Fazenda onde nasceu o blogueiro. Foto Luis Fernando Gomes

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sábado, 9 de novembro de 2013

Felicidade é uma empresa de um só funcionário: você.



Esta frase, infelizmente, não é minha, mas está em um texto que achei extremamente valioso do site
 “Pequeno Guru”, falando sobre felicidade e, com outro excelente achado, dizendo que ela, a felicidade, 
é de graça. Leiam e mesmo achando que estou repetitivo, penso que vale a pena repetir para descobrirmos 
maneiras variadas de ser feliz.

“O melhor remédio para aqueles que estão assustados, solitários ou infelizes é ir para fora, algum 
lugar onde possam ficar sozinhos com o céu, natureza e Deus. Para então, e só então, você
conseguir sentir que tudo é como deveria ser e que Deus quer que as pessoas sejam felizes entre a 
beleza e a simplicidade da natureza.” (Anne Frank)
A receita de Anne pode soar romântica demais para muitos ouvidos, mas nada como a pureza e o otimismo
 de uma criança para resgatar emoções há muito abandonadas pelos adultos. Crianças podem não conhecer
muito da vida, mas se tem uma coisa que elas sabem é ser feliz. Comer guloseimas coloridas, brincar fora 
de casa sem importar com a cor da roupa ou com joelho ralado, ter muitos amigos e até brigar com alguns,
 mas sem guardar mágoas. Ser criança é quase um sinônimo de ser feliz — e o maior pecado do mundo
 deveria ser destruir a infância de alguém. Talvez por isso a maioria das pessoas sente tanta saudade dessa
 época, porque desconhece essa sensação hoje. Ser um adulto feliz parece exigir tanto esforço que o 
assunto se tornou popular em livros e palestras. Não é mais difícil ser feliz hoje do que aos 7 anos,
 é apenas diferente, e requer algumas mudanças na forma como você vê a vida.
Quando somos crianças temos 1 milhão de motivos para ser feliz e 1 ou 2 problemas para nos preocupar.
 Na vida adulta, isso parece se inverter — os problemas aumentam e sem os devidos cuidados podem 
superar as coisas boas. Dinheiro é o líder da quadrilha da infelicidade, afetando bilhões de pessoas no mundo.
 E aqui vem o primeiro segredo, o impacto que o dinheiro exerce na nossa vida depende da importância 
que damos: dinheiro é fonte de felicidade ou um mal necessário?
Felicidade não é algo a pronta entrega, é um produto caseiro feito nos detalhes e com muito amor.
É difícil falar de felicidade sem falar de dinheiro, então a importância que damos a ele afeta diretamente
 à nossa felicidade. Quer ver uma coisa? Suponhamos que você receba duas ofertas de emprego para 
trabalhar em outra cidade com moradia paga pela empresa e precisa escolher entre elas:
a) Empresa multinacional com salário de R$14.000 e uma boa casa (mas não a melhor) em condomínio fechado de altíssimo padrão em um dos bairros mais ricos da cidade.
b) Empresa multinacional com salário de R$9.000,00 e uma cobertura em edifício de alto padrão em bairro classe média.

