Fazenda onde nasceu o blogueiro. Foto Luis Fernando Gomes

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sábado, 9 de abril de 2011

Mais sobre o Cérebro.

Alguns leitores poderão estranhar o fato de eu ficar batendo na tecla “Cérebro”. Poderia estar “pagando pecado”, pois detestava estudar a neuroanatomia do cérebro quando fazia psicologia? Ou porque, mais cedo ou mais tarde, todos nós teremos Parkinson, Alzheimer ou Problemas Cardíacos, segundo o livro “A Revolução dos Idosos”? Ou – este acho fundamental –porque, se nosso cérebro estiver bem, nosso psíquico estará bem e poderemos ler muita literatura e acessar blogs interessantes, como este aqui?
Se vocês responderam as três opções, não estão errados. Se ficaram só na C, é porque são meus fãs. Obrigado.



A Origem da Doença de Alzheimer pode estar no Fígado e não no Cérebro.


Vamos conhecer, antes, algumas características de nosso cérebro.

  • O cérebro, a mais complexa estrutura do corpo humano, pesa somente 1,4 kg.
  • O cérebro contém em torno de 100 bilhões de células nervosas e ele pode enviar sinais a milhares de outras células numa velocidade de 320 quilômetros por hora.
  • Pesquisadores do cérebro aprenderam mais sobre o funcionamento do cérebro nos últimos 10 anos do que eles haviam aprendido no último século.
  • Apesar do mito de que pessoas mais velhas não conseguem aprender coisas novas, pesquisas sobre o cérebro não encontraram evidências para sustentar esse mito em pessoas saudáveis. Nem que o envelhecimento significa que a pessoa vai perder sua memória. Na verdade, pesquisas sugerem que quanto mais ativo você manter seu cérebro enquanto envelhece, com mais agilidade mental você vai ficar. As pessoas mais velhas levam mais tempo para aprender, mas eles vão reter o que aprenderam tão bem quanto pessoas mais novas.
  • Muitas pessoas não percebem a gama de doenças e desordens relacionadas ao cérebro. Por exemplo, doença de Alzheimer, vícios, traumatismo craniano, doença de Huntington, AVC (acidente vascular cerebral), esclerose múltipla, depressão e epilepsia são todas doenças e desordens do cérebro.
  • Apesar de enormes avanços em pesquisa cerebral, desordens do cérebro e do sistema nervoso central continuam sendo, em muitos países desenvolvidos, a principal causa de invalidez e são responsáveis por mais hospitalizações e cuidados prolongados do que quase todas as outras doenças combinadas.

A doença de Alzheimer acomete pelo menos um milhão e duzentos mil pacientes no Brasil, preferencialmente as pessoas idosas. É uma doença progressiva, de causa e tratamentos ainda desconhecidos, mas de acordo com novas (e potencialmente revolucionárias) pesquisas ela pode ter origem no fígado.
Os sintomas dessa doença – problemas com memória, raciocínio e comportamento – são geralmente associados à formação de placas no cérebro que causam a morte das células cerebrais. Os resultados de uma nova pesquisa apontam o fígado como sendo a fonte causadora dessas placas, e não o cérebro, o que levaria a novas estratégias de prevenção e terapia.
O estudo feito pelo Scripps Research Institute utilizou camundongos para identificar os genes que influenciam a quantidade de beta-amilóide – a proteína que se deposita no cérebro formando tais placas – que acumula no cérebro. Os resultados sugeriam que concentrações significativas de beta-amilóide poderiam originar do fígado, circular no fluxo sanguíneo e entrar no cérebro. Se isso fosse verdade, bloquear a produção de beta-amilóide no fígado deveria proteger o cérebro.
Para testar essa hipótese, a equipe de cientistas montou um experimento com camundongos que recebiam uma medicação que reduz drasticamente a produção de beta-amilóide e tem fraca penetração na barreira sangue-cérebro tanto em camundongos quanto em humanos. A característica dessa medicação de não passar para o cérebro era justamente o que os cientistas precisavam para analisar a produção de beta-amilóide fora do cérebro e como essa produção poderia contribuir para o acúmulo de beta-amilóide no cérebro.
Os camundongos receberam medicação durante sete dias, depois amostras de plasma e tecido cerebral foram coletadas, e os níveis de beta-amilóide foram avaliados. A descoberta: a medicação reduziu dramaticamente o nível de beta-amilóide não apenas no sangue como também no cérebro, onde a medicação não penetrava. Portanto, uma quantidade significativa da amilóide cerebral deve se originar fora do cérebro e essa medicação representa uma candidata para a prevenção e tratamento da doença de Alzheimer.




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