Fazenda onde nasceu o blogueiro. Foto Luis Fernando Gomes

Fazenda onde nasceu o blogueiro. Foto Luis Fernando Gomes
Fazenda onde nasceu o blogueiro. Foto Luis Fernando Gomes

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Por que gostamos tanto das emoções negativas?




Em Cursos de Inteligência Emocional, a raiva tem um capítulo importante. Ela é muito poderosa e nos absorve demais. Outras emoções negativas também pioram nosso estado emocional. Li este texto em um site de Yoga, penso que ele é pertinente e trouxe para as considerações dos leitores.



O discípulo chegou perto do mestre e perguntou: o que devo fazer para ser um iluminado. Respondeu o guru: “ame a todos e sempre diga a verdade”. Passados alguns dias, ele voltou ao mestre e falou: “Tentei e descobri que a verdade é que não consigo amar a todos”.

O tipo de verdade que o mestre queria falar era sobre “mentira”. A mentira entre você e a iluminação: identificação com as emoções negativas, acreditar  que sua raiva, desapontamento, ódio, aversão ou tristeza é a verdade. Mesmo se você disser: “Estou com raiva”, “estou triste”, “estou desapontado”, são forma que usamos para nos convencer, para mentir para nós mesmos sobre como na verdade somos. Não somos treinados para descobrir de onde vêm as emoções negativas, ou que poderíamos senti-las ou não – é uma opção e não algo que nos é impingido. Porém,  por causa de nosso condicionamento ou do reforço deste condicionamento através dos hábito, quando elas surgem dentro de nós, sentimo-las realmente e naquele momento elas são muito reais. Sua presença é tão forte que não conseguimos ignorá-las. Como, por exemplo, uma pessoa muito agressiva vem para o seu lado – como no bullying – é difícil ignorá-la e seguir em frente, ir embora, porque você está preso nas teias de suas vibrações energéticas  - você sente a raiva de quem faz bullying e isto faz você sentir medo. Quem pratica o bullying se identifica com uma emoção negativa, como a raiva, e você, perto dele,  também poderá se identificar com uma emoção negativa, como raiva ou medo. Emoções são contagiosas e podem influenciar a maneira como as outras pessoas sentem a respeito delas mesmas.
Por que as emoções negativas são tão estimadas?  Ou porque a pessoa se sente realizada ou porque pelo menos elas  promovem temporariamente um sentimento de satisfação no fato de que lhe dão a sensação de se sentir viva.  Esta é a razão porque elas fazem você ficar viciado. Você se vicia em raiva porque ela joga você para cima. Há uma correspondente liberação química de adrenalina: seu coração bate forte, o sangue “ferve” e você se sente poderoso, forte. Beleza, não? Não para quem quer ser um iluminado ou deseja uma realização pessoal, um aperfeiçoamento nos relacionamentos. Deixar você poderoso acaba promovendo uma percepção de isolamento e de separação. Emoções negativas sempre o afetarão psicologicamente, alimentando o sentimento de isolamento e separação dos outros.
Muitos de nós crescemos com a sensação de desamparo: “Eu contra eles”, “Tenho de ter muita força para lutar contra estas coisas que me acontecem – o mundo todo está contra mim” Assim como você adquire tolerância a outras drogas , você precisa de cada vez mais estímulos para deixá-lo bem “ligado”: uma espiral para baixo. A raiva pode levar ao desapontamento, que pode levar à frustração, que pode levar à tristeza, que pode levar à depressão, e assim por diante. À medida que o caminho vai para baixo, você treina sua mente, seu corpo, seus sistemas endócrino e nervoso para encontrar aquilo que você mais deseja e finalmente você chega a um terrível estado de confusão, de auto absorção e aborrecimento: a antítese da consciência iluminada, caracterizada pela liberdade, serenidade e tranqüilidade de ser.
A raiva e outras emoções negativas podem ser muito bem justificadas em determinado momento, mas como dizem os mestres: “é melhor ser livre do que estar certo”.

Deixe o sol brilhar, ou jogue alguma luz na escuridão ou aumente aquilo que estava estreito ou constrito. As dores que se intensificam tendem a ficar muito mais  “doloridas”. Expansão da mente ou consciência cósmica, eis o objetivo do ser humano, dissolvendo as barreiras que existem entre você e os outros. No fundo, no fundo queremos, todos,  a mesma coisa. Não importa quem você é. Para se ver no outro, pratique emoções positivas, como afabilidade, compaixão, amizade. Isto conduz à  tolerância e à habilidade para reconhecer mais coisas comuns do que diferentes, e isto o levará a amar. Amar, afinal, é a verdade por excelência.

Um comentário:

  1. Estupendo artigo, que diz uma verdade tão cristalina como a água límpida! O amigo Mário Cleber cada vez mais se supera, publicando assuntos pertinentes e que nos conduzem ao verdadeiro sentido da vida.
    Antônio Carlos Faria Paz - Itapecerica/MG

    ResponderExcluir