Fazenda onde nasceu o blogueiro. Foto Luis Fernando Gomes

Fazenda onde nasceu o blogueiro. Foto Luis Fernando Gomes
Fazenda onde nasceu o blogueiro. Foto Luis Fernando Gomes

domingo, 31 de outubro de 2010

Casais e Dinheiro

Continuando o nosso assunto.
Terceira e última Parte de Casais e Dinheiro

Quais são os tipos de casais em relação ao dinheiro.

Casal SOCIÁVEL E PODER.
Enquanto um quer carinho, o outro quer influência.

Casal PRECAVIDO E SOCIAVEL.
Felizes, enquanto há dinheiro, mas um quer guardar e o outro quer utilizá-lo para aproximar pessoas,
 amigos e parentes.

Casal SOCIÁVEL E DESPOJADO.
Um fica deprimido se esquece de dar um presente; o outro toma decisão unilateral.

Casal DESPOJADO E CONDUTOR.
Um gosta de controlar, o outro detesta ser controlado.

Casal DESPOJADO E PRECAVIDO.
Um é visto como tímido ou mesquinho pelo outro; este é visto como caprichoso e irresponsável por aquele.

Casal PRECAVIDO E CONDUTOR.
Um morre de medo do desconhecido: o outro nem vê os precipícios para chegar até o alto.

Mas há maneiras para a convivência harmônica entre esses pólos. 
Qual o melhor estilo no casamento, então?
Estilos iguais seriam o ideal?
Não, porque iriam ficar competindo um com o outro. Seria ideal que cada um percebesse o estilo do outro e
 aprendesse com o mesmo.

OUTRO TESTE:
Quando se trata de economizar dinheiro, eu:
1)    Não planejo e nem sempre poupo
2)    Planejo e cumpro
3)    Não planejo e economizo de qualquer forma.
4)    Não ganho o bastante para poupar.

E o dinheiro, o que ele significa para cada um? Essa uma pergunta básica que deverá ser feita e respondida nas
consultas.

E PARA ONDE VAI O SEU DINHEIRO?
Mais importante não é o tanto que você ganha, mas o quanto você guarda.
Pergunte-se a si mesmo e procure respostas verdadeiras e sinceras.
- Tenho dinheiro suficiente para sustentar meu estilo de vida?
- Sei (ou sabemos, quando casais) para onde vai o dinheiro?
- Farra. O problema é o arrependimento que bate depois.
- Esperando a sorte. Passar a vida esperando a sorte grande, um melhor emprego.
- Como estou usando meu cartão de crédito?

A PSICOLOGIA DA POUPANÇA.
- não há uma hora específica para poupar. Tem que começar cedo.
- suas despesas expandirão até ficar do tamanho de seu contra-cheque (ou superá-lo), caso não comece a poupar.

VERDADE:
Temos que assumir os riscos CERTOS para conquistarmos os melhores resultados  no dinheiro e no amor.

As pessoas podem ser atraídas pelos ricos ou ter aversão aos ricos.

Os ricos não podem ser demonizados e nem os pobres “angelizados”.

Ser rico (e se manter rico) é difícil.

Qual é o seu NAR?  Nível de Aceitação dos Ricos.

Há dois estilos de tomada de decisão diante dos gastos ou investimentos

IMPULSIVO – Saio na frente e faço tudo do meu jeito. Quem vai na frente bebe      água limpa. Mas enfrentam
 um perigo: só ouvem o que querem ouvir.

REFLEXIVO – “Vou tomar um sorvete. Com ou sem cobertura? Devo tomar? Está frio, não? Não posso engordar.”
 – Perdem se nos detalhes. O perigo: ficar indolente.


JOGOS E ETIQUETAS NOS ENCONTROS.
Quando um homem e uma mulher se encontram, existem algumas idéias sobre o dinheiro ocultas dentro deles

- Quero alguém que cuide de mim.
- Eu cuido de mim mesmo (a)
- Quero parecer bem sucedido / rico / independente.
- Quero ser provedor.
- Quero saber se você é de confiança e se não vai aproveitar de mim.

CARREIRAS ESCOLHIDAS (no início ou no meio do relacionamento) PODEM MUDAR OS DESTINOS
 E O RELACIONAMENTO. Um cliente, após dez anos de casamento, começou um curso superior. Logo depois,
 pediu divórcio.

QUANTO AOS BANCOS – O ideal é que houvesse três contas:  O seu, o meu e o nosso.
 TOMAR CUIDADO COM AS TARIFAS.

O grande perigo neste nosso mundo atual:
casamento tradicional em época não tradicional: conflito na certa.

