Fazenda onde nasceu o blogueiro. Foto Luis Fernando Gomes

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segunda-feira, 28 de julho de 2014

Você já foi traído (a)?

Li o texto, achei que levanta tema muito doloroso, traz ideias interessantes para enfrentar a situação e provoca discussões. Este também é o objetivo do blog: levantar questões polêmicas.
Vamos ao texto:


TRAIÇÃO. Você já foi traído(a)?
A traição é um dos atos mais dolorosos em uma relação conjugal. Ela toma por base a quebra de um acordo, no qual ambos os lados depositaram confiança. O ato deste depósito de confiança é realizado voluntariamente e possui um adendo: ele não tem garantia nenhuma. Por este motivo a pessoa que se compromete verdadeiramente está sempre vulnerável neste sentido e, por este motivo, a traição é um ato tão doloroso: sempre nos pega abertos.

De outro lado, dificilmente se vê uma traição ocorrer em uma relação saudável. Em geral as pessoas que são traídas sempre dizem que desconfiavam de alguém e, muitas vezes, não chegam nem a se surpreender ao saber com quem o conjugue a traiu. Este conhecimento deriva da percepção de que a relação está ruim o que leva a uma diminuição no comprometimento com o outro e com os acordos estabelecidos entre eles.

A maneira pela qual as pessoas reagem à traição está profundamente ligada à maneira pela qual estão vinculadas a relação, assim como pela maneira pela qual elas lidam com seus próprios desejos. Embora a população de uma maneira geral diga que “me traiu acabou” a prática é muito mais complexa e mesmo que a pessoa traída termine, o término não é fácil porque, mais cedo ou mais tarde envolverá a ideia do perdão.

Sobreviver à traição requer muita energia e força de vontade. Aceitar a traição e se permitir sentir a dor que ela traz assim como a quebra do contrato são os primeiros pontos. Quando existe uma traição a relação termina, o contrato inicial foi rompido. Ela poderá ser reconstruída, porém um novo contrato deverá ser feito e isso exige muita maturidade e energia.

O traído precisa desprender-se da ideia de que causou a traição. Ele contribuiu sim, para a deterioração da relação, porém a escolha da traição é de parte de quem trai. Aceitar o que ocorreu com ele e verificar se existe ou não espaço para perdão e para manter-se com o conjugue são os passos seguintes. Tudo isso, vem, depois de uma profunda avaliação da sua própria autoestima.

O traidor precisa verificar os motivos pelos quais desejou realizar o ato, visto que isso pode significar que ele não deseja mais – em hipótese nenhuma – a relação. Também precisa aceitar o que fez e receber a dor e raiva do parceiro – caso deseje ainda a possibilidade de um perdão ou de manter a relação. Esta parte, para muitas pessoas é muito difícil e elas podem resolver sair da relação por não suportarem receber a dor e a raiva.

O casal precisa verificar se existe ainda entre eles uma emoção e um mínimo de convivência para que exista uma nova relação. A traição é, também, um momento de revisão de tudo o que um casal passou e a possibilidade de recriar um contrato mais saudável. Aceitação de responsabilidade, dor, tristeza são elementos fundamentais neste momento além, obviamente, da sinceridade. 


Fonte: Psicoterapia em gotas

Um comentário:

  1. Texto Muito bom para análise e debate de costumes. Tema muito oportuno e instigante, atual e que requer bom senso.
    Antônio Carlos Faria Paz - Itapecerica/MG

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