Em Cursos de Inteligência Emocional, a raiva tem um capítulo
importante. Ela é muito poderosa e nos absorve demais. Outras emoções negativas
também pioram nosso estado emocional. Li este texto em um site de Yoga, penso
que ele é pertinente e trouxe para as considerações dos leitores.
O discípulo chegou perto do mestre e perguntou: o que devo fazer
para ser um iluminado. Respondeu o guru: “ame a todos e sempre diga a verdade”.
Passados alguns dias, ele voltou ao mestre e falou: “Tentei e descobri que a
verdade é que não consigo amar a todos”.
O tipo de
verdade que o mestre queria falar era sobre “mentira”. A mentira entre você e a
iluminação: identificação com as emoções negativas, acreditar que sua raiva, desapontamento, ódio, aversão
ou tristeza é a verdade. Mesmo se você disser: “Estou com raiva”, “estou
triste”, “estou desapontado”, são forma que usamos para nos convencer, para
mentir para nós mesmos sobre como na verdade somos. Não somos treinados para
descobrir de onde vêm as emoções negativas, ou que poderíamos senti-las ou não
– é uma opção e não algo que nos é impingido. Porém, por causa de nosso condicionamento ou do
reforço deste condicionamento através dos hábito, quando elas surgem dentro de
nós, sentimo-las realmente e naquele momento elas são muito reais. Sua presença
é tão forte que não conseguimos ignorá-las. Como, por exemplo, uma pessoa muito
agressiva vem para o seu lado – como no bullying – é difícil ignorá-la e seguir
em frente, ir embora, porque você está preso nas teias de suas vibrações
energéticas - você sente a raiva de quem
faz bullying e isto faz você sentir medo. Quem pratica o bullying se identifica
com uma emoção negativa, como a raiva, e você, perto dele, também poderá se identificar com uma emoção
negativa, como raiva ou medo. Emoções são contagiosas e podem influenciar a
maneira como as outras pessoas sentem a respeito delas mesmas.
Por que as
emoções negativas são tão estimadas? Ou
porque a pessoa se sente realizada ou porque pelo menos elas promovem temporariamente um sentimento de
satisfação no fato de que lhe dão a sensação de se sentir viva. Esta é a razão porque elas fazem você ficar
viciado. Você se vicia em raiva porque ela joga você para cima. Há uma
correspondente liberação química de adrenalina: seu coração bate forte, o
sangue “ferve” e você se sente poderoso, forte. Beleza, não? Não para quem quer
ser um iluminado ou deseja uma realização pessoal, um aperfeiçoamento nos
relacionamentos. Deixar você poderoso acaba promovendo uma percepção de
isolamento e de separação. Emoções negativas sempre o afetarão
psicologicamente, alimentando o sentimento de isolamento e separação dos
outros.
Muitos de
nós crescemos com a sensação de desamparo: “Eu contra eles”, “Tenho de ter
muita força para lutar contra estas coisas que me acontecem – o mundo todo está
contra mim” Assim como você adquire tolerância a outras drogas , você precisa
de cada vez mais estímulos para deixá-lo bem “ligado”: uma espiral para baixo.
A raiva pode levar ao desapontamento, que pode levar à frustração, que pode
levar à tristeza, que pode levar à depressão, e assim por diante. À medida que o
caminho vai para baixo, você treina sua mente, seu corpo, seus sistemas
endócrino e nervoso para encontrar aquilo que você mais deseja e finalmente
você chega a um terrível estado de confusão, de auto absorção e aborrecimento:
a antítese da consciência iluminada, caracterizada pela liberdade, serenidade e
tranqüilidade de ser.
A raiva e
outras emoções negativas podem ser muito bem justificadas em determinado
momento, mas como dizem os mestres: “é melhor ser livre do que estar certo”.
Deixe o
sol brilhar, ou jogue alguma luz na escuridão ou aumente aquilo que estava
estreito ou constrito. As dores que se intensificam tendem a ficar muito mais “doloridas”. Expansão da mente ou consciência
cósmica, eis o objetivo do ser humano, dissolvendo as barreiras que existem
entre você e os outros. No fundo, no fundo queremos, todos, a mesma coisa. Não importa quem você é. Para
se ver no outro, pratique emoções positivas, como afabilidade, compaixão,
amizade. Isto conduz à tolerância e à
habilidade para reconhecer mais coisas comuns do que diferentes, e isto o
levará a amar. Amar, afinal, é a verdade por excelência.
Estupendo artigo, que diz uma verdade tão cristalina como a água límpida! O amigo Mário Cleber cada vez mais se supera, publicando assuntos pertinentes e que nos conduzem ao verdadeiro sentido da vida.
ResponderExcluirAntônio Carlos Faria Paz - Itapecerica/MG