Qual você escolheria? Segundo cientistas britânicos, as pessoas são mais felizes quando são mais bem 
sucedidas que as outras com quem convivem, independente do quanto ganham e do valor dos seus bens. 
Em outras palavras, é melhor ser o magnata do bairro do que um Zé Ninguém do Alphaville.
Se você quer comprar felicidade, precisa comprar  momentos, não coisas. Você ainda vai sair ganhando
 porque momentos geralmente custam menos do que coisas. Para alguns, trocar de carro por um melhor é
 o maior exemplo de felicidade que se pode ter. Até faz sentido, pois carro gera status e se nosso status
 for maior que os dos outros, ficamos felizes (é a ideia do estudo acima). Mas é mais provável que o  
carro, por melhor que seja, ainda o faça desejar a caminhonete do vizinho. Também é provável que lhe 
deixe com a grana curta e lhe faça adiar aquela viagem para Europa que há tanto tempo sua namorada sonha. Momentos são mais valiosos que coisas.
Mas não precisamos viver como monges para encontrar a felicidade. Ter coisas nos faz feliz sim, ganhar
 mais no final do mês também nos faz feliz, mas apenas se os nossos desejos não aumentarem junto.
É impossível não transbordar de felicidade com a compra do primeiro imóvel, mas se você já pensa 
em dar de entrada por outro maior no futuro, essa felicidade durará pouco. O dinheiro gera felicidade ao 
preencher um vazio, mas muitas vezes acaba acontecendo como Benjamin Franklin disse uma vez, criando
 um novo. Ao invés de satisfazer uma vontade, ele dobra ou triplica. Dinheiro deveria vir com uma dose 
de sabedoria porque só assim elas saberão usar a seu favor.
Felicidade tem preço sim, de banana
Ao saber que a palavra “vovó” é mais associada à felicidade do que  “iPhone” ou “milhão”, 
 realizei uma pequena pesquisa em busca de um consenso sobre felicidade entre pensadores, filósofos 
e escritores. Embora cada um tenha sua própria opinião, uma das noções mais comuns pode ser resumida
 em uma frase do sábio escritor americano William Ward: “felicidade é um trabalho interno”.
Aristóteles, Dale Carnegie, Dalai Lama, Eleanor Roosevelt, Marco Aurélio todos compartilhavam a ideia
 de que felicidade vem das suas próprias ações e pensamentos. Mas só você sabe o que lhe deixa feliz,
 não é? Seja o que for, apenas não esqueça que ela está dentro de você e não em um shopping center. 
Felicidade não é algo a pronta-entrega, é um produto caseiro feito nos detalhes e com muito amor.
Não há regras, mas você pode começar por aqui
É tudo sobre sua habilidade de viver um momento de cada vez e valorizar o que já conquistou. Quanto
 mais você pensar no futuro e viver para ele, menos você aproveitará o hoje e maiores as chances de viver 
frustrado, preocupado e infeliz. Nunca esqueci da história de um homem que durante muitos anos trabalhou
 no turno da noite da redação de um jornal, o único momento que tinha com seus filhos pequenos era
 quando os levava para escola e raros eram os momentos a dois com amigos e a esposa. Seu objetivo era
 trabalhar duro para se aposentar cedo e então aproveitar a vida, e o turno da noite pagava mais. Ele
faleceu em um acidente de trânsito bem antes da aposentadoria.
Dinheiro é importante, mas está longe de ser tudo. Para provar que você pode ser mais feliz sem o
salário dos sonhos, há 4 pequenos conselhos que gostaria de compartilhar. Como a felicidade reside na
simplicidade, você verá que esses conselhos não têm nada de novo. A força deles está no quanto você
 os aplica na sua vida.
1. Aproveite os amigos e a família
Enquanto você ainda pode. A amizade é uma das maiores fontes de felicidade. É quase um consenso na 
ciência hoje que é impossível ser feliz sozinho. A consultoria Gallup diz que são necessárias pelo menos
 6 horas diárias de convívio social para uma vida feliz. Se uma simples conversa com um colega de trabalho
 contribui para sua felicidade, imagine o impacto de um happy hour com um amigo. Quantas vezes seus 
pais lhe telefonaram reclamando que você não os visita mais? E aquele amigo que já lhe convidou várias
 vezes para fazer algum coisa e você “nunca pode”? Compromissos sempre vão existir, mas é preciso 
achar uma brecha na agenda para quem você ama. Lembre-se que amizades verdadeiras não são
 construídas
 a partir do dinheiro. Se tudo que seus amigos gostam de fazer é ir para baladas caras em roupas de 
marca, talvez você devesse rever essas amizades (como sua mãe deve ter lhe dito alguma vez na vida). 
Amigo não é aquele que lhe acompanha em uma viagem à Europa, mas aquele que pega um ônibus lotado
 para o litoral sem ter onde ficar. Só pela parceria.
2. Seja generoso
Altruísmo é outra grande fonte de felicidade. Dar R$1,00 para uma criança no semáforo não faz muita
 diferença no seu bolso, mas provavelmente faz para o seu bem-estar.(Aqui discordo do autor, coisa mais
 comum em primeiro mundo, mas aqui no Brasil batalha-se para evitar dar dinheiro no farol). Pessoas
 que fazem trabalhos voluntários ou doam regularmente desfrutam de um ganho emocional considerável. 
Mas ações ainda menores do que essas contribuem para a felicidade, como dar uma lembrança 
inesperada para alguém.
A felicidade é uma empresa de um único funcionário, você.
Gastar dinheiro com alguém que você gosta tende a lhe deixar mais feliz do que se gastasse com algo para
 você, é o que dizem os autores de “Happy Money”. Por quê? É contagiante. Fazer algo por alguém 
nos faz com que nos sintamos bem conosco, fortalece laços e gera maiores lembranças positivas.
3. Faça o que gosta
Todos os dias, eu tento fazer pelo menos 1 coisa que eu gosto muito. Sem culpa. Assistir uma 
série, jogar videogame, tomar uma cerveja. O que quer que você goste muito, assegure de fazer com
 regularidade. De preferência, procure atividades relaxantes, mas não é regra. Tem gente que fica feliz ao
 correr 5km, outras ao ficar esparramado no sofá. Apenas uma observação: preste atenção se isso
 contribui de forma genuína para uma sensação agradável duradoura e que permaneça  depois. Muitas 
coisas das quais gostamos trazem benefícios momentâneos e depois geram sensações de culpa,
 angústia e inferioridade (por exemplo, Facebook). Nem tudo que é bom nos faz bem. (Ou como outro
 filósofo dizia: eu posso tudo, mas nem tudo me convem).
4. Dedique sua vida alguém
O amor é a única coisa que conhecemos no começo de nossas vidas. Com o tempo, nasce o medo
 através dos nossos erros, más experiências e julgamentos. Toda fonte de amor é válida e incrivelmente
 poderosa, mas o amor de casal é o que leva homens e mulheres às experiências mais intensas. Quando
 puro e sincero, o amor por alguém é a maior fonte de felicidade que se pode sentir. Fica-se feliz só por
 estar na presença do outro e tudo é mais intenso, tudo parece melhor do que realmente é. Claro, também 
é fonte de tristeza e melancolia, mas grandes recompensas carregam grandes riscos e uma vez que você
 encontrar a pessoa certa, a felicidade invade sua vida de uma maneira impressionante. (leia: 
“Pré-requisito para amar”) Nunca deixe essa pessoa ir embora da sua vida. Como instruiu o pastor no
 casamento de um grande amigo meu: “viva para a sua esposa. Ela é a pessoa mais importante da sua vida, 
mais até que os seus filhos”. Quando encontrar a pessoa certa, dedique sua vida a ela, essa também é 
uma das maiores lições que você pode ensinar aos seus filhos. Nada é mais forte que o amor para mudar 
o mundo — e a sua vida.
Quer ser feliz? Então seja!! É um trabalho interno no qual o exterior influencia até onde você permitir, não
 existe nada lá fora que possa lhe ajudar mais do que você mesmo. A felicidade é uma empresa de um 
funcionário só: você.







