Fazenda onde nasceu o blogueiro. Foto Luis Fernando Gomes

Fazenda onde nasceu o blogueiro. Foto Luis Fernando Gomes
Fazenda onde nasceu o blogueiro. Foto Luis Fernando Gomes

sábado, 16 de agosto de 2014

Como ajudar o filho a ser emocionalmente estável

Já dei muito curso de Inteligência Emocional. É interessante ressaltar que para ser emocionalmente educado ou inteligente é necessária a educação. Repisar conceitos. Repetir ações. Pais e mães podem e dever ser elementos positivos e afirmativos neste assunto. Vamos ao texto de hoje.
]
Pessoas instáveis são mais emotivas, temperamentais, reativas e ansiosas. Nas crianças, essa instabilidade se expressa na forma de birras constantes, picos de raiva e a incapacidade de se autorrecuperar diante de uma frustração comum do dia a dia, como perder um passeio na escola porque ficou resfriada ou uma nota baixa na prova. Já a estabilidade emocional expressa-se em forma de atenção focada na sala de aula, calma ao realizar provas e cordialidade com os colegas.

Na escola, os ganhos são muitos, pois quem é estável aprende mais, raciocina com mais frieza e convive melhor com os colegas e os professores, além de perseverar nos estudos. Por isso, é importante e deve-se trabalhar essa habilidade socioemocional desde pequeno!

O Educar para Crescer separou algumas dicas de como ajudar o seu filho a ser emocionalmente estável:

- Não poupe-o das frustrações naturais da vida, como quando ele não consegue algo que quer.
- Faça combinados, para que ele saiba se programar e não fique ansioso.
- Conte histórias e incentive o seu filho a ler: ao se identificar com as personagens, ele aprende a lidar com as dificuldades da vida e trabalhar suas angústias por meio da ficção.
- Mostre que o seu filho tem direitos e deveres, para que saiba reagir bem mesmo às coisas chatas que aparecerem em seu dia a dia.
- Não reprima as emoções de seu filho (veja mais abaixo).
- Dê o exemplo: não demonstre descontrole diante de problemas e encare-os com tranquilidade.

E quando há perdas na família?

O luto, as perdas e as frustrações de modo geral fazem parte da vida, e as crianças têm de ser incluídas nesse mundo, desde que de maneira sensível. "Pensamos que as crianças são muito mais frágeis do que são", pondera a psicopedagoga Paula Furtado. "O pai (ou educador) deve ter o bom-senso para distinguir a frustração que fortalece da que desgasta. Isso é percebido pela resposta da criança: se o seu rendimento escolar cai, ou ela se isola, pode ser que o fardo esteja pesado", complementa. No caso da perda de um parente, por exemplo, pode-se comunicar para a criança calmamente, transmitindo-lhe esperança. Desde que ela sinta que os pais garantem o bom funcionamento da rotina e lhe passam a segurança de que estarão ali para ampará-la, não é preciso ter tanto receio de decepcioná-la.

Estabilidade não é repressão.

Ter estabilidade emocional não significa manter sob controle todas as emoções o tempo todo, muito menos escondê-las. É naturalíssimo que expressemos as mais diversas posturas, e as crianças também têm esse total direito. Além disso, elas possuem características próprias da idade. "Por exemplo, às vezes os adultos querem que as crianças fiquem sempre quietinhas. Mas elas têm uma natureza mais agitada", lembra Ana Cássia Maturano. São apenas os exageros (de raiva, decepção, euforia etc.) que são prejudiciais.

Direitos e Deveres 

Reagir mal a qualquer coisinha que contrarie o seu desejo é traço das crianças e dos adolescentes instáveis. Mas quem serão os responsáveis por essa difícil característica? Como diria uma canção do filme A Fantástica Fábrica de Chocolate (2005): sim, são vocês, os pais! Mostrar desde sempre que, na vida, é preciso fazer escolhas e com frequência abrir mão do que gostamos - seja em prol de outra pessoa ou por falta de oportunidade, saúde, dinheiro e até de lei que o permita - é responsabilidade dos cuidadores. Se a criança ou o adolescente só forem confrontados com coisas "chatas" de vez em nunca, certamente reagirão com muita instabilidade. A parte "chata" da vida - arrumar o quarto, fazer a lição de casa em horário apropriado, comer verduras, chegar pontualmente aos compromissos - tem de ser inserida no dia a dia como algo natural, que não tem por que causar sobressaltos. "Os pais não podem faltar ao trabalho para ir a uma festa, certo? Pois os filhos também não podem deixar de estudar para ir passear. Deixando claro esse tipo de limite em sua própria vida, os pais transmitem a noção de direitos e deveres", aponta Paula Furtado.

Regra é regra.

Um mundo sem regras pode até parecer divertido na teoria, mas, na realidade, seria bem angustiante. Os famosos "combinados" - regras combinadas coletivamente entre pais e filhos ou professores e alunos - são uma ajuda e tanto para a manutenção da estabilidade emocional. "Assim as crianças já sabem o que podem ou não fazer e não têm de pensar nisso a toda hora", diz Paula Furtado.

Um comentário:

  1. como sempre Mário Cleber tem postado temas de enorme utilidade para o dia-a-dia, o quotidiano, para que possamos viver melhor e conduzir a nossa vida.
    Antônio Carlos Faria Paz.Itapecerica/MG

    ResponderExcluir