Fazenda onde nasceu o blogueiro. Foto Luis Fernando Gomes

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quarta-feira, 5 de outubro de 2011

DESABAFO DE UMA CONSUMIDORA.

Em Belo Horizonte e em outras cidades brasileiras, as sacolinas dos supermercados estão proibidas. Ou você leva uma sacola para o supermercado ou terá que comprar uma ecologicamente produzida. (Há fortes rumores de interesses privados - e sujos - na origem destas proibições). Essa sacolinha é frágil e cara e o consumidor arca com o preço. Os supermercados ganham, pois não compram mais sacolinhas. Enfim, quem perde somos nós os consumidores. Aí surge aquele papo "ecochato" de nossa responsabilidade pelo "meio" ambiente. E o que diria uma idosa sobre a cobrança de um jovem caixa sobre a "responsabilidade" de nossa geração pelo "meio" ambiente.? Bem, este texto, eu o recebi via email.

Desabafo de uma senhora idosa  sobre a onda de "preservação do meio ambiente"

Na fila do supermercado, o caixa diz a uma senhora idosa, em tom de reprimenda:

" A Sra. deveria trazer suas próprias sacolas para as compras, uma vez que os sacos de plástico agridem o meio ambiente!".

A senhora pediu desculpas e disse:
“Não havia essa mania verde no meu tempo.”

O empregado respondeu:
"Esse é exatamente o nosso problema hoje, minha senhora. Sua geração não se preocupou o suficiente com  nosso meio ambiente!!! "

"Você tem certeza? - responde a velha senhora - nossa geração não se preocupou adequadamente com o meio ambiente? Vamos ver...

Naquela época, as garrafas de leite, garrafas de refrigerante e de cerveja eram devolvidas à loja. A loja mandava de volta para a fábrica, onde eram lavadas e esterilizadas antes de cada reutilização.Os fabricantes de bebidas usavam as garrafas milhares de vezes, até se quebrarem.

Realmente não nos preocupávamos com o meio ambiente no nosso tempo...

Subíamos as escadas, porque não havia escadas rolantes nas lojas e nos escritórios.

Caminhávamos até o comércio, ao invés de usar o nosso carro de 300 cavalos de potência a cada vez que precisamos ir a dois quarteirões.

Mas você está certo. Nós não nos preocupávamos com o meio ambiente....

Até então, as fraldas de bebês eram lavadas, porque não havia fraldas descartáveis.

Após serem lavadas,  a secagem das nossas roupas era feita por nós mesmos, não nestas máquinas bamboleantes de 220 volts. As energias solar e eólica, captada pelo varal no quintal, é que realmente secavam nossas roupas.

Os meninos pequenos usavam as roupas que tinham sido de seus irmãos mais velhos, e não roupas sempre novas.
Mas é verdade: não havia preocupação com o meio ambiente, naqueles dias...

Naquela época só tínhamos somente uma TV ou rádio em casa, e não uma TV em cada quarto. E a TV tinha uma tela do tamanho de um lenço, não um telão do tamanho de um estádio; que depois será descartado como?

Na cozinha, tínhamos que bater tudo com as mãos porque não havia máquinas elétricas, que fazem tudo por nós.

Quando embalávamos algo um pouco frágil para o correio, usamos jornal amassado para protegê-lo, não plastico bolha ou proteções  de isopor, que duram cinco séculos para começar a se degradar.

Naqueles tempos não se usava um motor a gasolina apenas para cortar a grama; era utilizado um cortador de grama  impulsionado pelo dono, o que exigia músculos. O exercício era extraordinário e ele não precisava ir a uma academia e usar esteiras que também funcionam a eletricidade.

Mas você tem razão: não havia naquela época preocupação com o meio ambiente...

Bebíamos água diretamente do filtro (de cerâmica), em copos de vidro ou alumínio,  quando estávamos com sede, em vez de usar copos plásticos e garrafas pet que agora lotam os rios e oceanos.

Nossas canetas tinteiro eram  recarregadas com tinta milhares de vezes ao invés de comprar uma outra. E não usávamos canetas BIC, era lápis mesmo.

Os homens usavam navalhas ou lâminas de aço do tipo "gilete",para barbear=se,  ao invés de usar e jogar fora  dezenas de  aparelhos 'descartáveis' e poluentes só porque a lámina ficou sem corte.
Na verdade, tivemos uma onda verde naquela época... Naqueles dias, as pessoas tomavam o bonde ou de ônibus e os meninos iam em suas bicicletas ou a pé para a escola, ao invés de usar a mãe motorizada, como um serviço de táxi 24 horas.

Tínhamos só  uma tomada em cada quarto, e não um quadro de tomadas em cada parede para alimentar uma dúzia de aparelhos eletro-eletôrnicos.

E nós não precisávamos de um GPS para receber sinais de satélite a milhares de quilômetros no espaço, só para encontrar a pizzaria mais próxima.

Então, não é risível que a atual geração fale tanto em meio ambiente, mas não quer abrir mão de nada e não pensa em viver um pouco como na minha época?"

A idosa poderia concluir:
E não me encha a sacolinha, pois ela arrebenta fácil.

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