Confusões à vista. Ou a prazo:
Divórcio  dos pais ou irmãos ou deles mesmos, e famílias mistas
Como reagir diante destas inversões:De Pobres a Ricos. De Ricos a Pobres
(Em ambos os casos, pode haver problemas...)
Acordos Pré e pós-nupciais.: Cada vez mais são considerados importantes.

ANTES AMOR SEM DINHEIRO DO QUE DINHEIRO SEM AMOR. MAS O MELHOR É TER AMBOS.



terça-feira, 26 de outubro de 2010

Casais e Dinheiro - Segunda Parte.

Por problmeas de formatação, a primeira parte do artigo ficou truncada. Peço desculpas aos leitores. Assim sendo, vou postar a primeira e segunda parte juntas deste texto.
DINHEIRO E CASAIS: UMA RELAÇÃO TORMENTOSA

Não vou falar separadamente de amor ou de dinheiro, mas de como esse último interfere no primeiro.
Antes, algo sobre o amor, retirado do livro “Sem Fraude. Nem favor”, de Jurandir Costa:

“O amor romântico se tornou sinônimo de praticamente tudo o que entendemos por felicidade individual: êxtase físico-emocional, socialmente aceito e recomendado; segurança afetiva, parceria confiável, consideração do outro, disponibilidade para ajuda mútua; solidariedade sem limites, partilha de idéias sentimentais fortemente aprovadas e admiradas, como constituição da família e educação dos filhos; enfim, satisfação sexual acompanhada de solicitude, ternura, carinho e compreensão. Como se não bastasse tudo isso,  temos as parcerias econômicas. E é aqui que a situação fica mais crítica.”

O dinheiro virou onipresente: está em todos os aspectos de nossa existência. Do nascimento – e antes dele – até à morte.
E, algo chocante sobre o dinheiro, lido em O Dinheiro e o Significado da Vida, de Jacob Needleman:

“Quantas vezes não vemos motivos financeiros anular considerações de amor, amizade, confiança, boa-fé, integridade, artísticas, misericórdia, justiça e verdade?”

Antes de casar: meu bem para cá, meu bem para lá. Na separação, meus bens para cá e os seus bens, também.

E como são as pessoas em relação ao dinheiro? Vejamos esse teste:

Você prefere:
1)    – a) ganhar RS$80.000
        b) 80% de chance de ganhar 100 mil?
2)  - a) Perder 80 mil
     - b) 80% de chance de perder 100 mil?
Respostas preferidas: a do 1 ;  e b do 2. Isso vem demonstrar que:
NÃO estamos dispostos a correr risco para ganhar, mas estamos dispostos a correr risco para não perder.




Perguntas para auto-reflexão?
-- Quem é rico?
- - Qual a sua primeira experiência com dinheiro?
-- Quem tem um registro rigoroso de gastos e receitas?
-- Qual a verdadeira riqueza: Ter aquilo que desejamos ou aquilo de que     temos necessidade?
(Frase: o dinheiro compra tudo o que desejamos, porque desejamos somente o que o dinheiro pode comprar. Aqueles que criticam a ênfase ao dinheiro dizem que o dinheiro não pode comprar felicidade, amor. Claro. Dinheiro só pode comprar objetos, material, ou algo que o leva a determinado estado de espírito.)

O DINHEIRO E O SIGNIFICADO DA VIDA.

Quem já ouviu essas frases?
- O dinheiro é a raiz de todo o mal.
- Rico ri à toa.
- O dinheiro não dá em árvore.
- Quem tudo quer nada tem.

OUTRO TESTE:
O dinheiro é importante porque me permite:
a) fazer o que quero.
b) sentir-me seguro
c) continuar vivendo
d) comprar coisas para os outros.

Estamos todos despreparados diante do relacionamento amor / dinheiro. A Psicologia Econômica, um novo e promissor nicho de trabalho, vem para ajudar a colocar as coisas em seus devidos eixos.

Quando o amor e dinheiro se encontram, o passado estará sempre presente.
São os investimentos ocultos. – posturas e crenças quanto ao dinheiro que trazemos, tais como :
- família.
- como as pessoas nos tratavam diante do dinheiro: perdulário, sovina,etc.
- o que você assimilou da sociedade / cultura (religião, mídia. etc.)
- suas próprias experiências na vida adulta.



NOVAS POLÍTICAS MONETÁRIAS SEXUAIS.

