Fazenda onde nasceu o blogueiro. Foto Luis Fernando Gomes

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quinta-feira, 14 de abril de 2011

Quando as coisas não dão certo...

... ou a gente fica quebrando cabeça ou parte para outra. Como diz uma pessoa muito próxima de mim: tendo obstáculo você cai fora. No caso do encaminhamento do assunto de estresse, deu muita confusão. Vou tentar, então, algo mais light. Falar de algo de minha área. A psicologia. Se não der certo, ou é problmea do blog ou o universo conspira contra...

PSICOTERAPIA EXISTENCIAL.
Mário Cleber da Silva.

Há alguns anos tenho atuado como psicólogo clínico em uma abordagem existencial na Psicoterapia. Mas o que é essa Psicoterapia Existencial?
Antes uma historinha: André Malraux foi um filósofo francês muito católico e que sempre estave preocupado com a idéia de pecado, buscando uma “santidade”. Confessando, certa vez, o padre lhe falou: todos são mais infelizes do que se pensa e não existe isto de Pessoa Madura (quanto mais, santa). Então, esta infelicidade é quase como existencial mesmo. Basta existir para se ser infeliz. E o conceito de maturidade está longe de ser alcançado. Posto isto, vamos falar sobre esta psicoterapia existencial.

Uma abordagem terapêutica dinâmica que se concentra nas questões enraizadas da existência.
Trabalha-se baseando em dois pressupostos básicos: o interpessoal (os pacientes entram em desespero pela incapacidade de desenvolver e sustentar relacionamentos interpessoais gratificantes); existencial (o desespero é causado pelos fatos cruéis da existência humana, que são a morte, isolamento, significado da vida e liberdade).
E mais: neuroses traumáticas são raras. A grande maioria dos pacientes sofre de estresse, o que, em diferentes graus, faz parte da natureza humana.
O “dinâmico“ na definição acima se refere ao modelo freudiano: forças em conflito no interior do indivíduo geram seu pensamento, sua emoção e seu comportamento.
E qual é a natureza dessas forças conflitantes? Além da nossa luta contra os ímpetos instintivos, adultos significantes internalizados, fragmentos de memórias traumáticas esquecidas, está o nosso confronto com os dados inevitáveis da existência.: morte, isolamento, significado da vida e liberdade.
E para levar a bom termo este tipo de psicoterapia, a sensibilidade do terapeuta às questões existenciais será fundamental.
E: a terapia não deve ser impulsionada pela teoria, mas pelo relacionamento. E esta sensibilidade do terapeuta às questões existenciais influenciará a natureza do relacionamento terapeuta-paciente e afetará individualmente cada sessão terapêutica.
Na Terapia Existencial, terapeuta e paciente são companheiros de viagem. Todos nós vamos experimentar não só as alegrias da vida como sua inevitável escuridão: desilusão, sofrimento, envelhecimento, doença, isolamento, falta de sentido da vida e morte. É uma bênção que não saibamos o que vai nos acontecer. Somos todos inconscientes do mal que o Destino pode ter reservado para nós.
Concepções equivocadas sobre terapia são muito comuns. Os novos pacientes têm medo e estão confusos.
Uma de nossas maiores tarefas é INVENTAR um significado consistente o bastante para sustentar a vida e executar a difícil manobra de negar nossa autoria pessoal deste significado. Nossa procura incessante por sistemas substanciais de significados frequentemente nos lança em crises de significado.
A psicoterapia  existencial nos ajudará a lidar com estes pontos.


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