Não é só no Natal que expressamos nossos desejos ou mesmo necessidades. A vida toda temos que lidar com "vontade, desejo, compulsão e prazer". Pensando assim é que coloquei esta postagem hoje.
O texto a seguir vai falar de vontade, prazer,
desejo e compulsão. Li-o no site “O ser em si”. Não tinha
autoria. Como o
objetivo é pensar estes conceitos, vale a pena “blogá-lo” para que meus
leitores forcem o pensamento.
De onde vêm suas vontades?
Já
foi dito que nossa civilização, tida como ocidental cristã, fundamenta-se
na repressão ao desejo.
Preferimos chamá-la de greco-judaica, pois
até hoje, na prática histórica, o cristianismo quase só lhe tem
servido de
embalagem. De qualquer modo, a Teoria da Energia Material Humana comprova essa
afirmação:
o desejo é reprimido pelo saber produzido por essa civilização, pois
é todo embasado no conceito de que
matéria é igual à massa, negando-lhe sua
dimensão de energia.
Com
essa negação, o que esse saber tem feito é criar meios e modos de convivermos
com a energia
material
humana negativa/mortal, sem que aprendamos a dela nos
desfazer. Com isso, cada vez mais, nos
distanciamos de nossa própria natureza
e, consequentemente, do nosso próprio desejo.
É
uma pena! É a vivência do desejo que nos traz paz e felicidade!
Por
ser a expressão da natureza em nós, o
desejo é paciente, tem senso de
oportunidade e é respeitoso.
Daí que a sabedoria popular tinha uma verdadeira
relação de sacralidade com ele.
Já a compulsão, que
atualiza as nossas heranças históricas, é impaciente, oportunista e
egoísta. É ela que
gera o tal do capricho – ou voluntariedade - que tanto a sabedoria popular combatia!
Vamos
tentar entender esses dois conceitos a partir da Teoria da Energia Material
Humana.
O
ser humano é um sistema vivo que funciona regido pelos instintos de
sobrevivência e preservação da
espécie. Para cumprir a missão desses dois instintos
coexistem 5 sub-sistemas que funcionam
independentemente de nossa vontade e por
isso são chamados de autônomos: respiratório, digestivo,
excretor, reprodutor
(fase genital) e produtor (fase sexual).
Apesar
de terem seu tempo próprio e sua própria dinâmica, o grau de amadurecimento do
primeiro
subsistema interfere na evolução do segundo, e assim por diante. E é
através do amadurecimento
progressivo e cumulativo de cada
um desses subsistemas autônomos que se dá a formação do nosso
desejo.
E
o amadurecimento do desejo se mede pela capacidade do indivíduo de controlar cada
um desses
subsistemas e de dessa vivência extrair o máximo de prazer. É
essa a medida de nossa potência: quanto
mais nos sentimos senhores de nossos
desejos mais nos sentimos potentes.
O
desejo sexual maduro é, portanto, a síntese da evolução de todas as etapas
anteriores.
Sendo
o desejo a expressão da natureza em nós, podemos afirmar que é através de sua
vivência que produzimos/reproduzimos a energia material humana vital/positiva (EMH+),
a nossa energia natural e
primitiva.
Na
medida, porém, em que o ser humano vai aprendendo a reprimir seus desejos,
passa a agredir sua
própria natureza e passa também a produzir/reproduzir a
energia material humana mortal/negativa (EMH-).
É essa energia que vai sujando
os sensores de nossos subsistemas autônomos, impedindo o nosso real
controle
sobre eles e impossibilitando-nos de sentir prazer.
Ou
por outra, se imaginarmos que o desejo fosse uma célula, a energia material
humana mortal/negativa
(EMH-) a encobriria por camadas, impedindo seu fluxo
normal e produzindo um processo de expulsão
violenta a que damos comumente o
nome de compulsão.
A
vontade pode, pois, expressar tanto o nosso desejo quanto a nossa compulsão.
Quando ela é expressão
do desejo, propicia prazer e
satisfação. Quando expressa compulsão, gera um alívio imediato,
mas
também
um estado permanente de insatisfação, gerando a famigerada voluntariedade (capricho).
Daí
a importância de estarmos sempre atentos às nossas vontades, delas nos desconfiando
e
perguntando-nos sempre: são expressão do nosso desejo ou de alguma compulsão?
Mais
importante ainda é tentar ir nos livrando daquelas que expressam compulsão, a
fim de que nos
aproximemos cada vez mais do nosso desejo e possamos viver uma
vida de paz, prazer, gozo e felicidade:
o verdadeiro reino do amor, da vida em
abundância.