Texto de Lívia Murta.
Motivação. Essa palavra. Palavra que escuto com frequência no dia a dia do trabalho. Palavra que me intriga muitas vezes. Afinal, o que é motivação? É papel do gestor motivar a equipe? Quem vai me motivar? Com essas dúvidas na cabeça, busquei livros, li reportagens, assisti a vídeos de motivação terríveis no Youtube e vi listas dos “cinco livros que vão te ajudar a se sentir motivado” e das “dez frases de motivação para começar o dia”, entre outras. E, aqui, preciso adiantar para que você não se decepcione ao final do texto — não custa tentar. Verdade seja dita, eu não encontrei as respostas, mas achei pistas. Vem comigo! Uma das leituras foi o livro “Motivação 3.0: os novos fatores motivacionais para a realização pessoal e profissional”, de Daniel H. Pink e emprestado pela Sílvia, caso alguém queira aí ó #ficadica.
Resumidamente, as mais de 200 páginas do livro abordam cientificamente a motivação, tentando comprovar por que o modelo de motivação à base de recompensas e punições não funciona. (Lembra-se do Plan B U dos chicotes e cenouras?) Li também uma matéria muito interessante da Revista Você S.A. que dá um #sincerão logo de cara: “Se você espera que a sua empresa lhe dê injeções de ânimo, más notícias. O que todas as empresas querem é gente capaz de criar seu próprio entusiasmo”. Ouch!
Então, vamos às pistas coletadas.
Para que serve?
A motivação é fundamental para qualquer coisa que a gente faça na vida. Principalmente para coisas que exigem um esforço maior, como o trabalho nosso de cada dia. Sem ela, como aguentar horas e horas, semanas e semanas seguidas de um projeto? Ou ter força para enfrentar a concorrência que existe tanto fora quanto dentro da agência? Ou, ainda, chegar cedo e sair tarde?
Como ficarei motivado?
Se não tivermos uma forte razão que nos motive, simplesmente desistimos – ou fazemos malfeito. Assim, para que a motivação seja verdadeira, sólida e duradoura ela tem que vir de dentro das pessoas;
Então, eu tenho que me motivar? Sozinho?
Conclui que sim, segundo as leituras. Conclui que não podemos esperar a empresa, o chefe, o colega, o companheiro ou seu pet fofo para que a gente se sinta motivado. É tipo aquela coisa da felicidade… nunca podemos culpar ninguém pela falta dela ou colocar a responsabilidade de ser feliz no outro. Ser feliz é uma escolha, independente do que te rodeia. É claro que o ambiente te influencia, mas não há salário que motive ou deixe alguém feliz. Já parou para pensar que essa é uma questão fundamental e séria demais para ser deixada em mãos alheias?
E cadê a receita do bolo?
Receio dizer que não tem receita. Em se tratando de motivação, não há uma regra geral que possa ser aplicada por todos. É preciso refletir e chegar à conclusão do que é importante para você. Mas há algo que costuma ser comum a muitas pessoas: a forma como se vê o trabalho. Quem enxerga o trabalho como uma obrigação penosa certamente tem muito mais dificuldade para se sentir motivado.
O que te motiva?
Você gosta do que faz? Você vê significado no seu trabalho? Acha que ele é importante? Você se empolga e se compromete? Esses são alguns pontos pra gente refletir. E no dia a dia em que trabalhamos em equipe, algo precisa estar muito claro: temos um propósito em comum! Estamos juntos entregando um projeto foda que vai trazer um resultado mais foda ainda. Eu não estou fazendo isso por mim, pela empresa, pelo coordenador ou pelo gestor. Nós estamos fazendo juntos com um objetivo em comum. E é preciso lembrar que não estamos fazendo favores um ao outro. A regra é clara: estamos trabalhando. É óbvio, mas a gente esquece.
Como são essas pessoas incríveis e motivadas?
Importantes componentes das pessoas motivadas: metas bem definidas,comprometimento com o caminho que traçou para si. Elas não dependem da empresa em que trabalham para manter-se entusiasmadas, até diante de tarefas corriqueiras. Traduzindo: se motivam sozinhas. Profissionais assim são extremamente valorizados pelas empresas hoje em dia. “As companhias de alta performance, as mais competitivas, querem pessoas que enxerguem o trabalho como uma forma de realização pessoal – não apenas profissional”, afirma Pedro Mandelli, consultor de organização e mudanças e colaborador de Você S.A. “Quando a empresa é o seu depósito de esperanças, ela assume a sua motivação”, observa Mandelli. “Quando você mesmo é o construtor de suas esperanças, a empresa é só um meio para que você atinja suas expectativas”.
E aí, este texto te desmotivou ou motivou?