Fazenda onde nasceu o blogueiro. Foto Luis Fernando Gomes

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quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Madrigal de um louco e outro poema

Quando eu fazia literatura e português, o professor pediu que colocássemos  em forma de poema os nossos pensamentos sobre o que seria a poesia. Não sei se estava inspirado ou me faltava a inspiração, mas saiu algo assim. (Para compensar a leitura, coloquei no final um belo poema. Reparem no formato. O que lembra a vocês?)

POESIA É...

Ver as montanhas
o céu
o mar.
Sentir
o peso
a leveza
a imensidão.

Contemplar
a noite
as estrelas
a lua,
o dia,
 o sol.
Perceber
 o escuro
 o cintilar
 a brancura
 a claridade
 o calor.

Olhar
 a criança
 a mulher
 o homem
 o animal
 a planta
 a árvore
 o fruto.
Receber
 o carinho
o afeto
 a força
o instinto
 o nascimento
 o crescimento
 a vida.

Tocar
 a terra –molhada/ seca-
 a água – limpa/suja-
 a madeira – dura/macia-
 a pedra – leve/pesada-
a pele – lisa/áspera-
 os cabelos – longos/curtos –
 o rosto – alegre/triste.

Ouvir
os sons (diversos)
 a música (suave)
 o barulho (ensurdecedor)
 a voz (sussurrada)
 o choro (convulsivo)
 o riso (solto)
 o grito(sufocado)
 o silêncio(sepulcral).

Cheirar
 a rosa colhida
 o perfume derramado
 o corpo estendido.

Degustar
 a comida – preparada –
o doce – derretido –
 o amargo – espalhado –
o beijo – roubado.
                                                                          








Madrigal de um louco –
Da Costa e Silva.


Lua
Camélia
Que flutua
No azul Ofélia
Serena e dolente,
Fria,  vagando  pelas
A l t u r a s   serenamente
Por entre os lírios das estrelas
--Santel  aceso  para  a  saudade
Lua   etérea,   simbólica,    perdida
Entre os astros de ouro pela imensidade;
Esfinge   da  ilusão  no   deserto  da   vida !!
Lâmpada   do sonho, lívida, suspensa
Vaso  espiritual  dos  meus  cismares
Custódia argêntea da minha crença
Ó    rosa    mística    dos    ares   !
Unge   meu ser  na  apoteose
Da  tua  luz  e  eu  frua
Cismando, a pureza
Da    luz    e  goze
Toda   a   tua
tristeza
Lua!


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