos depende muito do profissional.
Nem todos precisam de um coach
Entretanto, a especialista alerta que nem todos as pessoas necessitam de um coach de carreira e, por isso, é importante saber escolher um bom profissional para não perder tempo nem dinheiro.
Segundo Daniela, antes de tudo, o coach qualificado irá fazer com que o profissional responda a uma séria de perguntas e após analisar as respostas, saberá dizer se realmente é hora de fazer coaching ou indicar o melhor caminho se o cliente não estiver pronto para este processo.
"Todo coach tem que ter certificado de formação para exercer a atividade. No Brasil, o período mínimo para se formar é de um ano de curso."
A confiança no coach, segundo Daniela, também é fundamental para que o processo dê resultados e o profissional consiga seguir no caminho certo para atingir seus objetivos na carreira.
As dúvidas podem fazer parte da carreira de qualquer profissional e por mais traçada que esteja sua trajetória, em certos momentos é preciso tomar decisões, fazer alguns ajustes e mudanças para descobrir qual o caminho certo a seguir. É nesse momento que entra em cena a figura do coach de carreira.
Segundo a coach e consultora de imagem Waleska Farias, o coaching é um processo de investigação que promove o autodesenvolvimento do profissional e lhe dá condições para validar seus reais objetivos e identificar os fatores que o distanciam de alcançá-los.

"O coach auxilia o profissional a descobrir o que ele realmente quer para poder construir, de modo estratégico, sua trajetória profissional", diz.

sábado, 14 de dezembro de 2013

Os pais envelhecem. Como lidar com isto sem nos estressar?

IDADE E MUDANÇA DE HUMOR – ajudar os pais que envelhecem sem nos desgastar.

Mário Cleber da Silva.

