Fazenda onde nasceu o blogueiro. Foto Luis Fernando Gomes

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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Um assunto financeiro

São três as coisas importantes em nossa vida e que ninguém nos ensina: criar os filhos; como separar-se, e como se educar financeiramente. Neste último, quase todos somos um desastre. Recentemente, têm aparecido livros, consultores e analistas que tentam levar os leitores ou clientes a se posicionarem mais adequadamente neste ponto. De vez em quando, coloco aqui alguma coisa sobre este assunto.  Este tema é pertinente: a reserva de emergência. Não confundir com a aposentadoria.  A propósito, o leitor que me enviou  este texto tem menos de 50 anos e vive de juros, rendas. É um “rendista juramentado”.Vamos a ele.

Reserva de emergência: onde deve ficar o dinheiro?

Por: Flávia Furlan Nunes
InfoMoney
SÃO PAULO – Saber onde colocar o dinheiro para formar uma reserva de emergência é fundamental, para que ela não o deixe na mão quando você mais precisar. E, de acordo com especialistas, a palavra de ordem na escolha do investimento com esta finalidade é a liquidez.
De acordo com o professor de Finanças da Fiap, Marcos Crivelaro, é preciso colocar o dinheiro em uma modalidade que ofereça facilidade de resgate, como, por exemplo, a poupança, um fundo de renda fixa ou DI.
O educador financeiro Álvaro Modernell concorda: “Geralmente a poupança é a mais indicada, ainda que renda pouco, ou o Tesouro Direto. Ações não, porque oscilam muito. Se você precisar do dinheiro na baixa, pode perder no resgate”.
Quanto juntar?
A reserva de emergência deve ter um montante dependendo do vínculo empregatício da pessoa, segundo Crivelaro. Ele indica o volume de dois salários para profissionais assalariados – que contam com seguro-desemprego – e de quatro vezes o salário, no caso de profissionais autônomos - que têm oscilação nos ganhos, por
conta de sazonalidades.
Já Modernell indica o montante entre três e seis vezes o valor das despesas mensais. “Este é o valor ideal, mas poucos conseguem. Não é por isso que não vai tentar. Tem de tentar juntar pelo menos uma vez o salário”, afirmou.
E o prazo para isso pode ser longo. Isso porque, de acordo com os especialistas, a média que a população brasileira consegue guardar é de 10% a 20% do salário mensal. E são poucos os que chegam a isso.
“Obviamente que na cultura brasileira praticamente não sobra dinheiro, falta ou fica no zero a zero. Quem tem sobra não vai para a reserva de emergência. Reserva para uma finalidade, como comprar imóvel, carro, TV, computador”, afirmou Crivelaro, sobre a dificuldade de se guardar dinheiro sem um objetivo.
Função:
A reserva de emergência deve ser usada para situações que envolvem doença e vida e itens que não são previsíveis, como multas. “A ideia é a pessoa emprestar para ela mesma, mas a juro zero”, disse Crivelaro.

Segundo Modernell, a reserva é importante porque traz tranquilidade e evita despesas adicionais ou o fato de a pessoa ter de recorrer a recursos de terceiros para fechar as contas. E, normalmente, isso é feito com o cheque especial e o cartão de crédito, modalidades que podem sair caro.
Mas a reserva também está relacionada com algo positivo. “Ela pode ser usada para aproveitar oportunidades: um pacote de férias de uma semana barato e que tem de se pagar à vista ou ofertas de sites de compras coletivas”.
Risco:
De acordo com Modernell, a reserva de emergência deve ser o primeiro fundo a ser formado por uma pessoa, o qual deve ser reforçado com o décimo terceiro e a restituição do Imposto de Renda.

O importante, neste caso, é não confundir esse dinheiro com o da aposentadoria, por exemplo.
“São coisas bastante diferentes. É importante ter essa consciência. Na reserva, o atributo é a liquidez. Na previdência privada, é rentabilidade em longo prazo”, disse.



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