Fazenda onde nasceu o blogueiro. Foto Luis Fernando Gomes

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domingo, 30 de março de 2014

De onde vem nossa dor?


Para terminar o mês de Março, de que eu tanto gosto, nada como um texto de ótima cronista e que bate muito com minhas ideias: Martha Medeiros.
Ele, além de nos explicar de onde vem nossa dor existencial, nossa angústia, nos apresenta algo pior: não tem jeito de nos livrar dela. Ou teria uma solução? Ou soluções. A autora foi muito feliz ao abordar o tema.
De onde vem a nossa dor - MARTHA MEDEIROS
ZERO HORA - 24/11/13

A dor nas costas vem das costas, a dor de estômago vem do estômago, a dor de cabeça vem da cabeça. E sua dor existencial, vem de onde?

Ela vem da história que você meio que viveu, meio que criou – é sabido que contamos para nós mesmos uma narrativa que nem sempre bate com os fatos. Nossa memória da infância está repleta de fantasias e leituras distorcidas da realidade. Mesmo assim, é a história que decidimos oficializar e passar adiante, e dela resultam muitas de nossas fraturas emocionais.

Nossa dor existencial vem também do quanto levamos a sério o que dizem os outros, o que fazem os outros e o que pensam os outros – uma insanidade, pois quem é que realmente sabe o que pensam os outros? Pensamos no lugar deles e sofremos por esse pensamento imaginado. Nossa dor existencial vem dessa transferência descabida.

Nossa dor existencial, além disso, vem de modelos projetados como ideais, a saber: é melhor ser vegetariano do que comer carne, fazer faculdade de medicina do que hotelaria, namorar do que ficar sozinho, ter filhos do que não ter, e isso tudo vai gerando uma briga interna entre quem você é e entre quem gostariam que você fosse, a ponto de confundi-lo: existe mesmo uma lógica nas escolhas?

Como se não bastasse, nossa dor existencial vem do que não é escolha, mas destino: quem é muito baixinho, ou tem cabelo muito crespo, ou é pobre de amargar, ou tem dificuldade de perder peso vai transformar isso em uma pergunta irrespondível – por que eu? – e a falta de resposta será uma cruz a ser carregada.

Nossa dor existencial vem da quantidade de nãos que recebemos, esquecidos que somos de que o “não” é apenas isso, uma proposta negada, um beijo recusado, um adiamento dos nossos sonhos, uma conscientização das coisas como elas são, sem a obrigatoriedade de virarem traumas ou convites à desistência.

Nossa dor existencial vem do bebê bem tratado que fomos, nada nos faltava, éramos amamentados, tínhamos as fraldas trocadas, ninavam nosso sono, até que um dia crescemos e o mundo nos comunicou: agora se vire, meu bem. Injustiça fazer isso com uma criança – alguém aí por acaso deixou totalmente de ser criança?

Nossa dor existencial vem da incompreensão dos absurdos, da nossa revolta pelos menos favorecidos, da inveja pelos mais favorecidos, da raiva por não atenderem nossos chamados, por cada amanhecer cheio de promessas, pela precariedade das nossas melhores intenções e pela invisibilidade que nos outorgamos: por que nunca ninguém nos enxerga como realmente somos?

Dor de dente vem do dente, dor no joelho vem do joelho, dor nas juntas vem das juntas. Nossa dor existencial vem da existência, que nenhum plano de saúde cobre, de tão difícil que é encontrar seu foco e sua cura.



quarta-feira, 26 de março de 2014

Quando se tem vergonha do amado(a).

