Fazenda onde nasceu o blogueiro. Foto Luis Fernando Gomes

Fazenda onde nasceu o blogueiro. Foto Luis Fernando Gomes
Fazenda onde nasceu o blogueiro. Foto Luis Fernando Gomes

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Quando nos relacionamos com pessoas complicadas.

O que fazer quando as pessoas se apaixonam por pessoas complicadas? Tem solução? É cair fora? Dar uma de bom samaritano? Relacionamentos são costumeiramente difíceis e nada como ler dicas interessantes sobre como lidar com isto.
Este texto foi elaborado por:  Prof. Dra. Jurema Teixeira – mestre em psicologia clínica e doutora em Ciências Sociais e coordenadora do curso de psicologia da UNIBAN- Osasco


 Pergunta: Tenho a impressão de que me envolvo emocionalmente apenas com homens problemáticos e assumo os problemas deles para mim. Tenho inclusive esquecido do que realmente quero, lembrando apenas das necessidades do outro. O que fazer?"


"
Resposta: Talvez faça parte de suas características pessoais querer viver a vida dos outros; talvez você seja uma pessoa curiosa, ávida por experiências diferentes, mas que não quer assumir atitudes de risco que possam cicatrizar sua pele. Aí, fica lidando com as cicatrizes de quem se arriscou e se machucou.
Algum erro nisso? 

Não necessariamente. Cada pessoa tem o direito de escolher o parceiro amoroso que considera mais adequado para si. Alguns buscam os que acalmam sua vida, outros buscam os que imprimem um movimento de mobilização em sua monótona e organizada rotina. Assim, a escolha feita por você não se constitui, necessariamente, numa má escolha.

O real problema como você mesma sinaliza, é distanciar-se demais de você mesma, não voltar ao seu eixo e sentir-se perdendo identidade. Isso sim, pode se tornar crônico e criar lacunas em sua autoestima.
 

Quem escolhe estar em contato com pessoas que arriscam, brigam e gostam de ser o centro das atenções, tem que reservar um tempinho para rever suas necessidades pessoais nem que, nessa visita interior, encontre quase sempre a casa arrumada.

Tente pensar também se resolver os problemas dos outros, como uma constante em sua vida, não pode fazer parte de suas atividades fora do âmbito amoroso. Explicando: existem profissões que lidam exatamente com isso. Psicólogos, por exemplo, ajudam pessoas a resolver seus problemas; atores, por exemplo, vivem no palco a vida e o problema dos outros. Assim, às vezes, se viver problemas alheios é tendência e não acaso, o exercício dessa vontade pode se realizar, ou se complementar, na profissão, nas amizades ou até em trabalhos voluntários. E, nesses casos, desobrigar a escolha amorosa do ônus de preencher essa necessidade, deixando-a mais livre para optar por pessoas menos "complicadas".

Vale lembrar ainda que a cabeça alheia sempre nos parece mais complicada que a nossa.
 

Assim, ao avaliar suas escolhas amorosas, evite rotular quem você ainda não conhece direito. Tente conhecer a pessoa, entender seus motivos e tratá-la de forma acolhedora. As chances de uma pessoa, por mais complicada que seja, responder de forma adequada a um tratamento afetivo adequado são enormes.
 






2 comentários:

  1. Repito a arte da convivência é complexa e lida com pessoas difíceis já merece cuidado maior e muita experiência.
    Antônio Carlos Faria Paz - Itapecerica/MG

    ResponderExcluir
  2. Às vezes, eu acho que algumas pessoas, inconscientemente, precisam disso. Envolvem-se somente olhando a superfície, ignorando todos os sinais que o outro já evidencia no primeiro contato. Existe a retraída, que precisa do olhar colérico do outro, por exemplo. Pra mim, sempre adorei a máxima de "Eu quero a sorte de um amor tranquilo." Sempre busquei isso pra mim. Fiquei feliz quando encontrei.

    Nívea

    ResponderExcluir