Homens e mulheres se comportam diferentemente diante do dinheiro e
- do sucesso / metas.
- temores
- risco (quem seria mais conservador e mais “arriscador”, homem ou mulher?)
- competência (Os homens parecem saber de tudo, mesmo quando não                sabem; as mulheres duvidam que saibam de tudo mesmo quando    sabem).

QUANDO SE ACUMULA O PODER FINANCEIRO, afrontas levam à desforra. Numa relação que está acabando, podem acontecer tais situações:
- consumo, “por desaforo”.
- furto
- vingança sexual.


E há vários tipos de comportamento entre os casais.

* Infantilizadores (“não se preocupe. Não esquente a sua linda cabecinha. Vou cuidar de você”). Ou:  você não sabe mexer com o dinheiro. Eu olho.

* Controladores de informação (ao outro é negado qualquer conhecimento das finanças; nem um mísero talão de cheque. Um idoso aposentado falava com a mulher no banco: fique aqui sentadinha que vou olhar o que tenho no caixa. Quiando ele morreu, ela nem sabia quanto ele tinha no caixa).

* Mártires monetários (“faço tudo por você, e o que recebo? Gastei rios de dinheiro com sua educação e você não me ajuda em nada”)

* Tomador de decisão unilateral  (compra um carro, apartamento. O futuro marido escolhe o local da lua de mel: a noiva não dá nem noticia)

* Rebelde monetário (“vou fazer quando quiser, e se quiser”).

TABUS MONETÁRIOS
São coisas, às vezes, escondidas entre os casais
 O que possui, quanto ganha, quem ganha mais. Ou se é rico ou pobre. Nem a declaração de Imposto de Renda de um, o outro sabe.

COLABORANDO NO RELACIONAMENTO:
Quando houver necessidade de discutir temas financeiros, devem ser tomados alguns cuidados:

_ Um lugar seguro, neutro. Nada de mesa do café da manhã.
_ Discutir só o assunto em questão. (aquele cheque sem fundo. E não aproveitar para falar de todos os problemas financeiros).
_ Audição reflexiva (não dar resposta imediata, ou desculpas: autodefesa imediata é péssima. E nem sair dando o troco)
_ Comece com “Eu”: “eu errei”. Eu falhei.  Se se encurralar um gato, vai ser arranhado. Não vai cair matando.
_ Busque mudanças e identifique conseqüências.

O QUE OS UNIU É, COM FREQUÊNCIA, O QUE OS SEPARA
(Essa frase talvez fosse melhor do aquela: o que Deus uniu, o homem não separe).
O que nos cativa em outra pessoa pode ser a causa de nossa separação. Ele procurava uma mulher extrovertida. Mas nem tanto. A extroversão dela acabou com o casamento. Se ele se encanta com o dinheiro dela, este poderá dar fim ao relacionamento. A juventude dele foi o que a atraiu. E pode ser esta juventude que fará que ele a traia.


SIGNIFICADOS DO DINHEIRO.
Por que as pessoas querem o dinheiro.

a)     Liberdade – é o despojado. Quero ter dinheiro para fazer o que quiser. Nunca controlou um talão de cheques. Só não vai quebrar se for um milionário. E olhe lá.
b)    Segurança -  é o precavido, que quer a estabilidade. O que faz um          PGBL. Sofre ao perder uma pechincha, um brinde.
c)     Poder – deseja fama, admiração e controle (sobre os outros)
 . Só será feliz quando for o presidente da empresa.
d)    Amor – o sociável, reforçar a rede de relacionamentos. O que dá presentes..   Controla seu talão de cheques ... e dos outros também. “Compra” o amor.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Dinheiro e Casais.

CASAIS E DINHEIRO

Há alguns anos, uma colega psicanalista e eu fomos dar uma palestra sobre Dinheiro, Casais e Fase Anal. À medida que eu discorria sobre conceitos de dinheiro e o relacionamento amoroso, ela pontuava conceitos freudianos e winnicottianos da fase anal e sua influência em nossa relação com o dinheiro. Levo até vocês, em três partes, o que escrevi sobre o tema:



Primeira Parte.

DINHEIRO E CASAIS: UMA RELAÇÃO TORMENTOSA

Não vou falar separadamente de amor ou de dinheiro, mas de como esse último interfere no primeiro.
Antes, algo sobre o amor, retirado do livro “Sem Fraude. Nem favor”, de Jurandir Costa:

“O amor romântico se tornou sinônimo de praticamente tudo o que entendemos por felicidade individual: êxtase físico-emocional, socialmente aceito e recomendado; segurança afetiva, parceria confiável, consideração do outro, disponibilidade para ajuda mútua; solidariedade sem limites, partilha de idéias sentimentais fortemente aprovadas e admiradas, como constituição da família e educação dos filhos; enfim, satisfação sexual acompanhada de solicitude, ternura, carinho e compreensão. Como se não bastasse tudo isso,  temos as parcerias econômicas. E é aqui que a situação fica mais crítica.”

