Isto é grego para mim (na época que grego era a língua mais
difícil, hoje temos o mandarim)? Nada disto. É dinamarquês. Vamos ler este
texto e vermos como estamos longe da Civilização. Encontrei-o em Portal
Carreira & Sucesso
Quando o assunto é a felicidade da população, a Dinamarca está no
topo do mundo. Um relatório
elaborado em 2013 pela Organização das Nações Unidas
(ONU) apontou o país europeu como o 1º de 156 países quando falamos de pessoas
realizadas com suas vidas.
Ser feliz não está apenas na esfera pessoal do cidadão
dinamarquês, mas também no trabalho – o chamado “arbejdsglæde”. Praticamente
impronunciável por nós, esse termo significa simplesmente “felicidade no
trabalho”, o que o profissional na Dinamarca entende por fatores como ter uma
jornada de trabalho equilibrada, não trabalhar longe de casa e ter benefícios
vantajosos quando está desempregado.
O site Co.Exist fez uma espécie
de brincadeira, comparando o ritmo de americanos e dinamarqueses quando o
assunto é dedicação e satisfação com o trabalho, e apresentamos os 5 elementos
descritos como essenciais:
1. Jornada de trabalho
Os dinamarqueses tendem a encerrar seus expedientes em um horário
onde possam fazer mais alguma atividade no dia. Eles também têm direito a cinco
ou seis semanas de férias por ano, têm vários feriados nacionais e até um ano
de licença de maternidade/paternidade paga. Enquanto o americano médio trabalha
1.790 horas por ano, o dinamarquês atua por 1.540 horas, de acordo com a
Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Ainda segundo o estudo, na Dinamarca os profissionais possuem mais
horas de lazer do que qualquer outro trabalhador do mundo. Em comparação aos
Estados Unidos, a diferença é gritante, já que muitas empresas americanas
exaltam o excesso de trabalho como um sinal de comprometimento. Organizações
dinamarquesas, por outro lado, reconhecem que os funcionários também têm uma
vida fora do trabalho e que trabalhar 80 horas por semana é ruim.
2. Autonomia
Nos EUA, se o chefe dá uma ordem, o profissional simplesmente a
executa. Em um ambiente de trabalho dinamarquês, pouquíssimas ordens diretas
são dadas, e os funcionários, independentemente do nível hierárquico, são mais
propensos a vê-las como sugestões.
(No Brasil existe o lema: manda quem pode e obedece quem tem
juízo)
Geert Hofstede, sociólogo holandês, quantificou a cultura
corporativa em mais de 100 países, em vários parâmetros, e um deles é a chamada
“distância de poder”. A distância de alta potência significa que os chefes são
reis incontestáveis cuja cada
palavra é lei. Locais de trabalho americanos têm uma distância de energia de
grau 40, enquanto ambientes dinamarqueses têm pontuação 18, o mais baixo do
mundo.
Por lei, qualquer negócio dinamarquês com mais de 35 funcionários
deve abrir espaço em seu conselho administrativo para funcionários. Isto significa
que profissionais dinamarqueses têm maior autonomia e poder de decisão.
3. Benefícios para desempregados
Na Dinamarca, perder o seu emprego não é o fim do mundo. Na
verdade, o seguro-desemprego parece bom demais para ser verdade, dando aos
trabalhadores 90% do seu salário por dois anos. Nos EUA, por outro lado, perder
o emprego pode facilmente levar a um desastre financeiro. Isto leva ao bloqueio
de trabalho, ou seja, ficar em uma empresa ou atividade que você odeia, pois
não pode se dar ao luxo de sair.
4. Treinamento constante
Desde meados de 1800 (mil e oitocentos, que fique claro), a
Dinamarca tem se concentrado na educação de seus profissionais. Esta política
continua até hoje, com um sistema extremamente elaborada do governo, com a
presença dos sindicatos e de políticas corporativas que permitem que
praticamente qualquer funcionário possa se desenvolver gratuitamente através de
cursos e treinamentos.