Este é o título de um pequeno, mas importante, livro, escrito por Claudine Badey- Roddriguez que vai passar ao leitor dicas de como lidar com os pais que envelhecem.
Com  linguagem clara, começa falando da chegada da aposentadoria. Algo tão importante na vida de alguém. Positivo (meu caso e de alguns que conheço), ou negativo (infelizmente para a maioria). Entrar na aposentadoria representa para grande  parte dos adultos o primeiro passo para a velhice. E onde o humor de nossos pais se altera.
É um momento de grande fragilidade para eles. Implica forçosamente mudanças e, muitas vezes, modificação do humor.
Que eles não se tornem “Jaques”: “Já que” você não tem nada que fazer, faça isto para mim”. Não se tornem babás sujeitos à disposição dos filhos. Os pais têm o direito de aproveitar a vida e sem nenhuma obrigação de cuidar de netos. Se os pais se fecham dentro de si mesmos, talvez estejam necessitando deste momento para digerir  a nova situação, para enfrentar o "luto" do fim do trabalho, das amizades na emmpresa.
É difícil vê-los envelhecer. Este envelhecimento nos atropela às vezes. Aqueles valorosos, destemidos, trabalhadores e dedicados pais vão desaparecendo. E isto nos faz mergulhar em questões pessoais. Como vai ser o meu envelhecimento?
Para nossa sociedade, velhice é um naufrágio e não idade de sabedoria. Nosso próprio medo de envelhecer nos leva a aceitar mal o envelhecimento de nossos pais. É o espelho de nosso futuro. E muitas vezes somos, equivocadamente, levados a acertar as contas com eles: foram exigentes, nos abandonaram, foram relapsos? Agora, eles me pagam. Isto não é uma boa idéia. Neste momento. Evitar o contato, ou mantê-lo minimamente é preferível ao confronto. Que pode provocar grande culpa.
E podem surgir das cinzas as rivalidades fraternas – até, às vezes, com cumplicidade dos pais (“sua irmã vem mais aqui; sempre gostei do fulano; ele continua falando mal de você”). Cuidado com esta armadilha.
Também é difícil para eles perceberem o próprio envelhecimento, a diminuição de suas faculdades físicas e mentais, com medo da solidão e até de ficar “caduco”.
A velhice é uma longa crise, difícil de viver e com poucos benefícios. Para se proteger, eles usam de vários mecanismos: negação à regressão. Se seus pais não suportam as frustrações da velhice, ajude-os a falar sobre isto. Se ele perdeu o interesse por aquilo de que tanto gostava, tente com delicadeza apresentar novos interesses.
Muitas vezes eles se tornam, ao envelhecer, tudo aquilo que não gostaríamos de acontecer conosco se chegarmos lá: ranzinzas, negligentes, egoístas, agressivos, críticos, queixosos. Como agir diante de tudo isto? O que fazer? Certa distância, às vezes, é necessária. Baixa autoestima pode provocar estas coisas também. Uma terapia – onde alguém vai ouvi-los sem crítica – seria aconselhável. Para você também, se for necessário.
E se morre um deles?  Palavras como tristeza, suicídio, etc, podem vir  à tona. É preciso ficar vigilantes. Quando os pais precisam de ajuda constante, isto acaba pesando muito em nossas vidas. Há um grande risco de nos esquecermos de nós mesmos e de colocar nossa saúde e até mesmo o casamento em perigo.
A culpa que às vezes se instala dentro de nós nos faz agir sem pensar. Antes de nos comprometermos com algo sério, complicado e pesado, como convidá-los a morar conosco, precisamos ver bem o impacto disto sobre nós e como modificará nossa vida. Não nos precipitemos em levá-lo (la)  para nossa casa.. Deixar bem claras certas regras de convivência.
Não ficar totalmente esgotado para encontrar outras soluções, como pedir ajuda de parentes ou até profissionais, compartilhar com outros.
Estabelecer limites, por exemplo, para o excesso de telefonemas e a toda hora.
Os velhos criticam muito e nossos pais vão aproveitar este deixa. O que fazer? Enquanto nos criticam ou dizem coisas desagradáveis sobre nós, na nossa cara, pensemos em elogios que recebemos de outras pessoas, amigos, vizinhos, namorado ou namorada, ou até mesmo do companheiro. É uma forma de tomar distância.
E o asilo ou casa de repouso? Discutir este assunto previamente seria o ideal, ainda que difícil.  Mas nunca fazê-los acreditar que vai ser provisório, mentindo. Eles vão perder a confiança nos filhos.
Cuidado com  promessas feitas em momentos terríveis, como na morte de um dos pais. Fuja disto. Diz que vai fazer todo o possível de “ajudar o pai ou a mãe a viver com tranqüilidade, segurança e sossego”.
Se o humor de nossos pais piora, temos que usar de algumas atitudes:
- ser autêntico. Não dizer sim, quando quer fizer não. Cuidado com a linguagem não verbal.
- Dizer o que sentimos, na hora que sentimos. Se os pais, constantemente, atrasam para alguma coisa e nos atrapalham, tem que ser dito isto. Nada de eufemismo. Eles não são incapazes. Nada de falar com eles como se fossem crianças.
- Falar para ser entendido. Isto é, claramente, não use de subterfúgios e nem dê respostas evasivas. Explique claramente porque você não vai passar o final de semana com eles. Nada de desculpas esfarrapadas.
- Respeitá-los. Não aproveitar a fragilidade e ser autoritário ou mandão com eles.

DOIS PONTOS IMPORTANTÍSSIMOS que ficam claro no livro:
- Faça o que você puder. Não exagere e nem prometa “mundos e fundos”. Como disse um velho na casa de repouso: “Fazer o que podemos é fazer o que devemos”.
- Cuidado com a culpa. Perigosíssima e razão de muito sofrimento. Não deixe que ela se instale dentro de você. Ainda que tenha que procurar ajuda psicológica para lidar com isto. Faça tudo que puder para você ficar bem. Se você não ficar bem isto não vai ajudar nada aos pais. Vai atrapalhá-los mais ainda.



terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Auto de Natal 2013

Inicialmente escrito 30 anos atrás, adaptei-o para nossos tempos. Bicudos.
Segundo o site http://www.recantodasletras.com.br/teorialiteraria/204387 o “Auto é uma peça de teatro curta comumente em um ato (auto), cujo assunto pode ser religioso ou profano, sério ou cômico. Os autos tinham a finalidade de divertir, de moralizar ou difundir a fé cristã. No Brasil eram apresentados, na maioria das vezes, ao ar livre.