O dinheiro virou onipresente: está em todos os aspectos de nossa existência. Do nascimento – e antes dele – até a morte.
E, algo chocante sobre o dinheiro, lido em O Dinheiro e o Significado da Vida, de Jacob Needleman:

“Quantas vezes não vemos motivos financeiros anular considerações de amor, amizade, confiança, boa-fé, integridade, artísticas, misericórdia, justiça e verdade?”

Antes de casar: meu bem para cá, meu bem para lá. Na separação, meus bens para cá e os seus bens, também.

E como são as pessoas em relação ao dinheiro? Vejamos esse teste:

Você prefere:
1)    – a) ganhar RS$80.000
        b) 80% de chance de ganhar 100 mil?
2)  - a) Perder 80 mil
     - b) 80% de chance de perder 100 mil?
Respostas preferidas: a do 1 ;  e b do 2. Isso vem demonstrar que:
NÃO estamos dispostos a correr risco para ganhar, mas estamos dispostos a correr risco para não perder.




Perguntas para auto-reflexão?
-- Quem é rico?
- - Qual a sua primeira experiência com dinheiro?
-- Quem tem um registro rigoroso de gastos e receitas?
-- Qual a verdadeira riqueza: Ter aquilo que desejamos ou aquilo de que     temos necessidade?
(Frase: o dinheiro compra tudo o que desejamos, porque desejamos somente o que o dinheiro pode comprar. Aqueles que criticam a ênfase ao dinheiro dizem que o dinheiro não pode comprar felicidade, amor. Claro.
Dinheiro só pode comprar objetos, material, ou algo que o leva a determinado estado de espírito.)

O DINHEIRO E O SIGNIFICADO DA VIDA.

Quem já ouviu essas frases?
- O dinheiro é a raiz de todo o mal.
- Rico ri à toa.
- O dinheiro não dá em árvore.
- Quem tudo quer nada tem.

OUTRO TESTE:
O dinheiro é importante porque me permite:
a) fazer o que quero.
b) sentir-me seguro
c) continuar vivendo
d) comprar coisas para os outros.

Estamos todos despreparados diante do relacionamento amor / dinheiro. A Psicologia Econômica, um novo e promissor nicho de trabalho, vem para ajudar a colocar as coisas em seus devidos eixos.

Quando o amor e dinheiro se encontram, o passado estará sempre presente.
São os investimentos ocultos. – posturas e crenças quanto ao dinheiro que trazemos, tais como :
- família.
- como as pessoas nos tratavam diante do dinheiro: perdulário, sovina,etc.
- o que você assimilou da sociedade / cultura (religião, mídia. etc.)
- suas próprias experiências na vida adulta.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Boas Dicas.

Amo Minas Gerais. Não só porque nasci aqui e vivi por mais de 50 anos (os outros 13 foram em São José do Rio Preto), mas porque estas Minas são várias. Aos meus leitores, indico lugares para conhecer o nosso Estado.

Coisas legais para fazer em Minas Gerais.

