Fazenda onde nasceu o blogueiro. Foto Luis Fernando Gomes

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sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Poema de Oscar Wilde no Dia de Finados.

Requiescat – de Oscar Wilde

Seu nome de batismo era Oscar Fingal O'Flahertie Wills, mas ficou conhecido mundialmente como
 Oscar Wilde. Nasceu em Dublin, Irlanda, em 16 de Outubro 1854 e morreu em Paris em 30 Novembro 1900;
 O pai, cirurgião famoso,  possibilitou a Oscar que ele estudasse em ótimos colégios. Mudou-se 
para Londres em 1878. Sua primeira peça teatral foi uma tragédia.  Seu livro mais famoso é
 “O Retrato de Dorian Gray”. Gostei também de “The art of being Ernest”. Sua homossexualidade
 é sempre discutida, confirmada com o fato de que com 16 anos já se relacionava com outros
 homens. Mas casou-se com Constance Lloyd. A fortuna do sogro deixou-o livre e à vontade.
 O casal teve dois filhos gêmeos em 1886. Adorava ser uma celebridade.
 Este poema foi escrito para a sua irmã, que morreu muito jovem, em 1875.

Coloquei uma versão em espanhol e, ousadamente, resolvi fazer minha própria tradução.

Tread lightly, she is near
    Under the snow,
Speak gently, she can hear
    The daisies grow.

All her bright golden hair
    Tarnished with rust,
She that was young and fair
    Fallen to dust.

Lily-like, white as snow,
    She hardly knew
She was a woman so
    Sweetly she grew.

Coffin-board, heavy stone,
    Lie on her breast.
I vex my heart alone,
    She is at rest.

Peace, Peace, she cannot hear
    Lyre or sonnet,
All my life's buried here,
    Heap earth upon it.

Traduccion por Julio Gomez de la Serna.
Edicion Aguilar



Pisa ligeramente, ella está cerca,
bajo la nieve;
habla suavemente, ella puede oír crecer las margaritas.

Toda su brillante cabellera dorada
está empapada por la herrumbre;
ella, que era joven y bella,
se ha convertido en polvo.

Semejante al lirio, blanca como la nieve,
apenas sabía
que era mujer,
tan dulcemente había crecido.

Las tablas del ataúd y una pesada losa
se apoyan sobre su pecho;
mi solitario corazón está afligido;
ella descansa en paz.

Silencio, silencio, ella no puede oír
la lira o el soneto;
toda mi vida está enterrada aquí,
amontonad tierra sobre ella.



Mário Cleber da Silva

Pise bem devagarzinho, ela está por perto,
Debaixo da neve que caiu.
Fale suavemente, pois  ela pode ouvir
 as margaridas que nascem.


Seus lindos e longos cabelos dourados
Agora têm a cor de ferrugem.
Ela que era linda e jovem
Está irreconhecível.

Bela como o lírio, branca como a neve
Mal se deu conta que se tornara mulher,
Tão inocentemente
Ela cresceu.

As alças do caixão e uma pesada pedra
Apertam o seu peito
Machucam meu coração solitário.
Mas ela descansa.

Paz, paz, ela não pode ouvir
Nem lira e nem soneto
Toda minha vida fica enterrada aqui.
Cubram-na de terra.


Um comentário:

  1. Excelente postagem, Ótima tradução de Mário Cleber, vem bem a calhar neste dia de Finados.
    Antônio Carlos Faria Paz. Itapecerica/MG

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