AUTO DE NATAL – 2013.
(Peça em um único ato.)

(O palco está iluminado, enfeitado com símbolos natalinos. A um canto, Papai Noel, vestido com roupa vermelha, barbas brancas, gorro na cabeça, prepara as renas e os embrulhos de presentes no trenó para começar a distribuição.)

- Lá vamos nós, minhas queridas – diz alegremente para os animais.
- Alto lá – grita uma voz no fundo do palco. Uma mulher se aproxima. – Sou da Associação Protetora dos Animais e queria saber se o senhor tem licença para explorar estas renas.
- Mas nunca precisou – retorquiu o bom velhinho. – E não estou explorando.
- Agora é preciso. – fulminou a mulher de maus bofes. – Se até os beagles seqüestramos do laboratório, essas renas, vai ser moleza... Sem ela o senhor não sai. Licenciar é preciso – falou revelando seu lado poético.
- O que está havendo aí? – um guarda de trânsito, sem nenhuma preocupação com as manifestações gigantes que pipocam por toda parte, apita e entre na roda. – O Senhor está atravancando o tráfico...
- Não seria “tráfego”? São renas e não helicóptero.
- Que seja – concluiu o homem do apito. -  E ainda por cima nesta época do Natal.
- Mas por isto mesmo – respondeu alegremente o homem de falsas barbas brancas. – Eu sou o Papai Noel.
- Como? – indagou um terceiro homem (a esta altura, o palco estava cheio de gente e todo mundo em cima do velhinho) – O senhor é autônomo? Já pagou o ISS na prefeitura? Mostre-me o carnê. Quero ver o carnê. Vai ver que o senhor subornou os fiscais da prefeitura.
- Serve o do Baú da Felicidade ? – (Desconfio que esta papai Noel é irônico e sarcástico).
- Nananinanão – brincou o fiscal – sem o carnê, o senhor não pode trabalhar e nem entrar nas estatísticas de emprego que o governo gosta de mostrar.
- Por falar nisto o senhor recolhe o INSS? – ouviu-se outra voz irritada.- Vai ver que está dando golpe na previdência. Não chega os grandes atravessadores?
- Mas, calma aí, gente – ponderou o velho -. Deve estar havendo engano. Sou um simples papai Noel que todo ano distribui pacotes de presentes para a meninada...
- Pacotes? Você é do governo querendo mais um pacote para salvar a economia? Somos da oposição e somos contra.
- E essa roupa vermelha? Vai ver que é petista. – uma mulher furiosa, como todos os antipetistas, brandia uma sombrinha molhada de chuva. -  Vai ver que é comunista.
-Ô,ô, ô,ô,ô.  Que é isto, minha senhora? Sou vermelho por fora, mas amarelo por dentro.
- E esta barba? Ou é petista de carteirinha, ou tem medo de barbeiro e deve procurar um psicólogo ou quer aumentar a fila dos desempregados entre os barbeiros? – um homem de avental branco, com pente e tesoura na mão, gritava histericamente.
- Vai ver que é hippy.
- Ou espião russo disfarçado.
- Ah, não, o Obama já teria grampeado o  celular dele.
- É travesti.
- Olha o respeito... – falou bravo o velhinho de roupa vermelha.
- Respeito , por que?  Por acaso você é homofóbico?
- Nada disto - ele retrucou veementemente.- Nos Estados Unidos eles me chamam de Santa...
- Afinal, você tem uma Mamãe Noel ou um Papai Noel?
- Viva o Gordo – berrou alguém do grupo, evidentemente bêbado, com uma garrafa de Cidra na mão.
- Cala a boca - gritaram várias pessoas. – Isto aqui não é programa de TV.
- Pera aí, pera aí – contemporizou o bom velhinho. – Eu sou o Papai Noel e trago presentes para as crianças.
- Pedófilo! – asseverou uma mulher.
- Por acaso tem criança aqui?
Todos olham para um lado e  para o outro e não vêm criança alguma.
- Onde estão as crianças?
- Vendo Xuxa, desenho animado na TV ou com os celulares no ouvido – falou novamente o bêbado.
- Calados! – era o guarda de trânsito que elevou a voz. – Ele está certo. Trouxe presentes para as nossas crianças. Deixemo-lo passar... Afinal, estamos na época do Natal.
Todo catita e alegre, Papai Noel subiu no trenó, afagou as renas e já ia dizer as palavras mágicas que as fazem voar quando ocorreu uma confusão danada, uma gritaria e outro ajuntamento. Uma voz ficou alterada:
- Xi, agora ele está perdido.
De fato, um homem, de terno escuro, segurando uma lista enorme se aproximou do trenó e disse diante do silêncio geral.
- Sou do Ministério número 40 do Governo. O senhor é o Papai Noel?
- Sim – respondeu ele alegremente.- Sou eu mesmo.
- Pois o senhor está acabado. O senhor é um supérfluo e dentro de nossa revolução bolivariana esquerdista comunista o senhor não existe.