 
1.  Assistir um espetáculo do Grupo Corpo no
Palácio das Artes

2.  Ficar horas admirando o forro da
Igreja S. Francisco de Assis em Ouro Preto

3.  Chegar ao topo do
Pico da Bandeira

4. Dormir no
Caraça e ver o lobo guará

5. Assistir um jogo do Cruzeiro
x Atlético no Mineirão

6. Comer pé de moleque em Piranguinho

7. Surpreender-se no
Inhotim

8. Tirar uma foto com a estátua do Juquinha na
Serra do Cipó

9. Experimentar as guloseimas da Festa Nacional do Pequi em
Montes Claros

10. Pescar um
surubim na Represa de Três Marias 

11. Comer pastel de angu em
Conceição do Mato Dentro ou Itabirito

12. Beber água na
Fonte dos Amores em Poços de Caldas

13. Participar da
Vesperata em Diamantina

14. Conseguir uma autorização do IBAMA para visitar o
Parque Nacional Cavernas do Peruaçu

15. Beber uma “Anísio Santiago” em
Salinas

17. Participar d
o Comida di Buteco em Belo Horizonte

18. Alugar um pé de jabuticaba em
Sabará

19. Fotografar os
profetas em pedra sabão no Santuário de Bom Jesus de Matozinhos na cidade de Congonhas

20. Fazer compras em Divinópolis

21. Emocionar-se na nascente do
rio São Francisco no Parque Nacional da Serra da Canastra

22. Comer queijo no
Serro

23. Visitar uma mina de água marinha em
Governador Valadares

24. Fazer um voo de parapente na Serra da Moeda,
Brumadinho

26. Navegar no vapor Benjamim Guimarães pelo
rio São Francisco

27. Comprar artesanato em
Bichinhos (Vitoriano Veloso), Prados

28. Fazer a pé pelo menos um trecho da
Estrada Real

29. Participar da Caminhada Roseana em
Cordisburgo

30. Seguir as placas Caminho do
Museu de Território Caminhos Drummondianos em Itabira

31. Passar um fi
m de semana romântico em Monte Verde

32. Tomar um banho de Cachoeira no
Parque Estadual do Ibitipoca

33. Experimentar o doce de leite da
Universidade Federal de Viçosa

34. Observar o Mono Carvoeiro (Muriqui) na
Reserva do Patrimônio Particular Natural Feliciano Miguel Abdala em Caratinga

35. Comer um fígado acebolado no
Mercado Central em Belo Horizonte

36. Fazer compras de lingerie em
Juruaia

37. Relaxar no
Parque das Águas de São Lourenço

38. Praticar turismo solidário em Capivari, Serro ou em Alecrim, São Gonçalo do Rio Preto

39. Caminhar com muita calma pelas ladeiras de Ouro Preto 

40. Brincar o carnaval em Diamantina

41. Passar uma manhã na
gruta de Maquiné

42. Rezar, cantar e dançar na Festa do Rosário em Dores do Indaiá 

43. Nadar na Represa de Furnas

44. Almoçar
frango com quiabo e angu à beira de um fogão à lenha

45.
Admirar as estrelas no Observatório Nacional de Astrofísica no Pico dos Dias, Brazópolis.

46. Ficar de queixo caído frente ao altar mor da
Igreja de Santo Antônio, Tiradentes

47. Divertir-se na viagem de
Maria Fumaça entre Tiradentes e São João del-Rei

48. Praticar rafting e outros esportes de aventura nas corredeiras do rio Gavião em
Bonito de Minas

49. Isolar-se do mundo no
Mosteiro de Macaúbas, Santa Luzia
 

50. Assistir a um concerto no Órgão Arp Schnitger na Catedral da Sé de Mariana

51. Acordar com um galo cantando em um
a fazenda

52. Participar da procissão Encontro do Senhor Passos em Ouro Preto


53. Visitar um alambique em
Itambé do Mato Dentro

54. Assistir
a uma peça do Grupo Galpão em uma praça

55. Rezar na
Igreja de São Francisco de Assis na Pampulha, Belo Horizonte

56. Adquirir calçados em Nova Serrana


57. Refletir sobre a vida no
Museu da Loucura, Barbacena

58. Sentir o frio gostoso de
Maria da Fé

59. Torcer por uma candidata no “Miss Gay” de
Juiz de Fora

60. Admirar um belo horizonte na praça do Papa em Belo Horizonte


61. Vivenciar o dia a dia de uma fazenda centenária.


62. Aplaudir o Grupo de Bonecos Giramundo


63. Aprender sobre a história de
Minas Gerais no Museu da Inconfidência em  
     
Ouro Preto

64. Comprar produtos de teares em
Resende Costa
 
65.  Contemplar a Gruta do Salitre, Diamantina
66. Envolver-se na festa do Rosário na comunidade dos Arturos em Contagem
 
67. Beber café em xícara esmaltada acompanhado de
quitandas

68. Sentar
-se à porta de uma venda e ver a vida passar

69. Experimentar os biscoitos de
São Tiago

70. Observar um leilão de gado na Expozebu de
Uberaba

71. Divertir-se em uma feira de agropecuária


72. Andar a cavalo apreciando as paisagens da Serra da Mantiqueira


73. Degustar a culinária típica da Festa Nacional do Milho em
Patos de Minas
 
74. Realizar uma visita interativa no Museu Artes e Ofícios em Belo Horizonte
 
75. Saborear o rocambole de Lagoa Dourada
 
76. Fazer uma excursão pelo Circuito das Águas 
 
77. Conhecer o monumento “Menino da Porteira” em Ouro Fino
 
78.  Caminhadas pelo Vale do Matutu em Aiuruoca
 
79. Viajar para a região do Rio Doce pela ferrovia Vitória Minas
 
80. Contagiar-se pela beleza dos shows pirotécnicos durante Festa do Foguete
