Fazenda onde nasceu o blogueiro. Foto Luis Fernando Gomes

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terça-feira, 26 de outubro de 2010

Casais e Dinheiro - Segunda Parte.

Por problmeas de formatação, a primeira parte do artigo ficou truncada. Peço desculpas aos leitores. Assim sendo, vou postar a primeira e segunda parte juntas deste texto.
DINHEIRO E CASAIS: UMA RELAÇÃO TORMENTOSA

Não vou falar separadamente de amor ou de dinheiro, mas de como esse último interfere no primeiro.
Antes, algo sobre o amor, retirado do livro “Sem Fraude. Nem favor”, de Jurandir Costa:

“O amor romântico se tornou sinônimo de praticamente tudo o que entendemos por felicidade individual: êxtase físico-emocional, socialmente aceito e recomendado; segurança afetiva, parceria confiável, consideração do outro, disponibilidade para ajuda mútua; solidariedade sem limites, partilha de idéias sentimentais fortemente aprovadas e admiradas, como constituição da família e educação dos filhos; enfim, satisfação sexual acompanhada de solicitude, ternura, carinho e compreensão. Como se não bastasse tudo isso,  temos as parcerias econômicas. E é aqui que a situação fica mais crítica.”

O dinheiro virou onipresente: está em todos os aspectos de nossa existência. Do nascimento – e antes dele – até à morte.
E, algo chocante sobre o dinheiro, lido em O Dinheiro e o Significado da Vida, de Jacob Needleman:

“Quantas vezes não vemos motivos financeiros anular considerações de amor, amizade, confiança, boa-fé, integridade, artísticas, misericórdia, justiça e verdade?”

Antes de casar: meu bem para cá, meu bem para lá. Na separação, meus bens para cá e os seus bens, também.

E como são as pessoas em relação ao dinheiro? Vejamos esse teste:

Você prefere:
1)    – a) ganhar RS$80.000
        b) 80% de chance de ganhar 100 mil?
2)  - a) Perder 80 mil
     - b) 80% de chance de perder 100 mil?
Respostas preferidas: a do 1 ;  e b do 2. Isso vem demonstrar que:
NÃO estamos dispostos a correr risco para ganhar, mas estamos dispostos a correr risco para não perder.




Perguntas para auto-reflexão?
-- Quem é rico?
- - Qual a sua primeira experiência com dinheiro?
-- Quem tem um registro rigoroso de gastos e receitas?
-- Qual a verdadeira riqueza: Ter aquilo que desejamos ou aquilo de que     temos necessidade?
(Frase: o dinheiro compra tudo o que desejamos, porque desejamos somente o que o dinheiro pode comprar. Aqueles que criticam a ênfase ao dinheiro dizem que o dinheiro não pode comprar felicidade, amor. Claro. Dinheiro só pode comprar objetos, material, ou algo que o leva a determinado estado de espírito.)

O DINHEIRO E O SIGNIFICADO DA VIDA.

Quem já ouviu essas frases?
- O dinheiro é a raiz de todo o mal.
- Rico ri à toa.
- O dinheiro não dá em árvore.
- Quem tudo quer nada tem.

OUTRO TESTE:
O dinheiro é importante porque me permite:
a) fazer o que quero.
b) sentir-me seguro
c) continuar vivendo
d) comprar coisas para os outros.

Estamos todos despreparados diante do relacionamento amor / dinheiro. A Psicologia Econômica, um novo e promissor nicho de trabalho, vem para ajudar a colocar as coisas em seus devidos eixos.

Quando o amor e dinheiro se encontram, o passado estará sempre presente.
São os investimentos ocultos. – posturas e crenças quanto ao dinheiro que trazemos, tais como :
- família.
- como as pessoas nos tratavam diante do dinheiro: perdulário, sovina,etc.
- o que você assimilou da sociedade / cultura (religião, mídia. etc.)
- suas próprias experiências na vida adulta.



NOVAS POLÍTICAS MONETÁRIAS SEXUAIS.

Homens e mulheres se comportam diferentemente diante do dinheiro e
- do sucesso / metas.
- temores
- risco (quem seria mais conservador e mais “arriscador”, homem ou mulher?)
- competência (Os homens parecem saber de tudo, mesmo quando não                sabem; as mulheres duvidam que saibam de tudo mesmo quando    sabem).

QUANDO SE ACUMULA O PODER FINANCEIRO, afrontas levam à desforra. Numa relação que está acabando, podem acontecer tais situações:
- consumo, “por desaforo”.
- furto
- vingança sexual.


E há vários tipos de comportamento entre os casais.

* Infantilizadores (“não se preocupe. Não esquente a sua linda cabecinha. Vou cuidar de você”). Ou:  você não sabe mexer com o dinheiro. Eu olho.

* Controladores de informação (ao outro é negado qualquer conhecimento das finanças; nem um mísero talão de cheque. Um idoso aposentado falava com a mulher no banco: fique aqui sentadinha que vou olhar o que tenho no caixa. Quiando ele morreu, ela nem sabia quanto ele tinha no caixa).

* Mártires monetários (“faço tudo por você, e o que recebo? Gastei rios de dinheiro com sua educação e você não me ajuda em nada”)

* Tomador de decisão unilateral  (compra um carro, apartamento. O futuro marido escolhe o local da lua de mel: a noiva não dá nem noticia)

* Rebelde monetário (“vou fazer quando quiser, e se quiser”).

TABUS MONETÁRIOS
São coisas, às vezes, escondidas entre os casais
 O que possui, quanto ganha, quem ganha mais. Ou se é rico ou pobre. Nem a declaração de Imposto de Renda de um, o outro sabe.

COLABORANDO NO RELACIONAMENTO:
Quando houver necessidade de discutir temas financeiros, devem ser tomados alguns cuidados:

_ Um lugar seguro, neutro. Nada de mesa do café da manhã.
_ Discutir só o assunto em questão. (aquele cheque sem fundo. E não aproveitar para falar de todos os problemas financeiros).
_ Audição reflexiva (não dar resposta imediata, ou desculpas: autodefesa imediata é péssima. E nem sair dando o troco)
_ Comece com “Eu”: “eu errei”. Eu falhei.  Se se encurralar um gato, vai ser arranhado. Não vai cair matando.
_ Busque mudanças e identifique conseqüências.

O QUE OS UNIU É, COM FREQUÊNCIA, O QUE OS SEPARA
(Essa frase talvez fosse melhor do aquela: o que Deus uniu, o homem não separe).
O que nos cativa em outra pessoa pode ser a causa de nossa separação. Ele procurava uma mulher extrovertida. Mas nem tanto. A extroversão dela acabou com o casamento. Se ele se encanta com o dinheiro dela, este poderá dar fim ao relacionamento. A juventude dele foi o que a atraiu. E pode ser esta juventude que fará que ele a traia.


SIGNIFICADOS DO DINHEIRO.
Por que as pessoas querem o dinheiro.

a)     Liberdade – é o despojado. Quero ter dinheiro para fazer o que quiser. Nunca controlou um talão de cheques. Só não vai quebrar se for um milionário. E olhe lá.
b)    Segurança -  é o precavido, que quer a estabilidade. O que faz um          PGBL. Sofre ao perder uma pechincha, um brinde.
c)     Poder – deseja fama, admiração e controle (sobre os outros)
 . Só será feliz quando for o presidente da empresa.
d)    Amor – o sociável, reforçar a rede de relacionamentos. O que dá presentes..   Controla seu talão de cheques ... e dos outros também. “Compra” o amor.

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