(Pano rápido e fim do auto. Ao fundo ouve-se Anita cantando).

Prepara, que agora é a hora
Do show das poderosas
Que descem e rebolam
Afrontam as fogosas
Só as que incomodam
Expulsam as invejosas
Que ficam de cara quando toca
Prepara

sábado, 7 de dezembro de 2013

3 Lendas da África. Homenagem a Mandela.

Morreu Mandela. O que posso dizer sobre ele? Nada. Sua história de vida, suas lutas, seu carisma, o seu legado para o mundo todo... ah, qualquer palavra vai soar desnecessária.
Pensei, então, em passar para meus leitores algumas lendas da África. O que há de mais belo, mais importante, mais rico do que as lendas de um povo? Somente este povo. Continental.

O Leopardo e o Fogo

Antigamente o leopardo e o fogo eram grandes amigos. O leopardo vivia como agora, na selva, e o fogo em uma caverna.

As vezes o leopardo fazia longas caminhadas para ir ver seu amigo fogo... Um dia, o leopardo diz ao fogo: - Porque não devolves minhas visitas ? E porque estás sempre aqui metido nesta caverna, em companhia destas pedras pretas ?.

O fogo lhe respondeu: É muito melhor que eu esteja aqui. Se saio, posso ser muito perigoso. Mas o leopardo insistiu tanto, que no fim convenceu seu amigo, que disse: Bem, mas primeiro limpa cuidadosamente a explanada que tem diante da caverna...

O leopardo era um tanto que preguiçoso, assim arrancou as ervas, mas deixou alguma que outra folha seca no caminho da explanada. Quando o fogo saiu de sua caverna, se transformou em seguida em um grande incêndio que impulsionado pelo vento, chegou até as copas das árvores..

O leopardo aterrorizado, começou a correr de uma lado para outro e queimou sua pele. Por isso, hoje, o leopardo leva os sinais das queimaduras e quando vê ao longe o seu amigo o fogo, foge como louco...


A Serpente

Uma das lendas Africanas diz que certo dia, o deus Leza veio à Terra e perguntou a todas as criaturas vivas quem desejaria não morrer nunca mais. Como todos dormiam, somente a cobra respondeu "EU". Começava a crença de que as serpentes nunca morrem e rejuvenescem todas as vezes que trocam de pele.

A Origem do Baobá.