      em Santo Antônio do Monte
 
81.  Participar de uma colheita de café no sul de Minas
 
82. Ter uma aula de esducação ambiental na Estação Ambiental de Peti da Cemig.

83. Passar um final de semana em Araxá
 
84. Cair na folia da micareta Sanatório Geral em Ubá

85 - Se deslumbrar com a paisagem da
Serra do Caraça









sexta-feira, 15 de outubro de 2010

O Amor nos tempos de Hoje

Flávio Gikovae é um psiquiatra paulista que escreveu mais de 30 livros sobre o amor. Ele sempre reforça a idéia de que o amor romântico acabou. Não subsiste nestes tempos modernos. Nem o conceito da "outra metade". Somos únicos e inteiros. Ninguem vai nos completar. Ele acabou de lançar um lilvro novo, chamado "Sexo". Anos atrás ele esteve aqui, em Belo Horizonte,  no Palácio das Artes, que ficou lotado para ouví-lo. Ele está mais conhecido atualmente pois apareceu na novela das oito da Rede Globo como o psiquiatra do filho da Bete Gouveia. Em entrevistas recenes, ele explicitou seus conceitos. Vocês poderão lê-los agora. Bom proveito.

Como ter um relacionamento duradouro e feliz

O psiquiatra Flávio Gikovate dá uma entrevista e afirma: "O amor não é um parque de diversões"
Em seu livro Uma Nova Visão do Amor, o psiquiatra Flávio Gikovate diz que procurar no ser amado o seu complemento, a sua outra metade, é um perigo para a saúde do relacionamento. “Antigamente um dos pares precisava sempre fazer grandes concessões, porque os casais imaginavam que tinham de fazer tudo juntos”, diz Flávio. “As pessoas estão mais individualistas e aprenderam que a chave de um relacionamento sereno é o respeito pelas diferenças de gosto”.

Flávio é formado em medicina pela Universidade de São Paulo (USP) desde 1966 e autor de 25 livros que já venderam mais 600 mil exemplares nos últimos 30 anos. Escreveu durante anos para a Folha de São Paulo e para a Revista Claudia. Toda essa experiência você confere agora em uma entrevista com dicas preciosas para manter um bom relacionamento com o seu amado.

 - Baseada na sua experiência como profissional, quais conselhos você daria a quem está pensando em casar agora? O que é importante levar em conta, observar, refletir para ter um relacionamento duradouro e feliz?
Flávio Gikovate - O primeiro ingrediente para um relacionamento duradouro reside na escolha do parceiro: quanto maiores as afinidades de gostos e interesses, mas, principalmente, de caráter, melhor. Gente honesta deve se relacionar com gente honesta. Isso é essencial, pois, se a aliança se faz com alguém que mente ou que é mais para egoísta, por exemplo, os problemas ficarão agravados depois do casamento.

Outro fator é não ser ingênuo ou otimista: convém pensar que ao casar, todos os problemas e dificuldade pioram, sim! As pessoas se acomodam e mostram mais a sua face negativa. Assim, é preciso que tudo, inclusive o sexo, esteja 100% durante o namoro porque talvez venha a piorar um pouco. 

Um terceiro conselho: um relacionamento não permanece encaixado e funciona bem automaticamente. Ou seja, é preciso cuidado, atenção com o outro, esforço para que as afinidades e projetos de vida continuem convergentes. Isso não é fácil e exige muita atenção sobre os próprios anseios, os do parceiro e cuidado nas conversas e negociações. Aliás, elas devem existir o tempo todo porque os pontos de vista serão divergentes em muitos aspectos e os diálogos tem que ser respeitosos para serem produtivos.

- O amor de hoje é diferente do amor de antigamente? É importante manter a individualidade? Uma certa renúncia não é inerente ao relacionamento, ou seja, não temos sempre de abrir mão de coisas em prol da relação?
FG - Antigamente, as concessões eram grandes porque os casais imaginavam que tinham que fazer tudo juntos. Quase sempre havia um que concedia e o outro, o mais egoísta, que abusava da tolerância do mais generoso. Além disso, a idéia que estava em vigor era a de que ao homem cabia dirigir a vida a dois. Isso não é mais verdade: as moças representam 60% dos estudantes universitários, de modo que em breve estarão mais bem preparadas e ganhando mais que a média dos homens. A independência sexual e financeira da mulher, junto com os avanços tecnológicos de utilização individual (IPod, computador, DVD, etc) tem feito crescer a individualidade das pessoas, o que é uma ótima notícia. Assim, em vez de concessões, que por vezes tem que ocorrer, a chave de um relacionamento sereno é o respeito pelas diferenças, gostos e individualidades. Ou seja, quando se gosta da mesma coisa, se faz junto. Quando um gosta e o outro não, cada um faz o que gosta e se encontram depois. Ambos felizes. Quem faz as concessões acaba se aborrecendo internamente e não raramente arruma uma briga por algum motivo fútil.

