Como é mês de junho,
tradicionalmente ligado ao amor, alguns casais apaixonados às vezes são
pegos pela dúvida: “Será que o amor vai durar?”. Para responder essa pergunta,
uma pesquisa recente sugere que uma das melhores maneiras de se prever uma
paixão duradoura pode ser através de um exame cerebral.
(Mas atenção: não por longos anos. 4 anos são suficientes?)
E para aqueles casais que já estão juntos há tempos, o que devem
fazer para manter a chama acesa? Muitos especialistas sugerem que eles podem
manter o romance vivo saindo para passear ou para encontrar amigos. A neurociência
demonstra que esses encontros podem ajudar a manter o relacionamento, mas
somente se forem feitos da maneira correta, sem brigas e ou discussões.
Antes de aprendermos como manter uma relação duradoura, vamos
entender como alguns cientistas estão sugerindo que podem prever se uma relação
terá estabilidade e qualidade por mais de 40 meses. Num estudo recente, feito
ainda em pequena escala, casais que demonstraram certos níveis de atividade em áreas específicas do
cérebro tinham maior
probabilidade de permanecerem juntos 3,5 anos depois e, se ainda juntos, também
de se sentirem mais comprometidos com o relacionamento.
O estudo foi conduzido na China com participantes que diziam
estar “amando intensamente” há menos de 13 meses antes do experimento. Seus
cérebros foram escaneados através de um equipamento de imagem por ressonância
magnética funcional no início do estudo e também 40 meses depois.
Com essas informações, os pesquisadores compararam os exames e encontraram
alguns padrões que sugerem que a longevidade de um relacionamento é
influenciada por fatores mentais e emocionais que estão presentes desde o
início, mas aos quais os amantes não estão atentos. As evidências ainda são
preliminares, mas será que um dia poderemos fazer exames de “compatibilidade
cerebral” antes de iniciarmos um namoro?
(Pessoalmente não acho interessante, mas, são os caminhos do
progresso)
Agora, se você já está num relacionamento há muito tempo e está
sentindo que está se tornando uma rotina, a solução está em colocar um pouco de
novidade na vida do casal. Utilizando estudos laboratoriais, experimentos no
mundo real, bem como exames cerebrais, cientistas que estudam o cérebro e
comportamento sugerem que visitar sempre os mesmos lugares e sair com os mesmos
amigos não ajudam a manter a chama do romance acesa.
(Isto de só visitar parentes é fria. Talvez daí as confusões que
acontecem nas festas de Natal, onde se encontram as mesmas pessoas anos a fio).
Os casais devem buscar atividades diferentes que os dois
apreciam, ou seja, sempre injetar novidade no relacionamento. A atividade pode
ser algo simples como experimentar um novo restaurante, ou diferente como fazer
um curso de arte ou visitar um parque de diversões.
A teoria é baseada na neurociência. Novas experiências ativam o
sistema de recompensas do cérebro, enchendo-o com dopamina e noradrenalina.
Essas são as mesmas substâncias presentes no início
do romance, um período de alegria e pensamentos obsessivos sobre o novo
parceiro (são também as substâncias envolvidas no vício
em drogas e no distúrbio
obsessivo-compulsivo, bem como no prazer de se comer chocolate).
Apesar de sempre relacionarmos o amor ao coração, podemos ver
que o grande responsável por esse sentimento é mesmo o cérebro. E é por isso
que precisamos mantê-lo saudável.
Fonte:
Xiaomeng Xu, et al. Regional brain activity during early-stage intense romantic love
predicted relationship outcomes after 40 months: An fMRI assessment. Neuroscience Letters, Volume 526, Issue 1,
20 September 2012, Pages 33–38
Interessante matéria, merece ser objeto de estudo.
ResponderExcluirAntônio Carlos Faria Paz.-Itapecerica-MG