Ouço muitos reclamarem que as pessoas não gostam de ler. O que
leva alguém a gostar de ler e outros, não? Além das diferenças individuais, na
mesma família, há também o condicionamento ou incentivo. Em uma família de 15
irmãos, só cinco gostavam de ler e sem incentivo. Em outra de três irmãos, dois
gostavam e a terceira detestava. E
nenhum dos pais incentivava. Os antigos Gibis eram terminantemente proibidos.
Quantos pais compram livros, sugerem livros e os filhos nem “thum”? Li uma
frase em uma parábola japonesa: quer ser feliz, passe um dia na biblioteca.
Seguem estas dicas que vi na internet para ajudar os filhos a
lerem.
1. Comece a ler desde a gestação.
Pode parecer
estranho fazer a leitura de textos em voz alta para a barriga, mas
está provado que – desde os primeiros meses de vida – os bebês são capazes de
ouvir. E mais importante do que a escuta, é a criação do vínculo que pode se
estabelecer entre pais, filhos e livros. Com música também acontece deste
jeito.
Eu não lia na gestação dos meus filhos, mas lia e inventava
muitas histórias para eles antes de dormir.
2. Defina um tempo para leitura no dia a dia.
Torne essa experiência
algo que faça parte da rotina da família. Não é preciso criar grandes rituais,
mas a frequência ajuda na construção do hábito.
Frequência e rotina criam hábitos. Se os pais lerem uma vez ou
outra, não adianta. Se os pais não gostarem de ler, aí fica mais difícil.
3. Deixe a vergonha de lado.
Não tenha medo de
resgatar o ator/atriz que há em você. Faça vozes, crie brincadeiras,
divirta-se.
“Divirta-se”: palavra mágica. Leitura não pode ser carregada,
pesada, obrigação. É distração, divertimento. E invente histórias.
4. Fique atento à escolha de livros.
O mercado está repleto
de livros para crianças que não possuem qualidade literária e que subestimam a
inteligência do leitor. Deixe de lado critérios como idade e gênero. Procure
indicações que contemplem a experiência leitora, os interesses do seu filho e
os temas que gostaria de apresentar a ele.
Veja os bons autores.
5. Frequente bibliotecas e livrarias.
Acompanhe blogs e sites
especializados, como A Taba. Garimpe, procure além
dos livros que estão expostos nas prateleiras. Aprenda a escolher, escolhendo.
Bibliotecas costumam não abrir nos domingos e feriados. Absurdo.
Em São José do Rio Preto, ia com os filhos na biblioteca, domingo à tarde pegar
livros. Vamos com o neto a livrarias e ficamos horas lá folheando. É um lazer e
tanto.
6. Mantenha os livros ao alcance das mãos das crianças.
Mesmo no caso das
crianças muito pequenas. Não tenha medo que eles se danifiquem. Livro bom é
livro lido.
Manusear, pegar, apertar, cair no chão, por debaixo dos braços.
Livros são nossos companheiros. Deixem
os filhos fazer suas marcações, riscar, anotar (quando estiverem mais velhas).
7. Ajude seu filho a formar uma biblioteca pessoal.
Ela poderá ajudá-lo a
contar a sua história de leitor. Invista uma parte do seu orçamento para compra
de livros.
E não censure suas escolhas. Dar dicas, tudo bem. Ele vai ter
seu gosto pessoal, que pode não bater com o seu.
Como dizia Monteiro Lobato "Quem mal lê, mal ouve, mal fala, mal vê." e também do mesmo autor "Um país se faz com homens e livros" - Ótima matéria!
ResponderExcluirAntônio Carlos Faria Paz - Itapecerica/MG