- Como resolver interiormente a sensação de desemparo e de insegurança para deixar de depender do parceiro amoroso?
FG - Nenhum de nós consegue resolver completamente a sensação de desamparo que nos acompanha desde o nascimento. Por isso mesmo gostamos de ter um parceiro amoroso. Podemos lidar com essa sensação individualmente. Um dos recursos é, por exemplo, manter-se ocupado e entretetido tanto com o trabalho como com leituras, esportes, cinema, amigos, etc. O que tem que ser claro é que o parceiro sentimental não tem que ser o remédio definitivo, único e permanente para o nosso desamparo. O nosso desamparo é problema nosso! O parceiro, quando presente, nos ajuda muito, mas não é sua obrigação nos aliviar o tempo todo das sensações íntimas dolorosas.

- Com o passar dos anos, a maioria dos casais não sente mais aquela paixão avassaladora do início, aquele êxtase. Porque isso acontece? É possível reacender esta chama e manter um relacionamento longo e feliz?
FG - É possível, sim, que o amor permaneça igualmente intenso e gratificante por toda a vida. É claro que terá altos e baixos, dependendo do comportamento do parceiro e do nosso estado de alma. O que desaparece é o componente do medo que está associado à paixão: paixão = amor + medo. O medo é relacionado com o risco de ruptura, além do medo da felicidade, condição com a qual acabamos por nos acostumar. Com o casamento, os temores de ruptura diminuem muito e o medo se atenua. Aí, o essencial é não se acomodar e tratar de conservar a riqueza de conversas.
A intimidade depende também de um fator essencial: não julgar o parceiro o tempo todo. Existem muitas pessoas que não sabem ouvir a não ser com a idéia de encontrar e apontar os defeitos do outro. Isso é horrível, pois acaba levando o outro a se calar, a omitir tudo aquilo que poderá ser passível de crítica. Com isso, a intimidade se prejudica e, ao longo do anos, pode vir a se romper de modo radical.

- É possível, depois de 30, 40 anos de casamento, ser uma pessoa que ainda provoque interesse no outro? Como não deixar que a rotina mate o relacionamento? Pessoas muito diferentes conseguem manter um relacionamento longo ou é preciso haver compatibilidades?
FG - Já afirmei que a harmonia conjugal depende essencialmente das afinidades, principalmente as de caráter. É impossível confiar em um parceiro que mente, que é insincero. Com o tempo isso destrói o eventual encantamento e o amor desaparece.

A rotina não perturba o cotidiano a não ser quando ela é muito chata! Rotinas agradáveis, compartilhadas com alegria, são uma dádiva. Não é a rotina que destrói o relacionamento, mas a falta de criatividade de modo que só sobra o cotidiano que é forçosamente repetitivo.

Para que as pessoas continuem a ser interessantes para seus parceiros é preciso que elas se reciclem, renovem seu repertório, tenham interesses e se dediquem a eles. O casamento não é chato, chatas são as pessoas que não progridem, que não leem, não assistem a filmes, não acompanham as notícias, não tem nada de novo para dar. Chatas são as pessoas que acham que seus parceiros estão no mundo para entretê-las e não percebem que elas mesmas devem encontrar os meios de fazer a vida agradável.

As pessoas esperam do parceiro o que deveriam buscar em si mesmas. Amor é o sentimento que temos por quem nos provoca a adorável sensação de paz e aconchego que neutraliza momentaneamente nosso desamparo. Amor não é entretenimento, não é parque de diversões. Aventuras devem acontecer juntos ou separados, em atividades profissionais, intelectuais, projetos de viagem, etc.







terça-feira, 12 de outubro de 2010

Conversa de Santos. Conto? Crônica ou Caso?


       Deixo por conta do leitor a classificação desta bem humorada história.


