Fazenda onde nasceu o blogueiro. Foto Luis Fernando Gomes

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terça-feira, 27 de março de 2012

Educação Financeira


Tem um assunto que a mídia gosta muito de abordar: a educação financeira. É muito adequado. Poucas pessoas sabem como usar o dinheiro de forma eficaz. Vários livros que tenho em casa abordam este tema. E, curiosamente, um dos que mais me impactaram foi “O Dinheiro e Significado da Vida”, de Jacob Needlemann. Vale a pena lê-lo. Copiei alguns trechos e passo para a consideração dos leitores. Cada frase, cada pontuação do autor, tudo serve para uma reflexão pessoal.

Reflexões:

O que é a verdadeira riqueza? Ter aquilo que desejamos ou aquilo que temos necessidade?
(Variação: Não tenho tudo o que amo, mas amo tudo o que tenho).

Possuímos muitas quinquilharias, mas pouquíssimo tempo.
Para que fim foi concebido o Dinheiro?  Esquecemos de seu objetivo principal. Ou melhor, quais são nossos objetivos na vida?

Max Weber, um teórico protestante reforçava o ascetismo mundano: devoção com que lutamos pelo enriquecimento e riqueza.

"Nada estabelece limites tão rígidos à liberdade de uma pessoa quanto a falta de dinheiro" - John Kenneth Galbraith.


HÁ POUCOS PROBLEMAS NA VIDA QUE NÃO PODEM SER RESOLVIDOS COM UMA QUANTIA SUFICIENTE DE DINHEIRO

“O homem mais pobre não é o homem sem dinheiro: é o homem sem sonhos”.
(Max L. Forman)



Quando perguntamos às pessoas porque elas querem ganhar dinheiro, uma resposta muito comum é que o dinheiro possibilita a realização dos sonhos. Em contraponto a essa afirmação, essas mesmas pessoas quando perguntadas quais os seus sonhos ficam confusas e não conseguem apontar algo concreto. Isso ocorre principalmente porque não possuem suas prioridades definidas na vida. Isto é, as pessoas não estabelecem seus sonhos antes de irem atrás do dinheiro.

Weber de novo: Hoje, o homem existe em função de seus negócios e não o contrário.

Considere o poder exercido sobre nós, não apenas pelo dinheiro como tal, mas por uma grande quantidade de dinheiro. Como é sentir na mão dezenas de notas de 50 ou 100? Lembrem-se de como ficam alvoroçadas as pessoas quando o prêmio da Sena acumula.

O que é realmente imprescindível para nós quando queremos fazer a distinção entre desejo e necessidade?

O que e quanto os nossos filhos aprendem com a nossa maneira de lidar com o dinheiro?

O dinheiro interfere nos relacionamentos. Somos muito amigos, mas se você me pedir 1.000 reais emprestados, como ficarei?

Caso queira compreender alguém, veja como ele lida com o sexo, tempo e dinheiro.

O dinheiro deve ser encarado como um problema de consciência, do ser do homem no universo.

É preciso muita determinação, muita imaginação e muito trabalho para ter uma grande fortuna. Ser rico não é fácil. Manter-se rico é mais difícil.


Quase todos reconhecemos que estamos melhor que antes: casa maior ou melhor, com carro, dinheiro, mas achamos que vivemos um “período difícil”.  Não, não é verdade: é a crescente infelicidade das pessoas.

COMO É SER POBRE?

Hoje as pessoas estão fazendo cada vez mais, junto com cada vez mais pessoas, incessantemente, sem querer pensar em folga, férias e nem – deus me livre – aposentadoria.
Ainda quando não estamos ocupados, sentimos inveja de quem está ocupado Trememos diante da idéia de não ter nada o que fazer.

Nossas vidas se tornaram um inferno não porque o dinheiro seja muito importante, mas é que ele não é importante o suficiente.

O QUE É O DINHEIRO, AFINAL?
- ENERGIA. É uma força motriz da vida humana na sociedade atual. Já foi gado, terra, escravos, água, sal, ferro. E até beleza. Hoje, as pessoas querem o dinheiro. Não necessariamente o que ele pode comprar.

Quem é capaz de compreender o que transcende à terra estando na terra? Ninguém.

- ÚNICO(?) MEIO DE COMUNICAÇÃO entre nas pessoas numa sociedade que perdeu o sentido das leis e dos próprios relacionamentos.
Se você não souber exatamente o quanto tem, não controlará a própria vida ou a parte de sua vida em que o dinheiro é importante.
Quanto de dinheiro será suficiente para resolver os problemas de sensibilidade, amor, afeto, honra e dever?

O DINHEIRO PODE COMPRAR QUASE TUDO O QUE DESEJAMOS, MAS SÓ DESEJAMOS AQUILO QUE O DINHEIRO PODE COMPRAR.
O dinheiro pode comprar tudo. Só não compra o significado.

Depender do dinheiro é depender de uma força exterior. E não interior.
O dinheiro foi criado com a intenção de contatos e trocas, aspectos fundamentais da vida humana.
Ele nos permite viver, comer, beber, ter segurança, ajudar amigos, preservar a saúde e conseguir objetivos. Mal empregado, cerceia as relações e anula as troca entre as pessoas.
(No ônibus, o trocador e as duas moças que passaram juntas na roleta; na academia, querem entrar sem pagar a mensalidade)

O objetivo último do homem é... ganhar dinheiro.

Dinheiro gera dinheiro.
O bom pagador é dono da bolsa de seus amigos.

Qual o motivo de nós, seres humanos, estarmos neste mundo?
O inferno é o apego às coisas, e não as coisas às quais nos  apegamos. Renunciar ao objeto de nosso apego não nos livra do jugo do próprio apego. As pessoas acham que o corpo é mau, o dinheiro é mau, a propriedade é má. Não. O que é má é a nossa entrega aos objetos, nossa fascinação por eles.

Há três tipos de males:
1)    Os trazidos pelo simples fato de vivermos, de termos nascido, de termos um corpo.
2)    O que as pessoas infligem umas às outras.
3)    E aqueles que infligimos a nós mesmo

Os nossos desejos são ilimitados, mas as coisas necessárias são poucas e restritas a certos limites.


Pouca gente hoje acha que ganhar dinheiro é coisa nobre, justa e honrosa.



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