Fazenda onde nasceu o blogueiro. Foto Luis Fernando Gomes

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terça-feira, 8 de julho de 2014

O caminho mais curto para o Fracasso.


Existe uma ideia muito forte no budismo: não se preocupar com o fruto da ação. Ou, no meu pensamento, um complemento dela: fixar-se numa única meta. Este texto, recebi-o de uma querida leitora da Inglaterra, e passo para vocês com uma frase que ela conhece e que eu dizia sempre: não tenho compromisso com o êxito.


Querer mais do que satisfação com a tarefa é chave do fracasso, diz estudo


Motivação interna e motivação externa e a relação de uma com a outra.
Você quer perder peso? Ganhar mais dinheiro? Aprender a tocar piano? Suas chances de alcançar qualquer um destes objetivos não depende apenas de como você está motivado, mas também, de acordo com um novo estudo de cadetes de West Point (Academia Militar dos Estados Unidos), da fonte da motivação. Isso cria um paradoxo para pessoas ambiciosas. Se alcançar uma meta lhe parece ter muitos benefícios além da própria meta, e você se importa muito com esses benefícios adicionais, então você é mais propenso a falhar.
Existem dois tipos de motivação. A motivação interna leva as pessoas a atingir um objetivo por si mesmo, ao passo que a motivação externa não está diretamente relacionada com a própria meta. Por exemplo, se você está aprendendo a tocar violino, você pode ser motivado internamente pelo amor ao instrumento, mas também motivado externamente pelo orgulho dos seus pais ou a sua esperança de que a habilidade irá ajudá-lo a entrar em uma faculdade melhor.
De acordo com uma escola de pensamento, ambas as motivações são eficazes. Mas, alguns psicólogos argumentam que apenas as motivações internas trabalham para alcançar objetivos em longo prazo, tais como a realização na carreira ou o aprendizado de novas habilidades. O problema é que os estudos laboratoriais de motivação têm focado apenas em objetivos em curto prazo.
Assim, uma equipe de psicólogos transformou uma passagem natural em um experimento que vem sendo analisada por mais de 200 anos. Todos os anos, cerca de 1300 homens e mulheres jovens entram na Academia Militar dos EUA, em West Point, em Nova York. Mas apenas 1.000 deles se formam. Desses alunos, uma parcela menor segue a carreira militar além dos obrigatórios cinco anos de serviço. E uma quantidade menor recebe uma promoção cedo, uma marca na carreira.
Que motivações esses alunos têm quando entram em West Point? A academia resolveu registrar através de uma pesquisa anual logo na entrada dos cadetes, bem como acompanhando os seus resultados na carreira.
Obter acesso a essa informação não foi fácil. Amy Wrzesniewski e Barry Schwartz, psicólogos da Universidade de Yale e Swarthmore College, na Pensilvânia, respectivamente, solicitaram há sete anos se eles poderiam trabalhar com esses dados. "Isso, então, iniciou um processo", diz Wrzesniewski sobre navegar na burocracia e orquestrar a aprovação oficial dos militares e suas instituições de origem. No final, eles têm 14 anos de dados sobre as motivações e os resultados de mais de 10.000 cadetes.
A primeira tarefa era procurar além dos diferentes tipos de motivações. West Point pede aos seus cadetes, logo na entrada, para descrever suas motivações por meio de uma série de perguntas e escalas numéricas. Os pesquisadores criaram um índice composto para cada cadete, que capturou a proporção das motivações internas e externas. Por exemplo, os cadetes tiveram de escolher um ponto em uma escala de "desejo de ser um oficial do Exército", que por definição é uma motivação interna e também para "Meus pais queriam que eu fosse", que é um externo. Em seguida, eles mediram o quanto da variação nos resultados de carreira tem relação com este índice.
Pelo menos para os oficiais militares, a motivação intrínseca é a única coisa que importa. Mesmo quando outros fatores foram contabilizados, tais como raça, religião, sexo, nível socioeconômico e escolar, os motivos internos pesavam cerca de 20% a mais na decisão.
Para cadetes que não tiveram motivações internas relevantes --mesmo se eles foram igualmente impulsionados por motivações internas e externos, tais como conseguir um bom emprego ou tornar-se fisicamente apto--, as chances de se formar eram piores do que a média, segundo os relatórios da pesquisa. E em comparação com os cadetes com motivações internas relevantes, por motivos variados houve 10% menos de chances de eles desistirem da carreira militar.
O estudo "revela que a motivação intrínseca é poderosa, mas também é frágil", diz Adam Grant, psicólogo da Faculdade de Direito da Universidade da Pensilvânia. "Mesmo quando os cadetes de West Point acham o trabalho interessante e significativo, se eles não forem fortemente motivados por recompensas extrínsecas, como um bom salário ou o respeito de seus pares, eles serão menos propensos a completar os estudos, continuar o seu serviço, e serem promovidos mais cedo". 


Um comentário:

  1. As últimas postagens tem sido excelentes, pois tratam do ser humano e como lidar com o psiquismo e as emoções.
    Antônio Carlos Faria Paz = Itapecerica/MG

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