Fazenda onde nasceu o blogueiro. Foto Luis Fernando Gomes

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terça-feira, 9 de setembro de 2014

Você desconfia que seu namorado é gay?

Li anos atrás um livro muito esclarecedor: "Quando o Príncipe Encantado é Cinderela", cujo objetivo principal era tentar evitar que as mulheres sofressem ao descobrir que o namorado ou marido era gay. Havia dicas bem humoradas - mas com respeito pela escolha pessoal do homem, jamais condenando-o. Agora em outro site vi uma mulher falando deste mesmo assunto. Com  viés diferente.
O mundo mudou. Felizmente as pessoas estão sofrendo menos por suas orientações - ainda que haja muita agressão, lamentavelmente. Conheci um casal, que a esposa sabia que o marido era gay. Nem por isto deixaram de ser felizes.
A autora do texto é bem otimista e coloca o "amor" como base fundamental para o bom convívio.

Recebo diversos e-mails em que a introdução muda um pouco, mas a pergunta central é: descobri que meu namorado/marido se masturba com pornografia gay. Ele é gay? Não. Talvez. Sim. Na verdade, só há uma maneira de ter certeza sobre isso: abrindo espaço para que ele descubra e conte para você.
Imagino que muita gente deve estar confusa: mas se o cara sente tesão por dois homens transando, ele não é gay? Na verdade, nem sempre. A fantasia, o fetiche e o prazer não estão ligados racionalmente à orientação sexual. Eles estão ligados àquela parte mais animal que temos em nós, mais nada.
Não, ele não é gay.
Ele sentir tesão pela imagem de homens não quer dizer que quer transar com homens. Quer dizer apenas que, por algum motivo, aquilo desperta a libido dele. Para entender quais são as coisas que nos despertam sentimentos (gatilhos emocionais), sejam eles quais forem, é necessário mergulhar muito fundo em nós mesmos, muita terapia, muito autoconhecimento.
O que é garantido é que as coisas não são tão simples como parecem. Nada é preto no branco. Tem milhares de tons aí no meio, muito além do cinza. E a única maneira de saber onde a pessoa se encontra, é acreditando nela e dando a chance dela falar sobre isso, se se sentir a vontade para tanto.
Talvez ele seja gay.
Pode ser que ele seja gay e ainda lute contra isso – ninguém quer enfrentar a família, os amigos, os colegas de trabalho e a sociedade sobre um assunto tratado com tanto preconceito.
E se você ama essa pessoa, qual a melhor coisa que pode fazer? Dar abertura para que ele se sinta seguro, que se sinta confiante para ser quem ele realmente é. Ele estar confuso não é uma traição, é apenas algo que todo mundo passa na vida, sobre diversos assuntos. Quem ama, dá espaço.
Sim, ele é gay.
Pode ser que você pergunte e ele assuma que é gay. Qual o problema nisso? Perder um namorado/marido? A relação vai mudar, mas a pessoa com quem você compartilha a vida ainda é a mesma, ainda está lá. Que diferença faz?
Quando uma pessoa se sente a vontade para dividir algo tão íntimo com você é porque ela confia e ama. Aceite isso como um presente.
O que isso muda?
Muda o relacionamento que vocês têm? Apenas uma das três opções mudaria. O que muda entre vocês ele ter tesão (sozinho) por mulheres, homens, seios grandes, bundas médias, pernas finas? Nada. Ele está com você, escolheu você e foi escolhido por você para dividir a vida.
Se a pessoa continua sendo quem sempre foi, continua te tratando com respeito, continua fiel ao compromisso combinado por vocês, qual mudança traz saber o que o deixa sexualmente interessado quando ele está sozinho? Ou vai dizer que não tem nada que passe pela sua cabeça durante o sexo que você prefira guardar como um segredinho quente?
Respeitar a intimidade e a individualidade do outro é um grande passo para um relacionamento mais saudável. Seja qual for a natureza desse relacionamento."

Um comentário:

  1. Assunto delicado, complexo, muito atual, merece reflexão e muita maturidade, bem como analise à luz da psicologia.
    Antônio Carlos Faria Paz - Itapecerica/MG

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