O Criador inicialmente plantou o Embondeiro na bacia do Congo, mas a árvore queixou-se do encharcamento constante das raízes que fazia o tronco inchar.
Então, o Criador, mudou-a para os Montanhas da Lua da África oriental. Mas o Embondeiro continuou a refilar por causa da umidade desconfortável. O Criador acabou por enfurecer-se, pegou no tronco inchado, e atirou-o para uma parte seca de África. A árvore aterrou de cabeça para baixo, ficando com as raízes definitivamente no a ar.

Em algumas partes da África, acredita-se que espíritos maléficos habitam as suas flores, e por isso, qualquer pessoa que apanhe uma flor será devorado por um leão. Em Madagascar, o Embondeiro de Grandidier (Adansonia grandidieri), é tido como o lugar de repouso dos espíritos; por isso, são feitas ofertas que são depositadas na sua base para assegurar fertilidade, boas colheitas e boa sorte.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

As 10 Profissões do Futuro e o que Estudar

Quais são as profissões do futuro? Será que muitas de nossas profissões atuais resistirão aos avanços tecnológicos ou necessidades que a própria sociedade cria? O texto a seguir é bem convincente.

Alguns dos nomes podem parecer estranhos, mas não se preocupem! Algumas dessas profissões ainda não existem e por isso as vezes fica difícil achar um nome para elas, outras existem em inglês e tentamos traduzir da melhor maneira.

1. Desorganizador Corporativo

Muitas grandes empresas estão sendo ultrapassadas por pequenas empresas recém abertas (start-ups) e cheias de novas ideias, sem estruturas hierárquicas, permitindo-lhes adaptar-se e mudar rapidamente. Para superar esse obstáculo podemos encontrar cada vez mais a figura do desorganizador corporativo, ou seja, um especialista para implementar um “caos organizado” nas grandes corporações para incentivar a cultura de mudança dentro delas.
O que estudar: Estudos relacionados à Administração de Empresas. Fique atento para todas as novidades e tendências no mundo dos negócios. A experiência em empreendedorismo e o trabalho em start-ups são essenciais.

2. Especulador de Moedas Virtuais

Algumas moedas virtuais estão ganhando credibilidade entre aqueles que desconfiam que moedas virtuais são parte da causa de inúmeras crises econômicas. Isso está criando uma grande oportunidade para novos investimentos. Um exemplo disto é Bitcoin moeda virtual.

O que estudar: Conhecimento e experiência dos mercados financeiros, bem como as novas tecnologias, moedas e métodos de pagamento online.

3.  Químico de Alimentos

Um químico de alimentos é um profissional encarregado de desenvolver e melhorar o sabor e a textura dos alimentos. Esta profissão pode sofrer um inesperado crescimento graças às novas impressoras 3D que pode imprimir alimentos.
O que estudar: Conhecimento e experiência em química e cozinha. É essencial para manter a par das últimas tendências tecnológicas e de culinária.

4. Engenheiro de Migração Animal

A evolução do homem tem a sua contrapartida, em muitos casos, a destruição de habitats naturais. Mover os animais dos seus habitats para novos espaços pode salvá-los e este é o trabalho de um engenheiro de Migração Animal. Ou seja, descobrir quais as espécies que migram e para onde, fazer uma “migração assistida”, um esforço que requer um estudo mais profundo do que fez Noé com sua arca.
O que estudar: Engenharia do conhecimento e da biologia. Fique atento a todas as tendências e desenvolvimentos no setor.

5. Terapeuta de Desintoxicação Tecnológica

As tecnologias são viciantes. Quando saímos para tomar uma bebida com os amigos, muitos deles permanecem agarrados a seus celulares em um mundo virtual. Infelizmente, essa tendência está em ascensão devido à evolução tecnológica. Isto pode levar, em casos extremos, a uma terapia de desintoxicação tecnológica. Ou seja, um especialista em libertar as pessoas viciadas em seus dispositivos tecnológicos e ensiná-los a usar a tecnologia de maneira controlada.

O que estudar: O conhecimento da psicologia e ser especialista em novas tecnologias. Deve-se estudar o impacto da tecnologia em seres humanos.

