Inspiração do poeta
Conta-se que, num dia qualquer, o compositor Almir Sater
estava em São Paulo para uma temporada. Em certo momento, desceu do seu
apartamento para tomar um cafezinho num mercado ali perto.
Encontrou um amigo, que o convidou para experimentar uma
viola que acabara de comprar. Enquanto tomavam café, Almir dedilhou a viola e
soltou a voz:
Ando devagar... ao que o amigo emendou... porque já tive pressa.
Dizem que essa maravilha chamada Tocando em frente, ficou pronta
em dez minutos. Um dia, alguém perguntou ao Almir como essa música fora feita e
ele respondeu: Ela estava
pronta. Deus apenas esperou que eu e o Renato nos encontrássemos para mostrá-la
para nós.
Será verdade ou será mais uma dessas lendas que se
inventam, a respeito de pessoas célebres e suas produções?
Lenda ou verdade, não importa. O que sabemos é que a
inspiração existe e disso entendem muito bem os gênios de todos os matizes.
E
a letra e música de Tocando em
frente são uma joia rara.
Convidam-nos
a parar em meio à correria, a viver com mais vagar, como a saborear cada
momento.
Também
nos recordam que, na vida, lágrimas e sorrisos se sucedem.
Assim
dizem os versos:
Ando devagar porque já tive pressa.
E levo esse sorriso, porque já chorei
demais.
Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabe...
Eu só levo a certeza de que muito pouco eu sei, eu nada sei...
Há tanto para aprender. E quantos cremos
ser superiores, por entendermos disso ou daquilo. E, contudo, quem
verdadeiramente se dedica a aprender, descobre que quanto mais aprende, mais há
a ser pesquisado, descoberto.
Conhecer as manhas e as manhãs, o sabor
das massas e das maçãs.
O planeta Terra é o grande laboratório
Divino em que provamos a dor, a alegria. Em que nos extasiamos ante a manhã que
se espreguiça e nos encantamos com a riqueza das pessoas.
Cada uma com seu talento especial, sua
forma de ser, de agir em nossas vidas.
E, neste planeta de provas e expiações,
com quantas delícias nos agracia Deus. Sabores de frutas, consistências
inúmeras.
É preciso tudo provar. Aprender a
degustar, reconhecendo o sabor de cada fruta, do trigo transformado em pão, do
grão triturado, moído, servido com aroma de café.
Mas é
preciso o amor pra poder pulsar, é preciso paz pra poder sorrir, continua
cantando o inspirado poeta.
Sim, o amor nos é imprescindível porque
fomos criados e somos mantidos pelo amor de Deus, trazendo essa essência Divina
em nossa intimidade.
E somente sorri num mundo de tanta
perversidade ainda quem já descobriu o segredo da vida na Terra, que se chama
oportunidade e progresso.
Por isso, cada um de nós compõe a sua
história. E cada ser em si, carrega o dom de ser capaz, de ser feliz.
E, como todo mundo ama, todo mundo chora, não esqueçamos que um dia a gente chega, no outro
vai embora.
A vida é transitória. Aproveitemo-la, ao
máximo, vivendo com a família, os amigos. Produzindo na sociedade, deixando
nossas marcas de luz para, como alguém já falou, quem venha atrás, possa dizer: Por aqui passou um ser iluminado.
Uma estrela...
Redação do Momento Espírita.
Em 23.08.2012.
Em 23.08.2012.
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