Fazenda onde nasceu o blogueiro. Foto Luis Fernando Gomes

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terça-feira, 8 de janeiro de 2013

O Andar do Bêbado


FRASES E IDEIAS TIRADAS DO LIVRO “O ANDAR DO BÊBADO”, DE LEONARD ML0DINOV.
(aperitivos para vocês fazerem a leitura completa do livro)
 
O andar do bêbado é um termo usado para falar de como as células se movimentam: sem um rumo certo, definido. Mas aleatoriamente. Assim também acontecem as coisas em nossas vidas: muitas vezes sem controle.
O acaso está presente na vida que levamos. Onipresente. Quase tudo acontece por acaso. Nosso próprio nascimento (imaginem, milhões e milhões de espermatozóides em direção ao óvulo. Se aquele tivesse atrasado, eu não teria nascido.).
Um parêntese: o autor diz como ele nasceu por acaso, ou melhor – filho de judeus – ele deve sua vida a Hitler. Naquele momento terrível na história da humanidade, o pai do autor foi mandado para um campo de concentração. A mulher do pai também. Ele, o pai, sobreviveu. A esposa não. Ele foi para os Estados Unidos. Lá encontrou uma mulher que também tinha vivido em outro campo de concentração. Casaram-se e o autor do livro nasceu.
Mas nossa mente quer causa definida, quer tudo certinho. Precisa de explicações. Ou as cria.
Fazemos julgamentos equivocados diante da incerteza. Se o chefe (preocupado com mil coisas) passa e não nos cumprimenta, a nossa mente já trabalha para a nossa própria demissão.
Tendência à média: casais muito altos, ou muito bonitos ou muito baixos ou muito inteligentes terão filhos MENOS altos, MENOS bonitos ou MENOS baixos ou MENOS  inteligentes.
A intuição sobre aleatoriedade é falha: fico doente se comer aquele churrasquinho de gato de tarde com calorão?
A genialidade não implica sucesso, MAS presumimos isto. Niemeyer foi gênio e fez sucesso. Eike Batista fez sucesso.
Efeitos extraordinários podem ocorrer sem causas extraordinárias, MAS buscamos explicações extraordinárias e ou mirabolantes.
Damos maior importância e lembramos mais das coisas que nos marcaram. Exemplo: lembramos de quando caíram as torres gêmeas. Eu me lembro do dia em que lancei meu livro. No dia em que entrei no seminário.
O tempo de vida é imprevisível. Ninguém saberá quanto tempo viverá. O que é uma sorte para nós: viveríamos tensos demais se soubéssemos de nossa morte.
As pesquisas sobre expectativas de vida só começaram na Inglaterra no ano de 1662.
Padres, pastores e rabinos não vivem mais que outros: preces não aumentam tempo de vida.
Na busca do sucesso é MAIS importante a persistência diante das adversidades do que o talento. Caso de escritores que tentam a publicação de seus livros e, às vezes não conseguem. Depois, por um motivo ou outro, os livros são publicados e fazem maior sucesso.
O sucesso em toda atividade se baseia neste tripé: acaso, dedicação e talento.
A nossa mente funciona do seguinte modo:
- assimilando dados.
- preenchendo lacunas.
- buscando padrões.
As pessoas querem e precisam do controle do ambiente: o bêbado tem MENOS medo de dirigir do que quando está no avião quando este passa por turbulência.
O que provoca stress e doença é a sensação de desamparo e falta de controle.
Quem controla seu ambiente vive mais e com melhor qualidade.
Buscamos indícios que confirmem nossas idéias preconcebidas.
Não percebemos a aleatoriedade porque TENDEMOS a ver exatamente o que esperamos ver.
Avaliamos os outros pelas expectativas que temos.
 
A probabilidade em jogos de azar  ocupa um bom espaço no livro.. Quem gosta de ler sobre jogos deve ver o que ele fala sobre futebol americano, basquete e loterias. Quanto a esta última, o autor tem um caso curioso para contar. Um apostador sonhou por 7 noites seguidas com o número 7. Aí ele pensou: 7 vezes 7 é igual a ... 48. E jogou no número 48 e ganhou milhões de dólares. Isto é ou não é acaso? Se ele fosse bom na multiplicação, ele nunca teria acertado.
 
 
 
 

Um comentário:

  1. Artigo de uma lucidez implacável. Vale a pena ler o livro, tendo como escopo o belíssimo artigo de Mário Cléber. Grandes verdades, fé e razão devem andar juntas.

    Antônio Carlos Faria Paz.

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