Fazenda onde nasceu o blogueiro. Foto Luis Fernando Gomes

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sexta-feira, 5 de novembro de 2010

LONGEVIDADE

Talvez entre os desejos das pessoas  nós encontramos a vontade de viver muito. Dicas, conselhos e idéias pululam por todos os cantos. Parece que nunca tivemos  tantos centenários e idosos no mundo todo. Li um texto sobre envelhecimento e longevidade que achei interessante. Passo para meus leitores.

PARA SE VIVER MAIS É PRECISO FAZER...


Antes de eu completar a frase do título, é bom lembrar que os estudos científicos apontam cinco fatores importantíssimos para a longevidade: não ser fumante, não ser hipertenso crônico, não ser obeso, não ter vida sedentária e ter relacionamentos íntimos. Quanto a estes últimos, pode ser tanto o casamento tradicional, o ficar junto, ou mesmo uma amizade profunda e verdadeira. Pessoas casadas ou que têm amigos íntimos adoecem menos e vivem mais do que as pessoas que possuem poucos relacionamentos.
Agora, porém, dados estatísticos têm revelado que quem possui mestrado e doutorado vive em média mais tempo do que quem fez só mestrado. Portanto para viver mais é preciso fazer mestrado e doutorado.
Realmente, as estatísticas mostram que as pessoas que recebem educação formal por mais tempo são mais saudáveis e vivem mais do que as menos educadas. Quais seriam os motivos? Bem, estas pessoas são mais bem informadas sobre os riscos associados a doenças (exemplo, tabagismo), a prevenção (não dirigir depois de consumir álcool), tendem a seguir mais corretamente o tratamento médico, têm maior capacidade de resolver os problemas pessoais de maneira geral. Além do mais, têm mais chance de conviver com outras pessoas do mesmo nível de educação e informação.
O cérebro instruído torna-se mais capaz ao desenvolver suas capacidades cognitivas, produz mais neurônios (as pesquisas indicam que produzimos sempre mais e mais neurônios),  cria novas estratégias para enfrentar problemas e, sobretudo, adquire mais resistência a danos. Esta resistência, ou resiliência, acontece através do fortalecimento das conexões sinápticas entre os neurônios que são efetivamente usadas. Aprender atividades novas leva ao aumento da densidade de sinapses nas áreas requisitadas do córtex cerebral.
Mesmo quando o cérebro começa a sofrer as conseqüências do envelhecimento, as capacidades mentais adquiridas através da educação permitirão à pessoa manter um funcionamento satisfatório do cérebro. Pode-se dar a isto o nome de “reserva cerebral”: a capacidade que a atividade mental tem em aumentar o número de conexões entre os neurônios. É bem possível que um cérebro rico em sinapses não vá apresentar deficiências cognitivas, mesmo quando cheio de placas senis ou atacado pelo mal de Alzheimer. A educação aumenta a capacidade do cérebro em resistir a danos, promove o bem estar e aumenta o tempo de vida. Cérebros instruídos viverão mais e melhor.

Bem, tudo isto eu li em um belo livro, “Fique de bem com o seu cérebro”, de Suzana Herculano-Houzel, uma cientista carioca, autora também do ótimo “O Cérebro Nosso de Cada Dia”. Vale a pena ler os dois livros. O seu cérebro agradece.


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