Fazenda onde nasceu o blogueiro. Foto Luis Fernando Gomes

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sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Um Poema de Pablo Neruda.

Um Poema de Pablo Neruda.

Recebi este poema, atribuído a Pablo Neruda. Gostei. Além da beleza dos versos, o significado que pode ter para nós. Em um de seus “Contos Peregrinos”, Gabriel Garcia Marques narra seu encontro com Neruda numa mesa de refeição: o poeta não se furtava ao prazer da mesa. Muito pelo contrário.
Morre lentamente quem não viaja
Quem não lê, quem não houve música
Quem destrói o seu amor próprio
Quem não se deixa ajudar
Morre lentamente quem se transforma escravo do hàbito
Repetindo todos os dias o mesmo trajeto
Quem não muda as marcas no supermercado,
Não arrisca vestir uma cor nova
Não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente quem evita uma paixão
Quem prefere o “preto no branco” e os “pontos nos is”
A um turbilhão de emoções indomáveis
Justamente as que resgatam brilho nos olhos,
Sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho
Quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho
Quem não se permite, uma vez na vida,
Fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da
  Chuva incessante, desistindo de um projeto antes de iniciá-lo
Não perguntando sobre um assunto que desconhece
E não respondendo quando lhe indagam o que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo
Exige um esforço muito maior do que o simples Fato de respirar.
Estejamos vivos, então!

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