6. Profissional em Hackschooling

Esta figura é de um Professor Moderno que incentiva seus alunos a explorar e experimentar as possibilidades do mundo e tecnologias em vez de seguir os caminhos tradicionais de educação. Hoje já existem algumas iniciativas que vão por este caminho, mas previsivelmente, no futuro haverá muitas mais escolas e instituições que exigem este tipo de profissional uma vez que, como já vimos ao longo deste artigo, a incerteza sobre o futuro é cada vez maior e educação tradicional não atende às demandas da sociedade do futuro.
O que estudar: Conhecimento de ensino e acima de tudo, saber todas as tendências e tecnologias educacionais.

7 . Conselheiro de Produtividade

Com a quantidade de ferramentas e tecnologias disponíveis para nós e a ênfase na melhoria do desempenho e da produtividade, executivos provavelmente precisarão de conselheiros de produtividade. Sua função principal é a gestão do tempo e monitoramento da produtividade dos vários processos que são realizados, além de analisar novos aplicativos e ferramentas que podem aumentar a produtividade .
O que estudar: Especialista em produtividade e gestão do tempo. É essencial ter paixão por novas tecnologias, se adaptar facilmente a elas e ficar a par das tendências do setor.

8. Conselheiro de Privacidade

Um dos desafios da Internet e do mundo global em que vivemos é a privacidade do usuário. Este tópico está nas manchetes recentes devido à vigilância de comunicação virtual feita pelo Governo dos Estados Unidos e os esforços do Google para proteger a privacidade de seus usuários. No entanto, no futuro, pode ser necessário este tipo de profissional para descobrir e proteger as vulnerabilidades que um indivíduo, empresa ou marca possa sofrer na rede.

O que estudar: Conhecimento de programação de computadores e mais uma vez, manter a par de todos os avanços tecnológicos .

9. Médico de Fetos

Medicina Fetal é um campo que está passando por fase inicial e muitos avanços nos Estados Unidos. De acordo com Lori Howeel, diretor executivo do Hospital Infantil da Filadélfia, “Nós estamos tentando curar a doença antes de e bebê nascer, antes de danos irreversíveis para o feto.” Previsivelmente, este será um dos grandes avanços na medicina, para que os médicos que se especializem em Fetos essa será uma das mais promissoras profissões do futuro.
O que estudar: Estudar medicina e se especializar em fetos. Neste caso, pouco mais pode ser feito a não ser que você tem a habilidade para se dedicar e muita vontade de estudar o assunto e se especializar constantemente.

10. Curador Pessoal de Conteúdo

A quantidade de conteúdo na rede aumenta diariamente. Como escolher o que focar, se você mal tem tempo para navegar na net? A equipe de curadoria do conteúdo deve recomendar certos aplicativos, hardwares, softwares e informações nos interesses e preferências . Nossa expectativa é de que não vai demorar muito a aparecer no mercado de trabalho pessoas que ajudem outras pessoas e empresas nesse sentido.
O que estudar: Ler, ler, ler e escrever. Fique atento para blogs e novos aplicativos e tendências . Ter um blog de preferência e ser ativo em redes sociais é uma referência.


Como vimos, o denominador comum dos requisitos para se preparar para estas profissões encontra-se em novas tecnologias e fique atento para todos os avanços. Educação tornou-se um processo dinâmico, que é essencial para continuamente reciclado e estudo. Então anime-se, o futuro está em suas mãos!

domingo, 1 de dezembro de 2013

Cérebro: lado racional, lado emocional? Já era...

Pelo menos se levarmos em conta o que este texto fala. Ele coloca dois outros conceitos no lugar. Vejamos. Repare quando ele vai falar de temperamento. Este não  é imutável. Pode variar e muitas vezes deve, de acordo com as necessidades da vida.


