Fazenda onde nasceu o blogueiro. Foto Luis Fernando Gomes

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terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Falando de Shakespeare

A VIDA (QUASE) SECRETA DE WILLIAM SHAKESPEARE



Adoro livros. E ainda mais quando ganho. É o presente de que mais gosto, depois do chocolate Lindt. Meus filhos têm o bom gosto de me dar livros de presente. E uma capacidade incrível de acertar nos títulos. Foi o que aconteceu neste final de ano. E é de um deles que vou falar: A Vida Secreta dos Grandes Autores.
Não se trata de um livro de fofocas sobre os escritores, mas que vem mostrar para o público que a vida destes  grandes escritores não foi nem tão primorosa, nem deslumbrante e nem tão edificante. Começando pelo maior escritor da língua inglesa: William Shakespeare. Acostumados com versos falando de amor romântico, do Romeu e Julieta, descobrimos que o escritor casou-se aos 18 anos com Anna Hathaway, de 26. E ela já estava grávida. O jovem Will não perdia tempo. Ainda teve gêmeos com a esposa. Mas não foi só com ela, não. Quando voltava de Londres, passava em determinada cidadezinha e era recebido por um amigo, cuja esposa devia ser mais “amiga”. E dali saiu mais um filho de Shakespeare, que puxou muito ao pai, no aspecto intelectual, tornando-se dramaturgo respeitado e poeta laureado, e ainda recebeu o nome de William. Como não havia exame de DNA, ficava uma dúvida no ar.
Shakespeare escrevia seu nome de diversas formas: Shagspere, Shakper, Shaxberd e Shakspere. Mas em seu testamento – e ele o fez – escreveu-o corretamente.
Há lendas de que era um trambiqueiro de marca maior: dava cano nos outros, não pagava os impostos e, emprestando dinheiro, cobrava como um leão. Não perdoava as dívidas.
Ele nasceu, viveu e morreu em Stratsford-upon-Avon. Uma cidade tranqüila, quase bucólica, plana, e onde podemos visitar a casa onde escreveu suas peças e o túmulo, onde, supostamente, descansam seus ossos. Com medo dos coveiros tirarem seus ossos e os jogarem numa capela mortuária – como era costume naquela época – Shakespeare deixou uma praga em sua tumba: “Abençoado o homem que poupar esses ossos e amaldiçoado seja aquele que mover os meus ossos”. Na dúvida, não mexeram com eles.
O futuro genro de Shakespeare, Thomas, era um sem vergonha de marca maior. Mesmo assim, o escritor deixou que se casasse com Judith sua filha. Mas ele aprontou tanto depois do casamento que Shakespeare tirou o nome do genro do testamento. Quando Shakespeare morreu, o genro foi acusado de assassinato. Não há evidência séria para isto, porém.
A casa de Shakespeare estava abandonada pelo governo inglês (assim como a casa onde morou Machado de Assis. Hoje é um restaurante e só tem uma plaquinha na parede) e um empresário de circo estadunidense (me recuso a escrever americano ou mesmo norteamericano) esteve quase comprando-a para levar para o seu país. A Inglaterra acordou na hora.
Há um mito muito difundido de que Shakespeare teria ajudado a traduzir a Bíblia de King James. Para corroborar esta história, o leitor pode pegar o Salmo 46, contar 46 palavras no início e 46 palavras no final e chegará às “mágicas” palavras shake e spear.. Outra lenda afirma que o escritor era um nobre italiano, fugido da inquisição espanhola, cujo nome era Michelangelo Crollalanzo. Outra história – esta não foi neste livro, mas em outra leitura que fiz- dizia que Shakespeare era português e seu nome real era Jaques Peare.
Alguns acadêmicos discutem a possibilidade de Shakespeare ser bissexual.  Ele escreveu 126 sonetos (não foi um, não. Foram 126) para um homem conhecido como Fair Youth ou Fair Lord.  E mais  – o danadinho –, a única edição dos sonetos publicados enquanto vivia foi dedicada a um misterioso Sr. W.H.”.  E em seu testamento, deixou um dinheirinho extra para três amigos. Talvez seja melhor não fazer testamento.
E para finalizar uma curiosidade: William Shakespeare morreu no dia de seu aniversário. Nasceu em 23 de junho de 1564 e morreu cinqüenta e dois anos depois. Não foi uma vida muito longa.




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