Fazenda onde nasceu o blogueiro. Foto Luis Fernando Gomes

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segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

VONTADE, DESEJO, COMPULSÃO E PRAZER.

Não é só no Natal que expressamos nossos desejos ou mesmo necessidades. A vida toda temos que lidar com "vontade, desejo, compulsão e prazer". Pensando assim é que coloquei esta postagem hoje.


O  texto a seguir vai falar de vontade, prazer, desejo e compulsão. Li-o no site “O ser em si”. Não tinha
 autoria. Como o objetivo é pensar estes conceitos, vale a pena “blogá-lo” para que meus leitores forcem o pensamento.

De onde vêm suas vontades?
 
Já foi dito que nossa civilização, tida como ocidental cristã, fundamenta-se na repressão ao desejo. 
Preferimos chamá-la de greco-judaica, pois até hoje, na prática histórica, o cristianismo quase só lhe tem 
servido de embalagem. De qualquer modo, a Teoria da Energia Material Humana comprova essa afirmação: 
o desejo é reprimido pelo saber produzido por essa civilização, pois é todo embasado no conceito de que 
matéria é igual à massa, negando-lhe sua dimensão de energia. 
Com essa negação, o que esse saber tem feito é criar meios e modos de convivermos com a energia 
material
 humana negativa/mortal, sem que aprendamos a dela nos desfazer. Com isso, cada vez mais, nos 
distanciamos de nossa própria natureza e, consequentemente, do nosso próprio desejo.
É uma pena! É a vivência do desejo que nos traz paz e felicidade!
Por ser a expressão da natureza em nós, o desejo é paciente, tem senso de oportunidade e é respeitoso.
 Daí que a sabedoria popular tinha uma verdadeira relação de sacralidade com ele.
Já a compulsão, que atualiza as nossas heranças históricas, é impaciente, oportunista e egoísta. É ela que 
gera o tal do capricho – ou voluntariedade -  que tanto a sabedoria popular combatia!
Vamos tentar entender esses dois conceitos a partir da Teoria da Energia Material Humana.
O ser humano é um sistema vivo que funciona regido pelos instintos de sobrevivência e preservação da 
espécie. Para cumprir a missão desses dois instintos coexistem 5 sub-sistemas que funcionam 
independentemente de nossa vontade e por isso são chamados de autônomos: respiratório, digestivo, 
excretor, reprodutor (fase genital) e produtor (fase sexual).
Apesar de terem seu tempo próprio e sua própria dinâmica, o grau de amadurecimento do primeiro 
subsistema interfere na evolução do segundo, e assim por diante. E é através do amadurecimento 
progressivo e cumulativo de cada um desses subsistemas autônomos que se dá a formação do nosso 
desejo. 
E o amadurecimento do desejo se mede pela capacidade do indivíduo de controlar cada um desses 
subsistemas e de dessa vivência extrair o máximo de prazer. É essa a medida de nossa potência: quanto
 mais nos sentimos senhores de nossos desejos mais nos sentimos potentes.
O desejo sexual maduro é, portanto, a síntese da evolução de todas as etapas anteriores.
Sendo o desejo a expressão da natureza em nós, podemos afirmar que é através de sua vivência que produzimos/reproduzimos a energia material humana vital/positiva (EMH+), a nossa energia natural e 
primitiva.
Na medida, porém, em que o ser humano vai aprendendo a reprimir seus desejos, passa a agredir sua
 própria natureza e passa também a produzir/reproduzir a energia material humana mortal/negativa (EMH-).
 É essa energia que vai sujando os sensores de nossos subsistemas autônomos, impedindo o nosso real 
controle sobre eles e impossibilitando-nos de sentir prazer.
Ou por outra, se imaginarmos que o desejo fosse uma célula, a energia material humana mortal/negativa
 (EMH-) a encobriria por camadas, impedindo seu fluxo normal e produzindo um processo de expulsão
 violenta a que damos comumente o nome de compulsão.
A vontade pode, pois, expressar tanto o nosso desejo quanto a nossa compulsão. Quando ela é expressão
 do desejo, propicia prazer e satisfação. Quando expressa compulsão, gera um alívio imediato, mas
 também
 um estado permanente de insatisfação, gerando a famigerada voluntariedade (capricho).
Daí a importância de estarmos sempre atentos às nossas vontades, delas nos desconfiando e 
perguntando-nos sempre: são expressão do nosso desejo ou de alguma compulsão?
Mais importante ainda é tentar ir nos livrando daquelas que expressam compulsão, a fim de que nos 
aproximemos cada vez mais do nosso desejo e possamos viver uma vida de paz, prazer, gozo e felicidade:
 o verdadeiro reino do amor, da vida em abundância.







Um comentário:

  1. Excelente artigo, instrutivo e atual....

    Antônio Carlos Faria Paz - Itapecerica/MG

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