Conversa de Santos



     Depois que os fiéis foram embora, o vigário, após certificar-se de que não havia nenhum cachorro escondido, mendigo também, ou um bêbado de boca aberta dormindo, fechou a porta principal do templo, que ficou em completa escuridão e em silêncio celestial. É nesta hora, no meio da noite, que os santos aproveitam a ocasião para bater um papinho descontraído e trocar impressões sobre os freqüentadores da igreja.
- Vocês viram – perguntava Santo Antônio, equilibrando o menino em um dos braços, enquanto o outro gesticulava - aquela mocinha com aquele vestido azul tão curtinho?
Não esperando a resposta, pois sabia que eles tinham visto (santo vê tudo), continuou:
-Está a fim de casar e está de olho naquele rapaz do PT. Tenho de dar um jeito nisto. O que não estou gostando é da pouca roupa que ela usa...
-Que é isso, Antônio? -inquiriu São Sebastião um tanto ofendido, enquanto despregava um dos braços e tirava a flecha do outro (os santos se tratam com intimidade; nenhum usa o “São” antes do nome, daí o Antônio sem o Santo)- e eu, olha como estou vestido. Sumariamente.
-Você é diferente- retrucou Santo Antônio (de Pádua ou de Lisboa? Esta dupla nacionalidade estava lhe trazendo dificuldade de identificação. Acabaria esquizofrênico. Além do mais não estava gostando de ficar carregando aquele menino nos braços  nesta época de acusações de pedofilia).
-Deixem disso, filhos – falou a Virgem, com ar maternal e bondoso. – Não vão discutir por detalhes insignificantes.
-É isto mesmo- falou São Pedro, meio bravo. – Não podemos julgar estas meninas e estes rapazes. Temos de condenar os que influenciam a juventude.
- Quem?- perguntaram os outros santos, curiosos. Santos adoram uma fofoca.
-Não me comprometa, gente - continuava Pedro, alisando a barba branca (tinha muita vontade de raspá-la) - , mas já que vocês insistem (ninguém tinha insistido, porém todos já sabiam que o Pescador era assim mesmo: gostava de uma prosa). Tem, por exemplo o Freud, este desmoralizador do lar, um sem- vergonha que andou falando muita bobagem; a Mary Quant, que inventou a mini saia; o Darwin, aquele danado, que falou que o homem veio do macaco; o Hafner, o fundador da revista Playboy; o Prestes; o...
- Pedro, Pedro, você está exagerando- ecoou uma voz profunda, grave e, ao mesmo tempo linda e maravilhosa. Era Ele.
-Desculpe-me, Senhor. É o entusiasmo – falou Pedro e se calou.
-Mas-  falou São Cristóvão, carregando um menino nas costas e que já estava cansado daquele peso e muito preocupado, junto com Santo Antônio, com estas acusações de pedofilia. Daqui a pouco iam falar mal dele - o engraçado do dia foi aquele sujeito que veio aqui para ler jornal. Acho que o barulho lá fora está demais. Parece que silêncio só mesmo na casa de Deus.
- Ou nas boates depois que todo mundo vai embora- completou ácido São Paulo, que ostentava uns dizeres debaixo de sua imagem: “Antes casar-se que abrasar-se”.
- O pior foi o tipo de jornal que o sujeito veio ler aqui- completou Santa Luzia, que, por ser protetora da visão, enxergava maravilhosamente.
-Qual era? – perguntaram novamente todos.
 Antes que Santa Luzia falasse alguma coisa, ouviu-se um estrondoso barulho. A porta foi posta abaixo. Dezenas de pessoas entraram correndo na igreja, pularam os bancos, derrubaram alguns, esconderam-se atrás dos altares e ficaram espiando. Fora, o barulho, os gritos, a confusão geral e um ou outro palavrão.
Os santos se entreolharam sem saber o que estava acontecendo. Procissão não era, porque nem tinha andor. Pagar promessa também não deveria ser, porque, por mais esdrúxula que fosse (e eles já tinham visto de tudo) nunca ninguém tinha se deparado com tal fato. Nem os santos mais antigos, como São Pedro e São Paulo, São Cosme e São Damião, e outros do segundo escalão. Talvez pecadores arrependidos de seus crimes e que ali vieram pedir perdão a Deus. Mas entrar daquele jeito na Igreja?  Não, ninguém sabia o que era aquilo.
De repente, outra confusão, gente correndo para lá e para cá. Uns fugindo, outros chorando. Pouco a pouco, foi tudo voltando à paz e à serenidade própria do local. A igreja ficou vazia. E ninguém ficou sabendo de nada pelo resto daquela noite. Os santos só descobriram o motivo da balbúrdia quando de manhãzinha um vendedor de jornais gritava a plenos pulmões, à porta da Igreja.
- Extra! Extra!Extra! Igreja invadida. Professores municipais e estaduais em greve, impedidos de fazer assembléia,  entram na Igreja para fugir da polícia.