3 comentários:

  1. Excelente artigo, com uma boa dose de verdades, que cai como uma "luva" no momento hodierno.
    Antônio Carlos Faria Paz - Itapecerica/MG

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  2. Incrível, muito inteligente e sensível este tema. Amei!!!
    Acredito muito que a felicidade esteja dentro da gente, tipo uma escolha de vida, de forma de olhar para o mundo. Uma forma de contemplar o universo. Daí, essa coisa de dedicação a quem amamos e que nos ama, pais, cônjuge, amigos, Divertir-se, trabalhar, brincar. Ajudar, contemplar, aquecer a alma com a presença de Deus, em nós mesmos e no próximo, seja num semáforo, seja num ente amado, num gatinho, num cachorrinho, num pássaro, numa árvore... Mas essa ideia de empresa de um único funcionário é absolutamente d++++++!!! A ideia de a gente trabalhar pra gente mesmo e ser plenamente responsável pelo sucesso ou fracasso dessa empresa, dá maior responsabilidade a nós mesmos... ISSO É LINDO!!! "EMPRESA CHAMADA EU"!!! Parabéns pela escolha do tema! Obrigada por partilhar conosco, seus amigos!!! :)

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    1. Que ótimo, Rosângela. Também achei genial. E a própria confecção, criativa e inventiva, chamando a atenção. É sempre bom lembrar que somos nos mesmos os únicos responsáveis por nossos momentos de felicidade. Lembrei-me de outro livro: Sucesso: Manual do Proprietário.
      A ideia do blog é passar boas ideias. Ah, dezembro tem o lançamento de meu segundo livro. Só de contos. Contos, Encontros & Reencontros.

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