Esse processo é chamado de “política de mercado de trabalho
ativo”, e na Dinamarca se gasta mais com esses tipos de programas do que com
qualquer outro país, segundo a OCDE.
Isto permite que trabalhadores dinamarqueses se desenvolvam
constantemente, mesmo em um ambiente de trabalho desfavorável ou mercado em
mudança.
5. Foco na felicidade
Apesar de ingleses e dinamarqueses terem fortes raízes em comum,
há, naturalmente, muitas palavras que só existem em uma língua e não na outra.
E aqui está uma palavra que existe em dinamarquês e não em inglês:
arbejdsglæde. “Arbejde” significa trabalho e “glæde” significa felicidade ,
então arbejdsglæde é “felicidade no trabalho”. Essa palavra também existe em
outros países nórdicos (Suécia, Noruega , Finlândia e Islândia), mas não é de
uso comum.
Muitos americanos odeiam seus empregos e consideram isso
perfeitamente normal. Para a maioria dos dinamarqueses, uma atividade
profissional não é apenas uma maneira de receber o pagamento: eles esperam se
divertir no trabalho.
Isso sim é uma maneira de viver, pois o trabalho tem que ser prazeroso. Quiçá esse modo de pensar possa se espalhar pelo mundo, sobretudo no meio deste "capitalismo selvagem" e no Brasil onde ainda temos muito que evoluir, pois ainda neste país vivemos latentes resquícios do colonialismo português.
ResponderExcluirAntônio Carlos Faria Paz. - Itapecerica/MG
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirExcelente post, Cleber, parabéns!!!
ResponderExcluirAcho fantástica essa ideia de se ser feliz no trabalho, razão pela qual, faço o que faço, não o que gostariam que eu fizesse, rsrs. Só acho que deveríamos receber melhor em todo tipo de trabalho. No teatro, na dança e na literatura, por exemplo, nós temos essa chance de normalmente, nos sentirmos em arbejdsglæde, já que temos uma boa autonomia, fazemos com felicidade nosso trabalho, normalmente fazemos nosso horário, uns mais, outros, menos, de acordo com a sua necessidade, vontade e/ou prazer... O "calo"é que não se ganha tão bem quanto na Dinamarca ou em outros países nórdicos, o que faz com que, não raras vezes, um ator, bailarino e/ou escritor, músico ou artista plástico, apesar de amar seu trabalho, acabe por abraçar um trabalho paralelo, como o de professor, que também, na maioria da vezes, prazeroso, porém também super mal remunerado, mal respeitado e muito sofrido, já que o professor parece, nos tempos atuais, estar submisso hierarquicamente, até mesmo aos alunos e aos pais de todo e qualquer tipo de aluno. Parece mesmo o último nível da hierarquia trabalhista, quando, deveria ser o primeiro, já que forma todos os outros profissionais... Sendo assim, se vc é ator, bailarino, escritor, poeta, roteirista, artista plástico, músico e se torna professor de teatro, dança, literatura, artes plásticas, música, vc ainda tem chance de se sentir em arbejdsglæde (fora as finanças, claro). Mas se vc tiver que pegar turmas de colégio, principalmente público, tá ferrado, vai se sentir ardendo no inferno. É melhor completar sua renda trabalhando como vendedor de loja de departamento ou de produtos de beleza!
Em síntese, seria muito bom que houvesse respeito em todos os sentidos, pelo cidadão e isso é maravilhoso e deveria ser LEI. TODOS deveríamos nos sentir felizes em nossa escolha profissional e sermos respeitados nela e bem remunerados, para que houvesse mais alegria, menos desgaste pessoal e profissional e muito mais felicidade e alta auto estima, aliada, certamente, à boa produtividade.
Parabéns pelo tema, sempre acrescentando valores!!! :)