Livros de psicologia em tom de autoajuda têm inundado o mercado, trazendo ao leitor a promessa do autoconhecimento e propondo nova teorias. "Top Brain, Bottom Brain" (Cérebro de Cima, Cérebro de Baixo) é mais um deles, mas possui uma diferença: seu autor é Stephen Kosslyn, um psicólogo que de fato tem respeito na comunidade acadêmica.
Tendo trabalhado como professor nas universidades Harvard e Stanford, nos EUA, ele propõe um novo esquema para explicar de onde surgem as diferenças entre as pessoas em seus modos de pensar.
O livro também desmistifica a maneira como a cultura popular aborda a questão, separando pessoas entre os tipos "criativo" ou "racional" --associados ao lado direito e esquerdo do cérebro, respectivamente. Kosslyn explica por que considera essa noção simplista antes de detalhar sua própria teoria.
Com o jornalista G. Wayne Miller, seu coautor, o psicólogo argumenta que um corte "horizontal" no cérebro (dividindo-o entre as partes de cima e de baixo) é mais eficaz para mapear diferenças na forma como cada pessoa interage com o mundo.
Em vez de um hemisfério "criativo" contraposto a outro "racional", obtêm-se duas áreas com igual capacidade de intuição e raciocínio. Nesse caso, a distinção é que um deles é "executivo/planejador", enquanto o outro é "observador/perceptivo".
Como cada pessoa pode dar ênfase a uma das duas áreas, a ambas ou a nenhuma, Kosslyn conjectura que existam quatro tipos de pessoas, cada uma exibindo um "modo cognitivo" distinto.
"Se seu interesse é evoluir pessoalmente, socialmente ou nos negócios, acreditamos que compreender e considerar nossa 'Teoria dos Modos Cognitivos' pode beneficiá-lo", escrevem Kosslyn e Miller na introdução do livro. Ao fim, o leitor é convidado a preencher um teste que revela qual é seu modo predominante.
QUATRO DIREÇÕES
Pinker, que descreve Kosslyn como "um dos maiores neurocientistas cognitivos" da atualidade, afirmou à Folha que não vê o livro como algo que invalide a divisão de funções entre os lados esquerdo e direito do cérebro --algo que existe, mas de modo mais sutil do que a cultura popular apregoa.
"As pessoas terem diferenças ao longo do eixo de cima para baixo do cérebro não tem nada a ver com elas poderem ter diferenças ao longo do eixo da esquerda para a direita", disse Pinker.
Em "Top Brain, Bottom Brain", a maior crítica à divisão lateral do cérebro é que a psicologia experimental falhou em comprovar a existência de um cabo de guerra entre os lados esquerdo e direito do cérebro, com a racionalidade tentando se sobrepor à intuição, e vice-versa.
A divisão cerebral entre andar de cima e andar de baixo seria mais flexível, por isso dá origem a quatro subtipos de pessoa, não apenas dois. Isso não impede Kosslyn de entrar em terreno delicado, quando defende que o "modo cognitivo" dominante de cada pessoa é parcialmente determinado pela genética.
Enquanto pessoas no modo "condutor" teriam propensão à liderança, aqueles em modo "adaptador" seriam bons companheiros de equipe, ideais para implementar planos que não são seus.
Seriam esses últimos, então, destinados à posição de subserviência, como as castas inferiores de "Admirável Mundo Novo"? "Espero que não", disse Kosslyn à Folha.
"A contribuição genética, que se dá principalmente pelo temperamento, é minoritária", afirma o psicólogo. "Você não está aprisionado pelos seus genes, mas é bom que esteja ciente de ter certo temperamento e que isso pode estar influenciando-o."

Kosslyn, por fim, não exibe sua teoria como trabalho completo; ele ainda busca psicólogos experimentais dispostos a testá-la. O livro, diz, já despertou esse interesse.

Adendo do blogueiro.
Em meus cursos de Inteligência emocional, enfatizo este lado do temperamento "imutável". É como a música de Gabriela: "Eu nasci assim, eu sou sempre assim, Gabrieeeeela...". Síndrome da Gabriela. Podemos e muitas vezes temos que mudar.