Um texto de Regina Navarro, falando sobre amor envergonhado e sobre o amor romântico, este, uma criacão e invencão, aquele, fruto de uma cegueira inicial no relacionamento. Vale a pena ler. 
A grande maioria das pessoas  já sentiu vergonha do parceiro(a). Isto deixa claro que sentir vergonha da pessoa que está ao lado é bastante comum.
Talita, por exemplo, estava triste com a conversa que tivera com o namorado. Há muito percebia que ele evitava apresentá-la aos amigos. Até que resolveu perguntar-lhe o porquê desse comportamento. A resposta a surpreendeu: “Amo você, temos um sexo ótimo, mas tenho vergonha de te apresentar aos meus amigos porque você está gorda.” Entre os vários motivos da vergonha o aspecto físico parece ocupar lugar de destaque, mas existem outras razões. Um bom exemplo é a situação vivida por Vânia.
Professora, 33 anos, estava sozinha há algum tempo, quando conheceu Mário e por ele logo se apaixonou. Deixou de sair com os amigos e nada mais lhe interessava; passou a viver em função namorado, acreditando ter encontrado alguém que a completava. Dizia se sentir como se tivesse ganho na loteria, afirmando que um homem tão maravilhoso não anda sobrando por aí. Passados alguns meses, chegou ao meu consultório e desabafou: “Não sei o que está acontecendo comigo. De uns tempos pra cá tenho me decepcionado com Mário. Na verdade, ele não é essa maravilha toda que eu imaginava. Ele faz comentários ridículos sobre as coisas, é desinformado e não parece nada inteligente. Quando estamos num grupo, sinto muita vergonha dele. Será que eu inventei uma pessoa, que não existe?”
Provavelmente, no início do namoro, Vânia atribuiu a Mário características de personalidade que ele não possui. Isso é bastante comum. O amor romântico, tão valorizado no Ocidente, não é construído na relação com a pessoa real, que está do lado, e sim com a que se inventa de acordo com as próprias necessidades. Você idealiza a pessoa amada e projeta nela tudo o que gostaria de ser ou como gostaria que ela fosse.
Há uma névoa que distorce o real. Os amigos dizem: “O que ela viu nele?” ou “O que ele viu nela?” Porque eles veem a pessoa, enquanto você vê a imagem idealizada dela. É claro que, na intimidade da convivência do dia-a-dia, você acaba enxergando a pessoa do jeito que ela é. Tornam-se evidentes suas diversas características de personalidade. Seu jeito de ser e de pensar, sua inteligência ou sua limitação, como também sua generosidade ou seu egoísmo, sua coragem ou suas inseguranças, por exemplo.
Alguns aspectos nos causam admiração, outros repúdio, mas de qualquer forma não conseguimos mais perceber o outro tão maravilhoso como no início da relação. As nossas projeções sofrem a interferência da realidade. Não dá mais manter a idealização e a consequência natural é o desencanto. É nesse momento que, em muitos casos, surge a vergonha do parceiro.
O amor romântico teve início há 800 anos, no século 12, e apesar de só ter entrado no casamento em meados do século passado, é a propaganda mais difundida, poderosa e eficaz do mundo ocidental. Chega até nós diariamente através da literatura, novela, música, cinema. Com um detalhe: o amor romântico é uma mentira. Mente sobre mulheres e homens e sobre o próprio amor. É uma mentira há tanto tempo que queremos vivê-lo de qualquer jeito. Amamos o fato de estar amando, nos apaixonamos pela paixão.
Esse ideal amoroso nos é imposto, desde muito cedo, como única forma de amor. Contém a ideia de que duas pessoas se transformam numa só, havendo complementação total e nada lhes faltando. O amado é a única fonte de interesse, os dois vão se transformar num só, um terá todas as suas necessidades satisfeitas pelo outro, não é possível amar duas pessoas ao mesmo tempo, quem ama não sente desejo sexual por mais ninguém…
Na época em que vivemos, de grandes transformações no mundo, no que diz respeito ao amor o dilema se situa entre o desejo de simbiose com o parceiro e o desejo de liberdade. Por enquanto, não há dúvida de que desejar viver relações de amor fora do modelo romântico pode ser frustrante para a maioria. As pessoas são viciadas nesse tipo de amor e fica difícil encontrar parceiros que já tenham se libertado dele.
Mas acredito ser apenas uma questão de tempo. É possível viver um tipo de amor bem diferente, sem projeções e idealizações, longe da camuflagem do mito do amor romântico. Não alimentando fantasias românticas de fusão com outra pessoa, cada um tem a oportunidade de pretender se sentir inteiro, sem necessitar de outro para completá-lo. Aí então será possível descobrir as incontáveis possibilidades do amor e como ele pode se apresentar para cada pessoa em cada momento de diferentes maneiras.

sexta-feira, 21 de março de 2014

6 recentes descobertas da Psicologia.

Foi uma pessoa amiga do facebook que me indicou o site "O Pequeno Guru". Desde este momento tenho acessado, lido e aproveitado. Gostei bastante do artigo anterior e passo para meus leitores.



Você costuma se perguntar porque certas coisas são do jeito que são? Ou como teria sido se tivesse feito diferente? A ciência está longe de oferecer todas as respostas, ainda bem ou a vida não teria graça, mas ela tem ajudado pessoas comuns a compreender melhor suas atitudes e as das pessoas com quem convive.
“Saber é metade da batalha. Quando você descobre as inúmeras formas em que nossas mentes criam percepções e ponderam decisões e, subconscientemente opera, você começa ver as vantagens da psicologia. (Buffer App Blog)”
O que você faz, a maneira como age, reage e pensa em determinadas situações não é 100%  conscientge, assim como você tampouco 100% consciente. Todos nós viemos pré-programados pelos nossos genes e vamos sendo “updated” ao longo de nossas vidas. Conhecer um pouco dessa programação pode nos ajudar a viver melhor, sermos mais felizes e bem-sucedidos. A seguir, estão 6 grandes descobertas da psicologia que nos ajudam a entender melhor situações comuns do dia a dia. Tire proveito disso, humano.

#1 Porque errar é algo positivo

Efeito Pratfall (1966)
Os dois escorregões da atriz Jennifer Lawrence não foram suficientes para evitar que o publico se apaixonasse. É o Efeito Pratfall em ação, que faz com que simpatizemos com aqueles que erram de vez em quando, como nós, do que com pessoas perfeitas que estão sempre certas e nunca cometem uma gafe. Errar é humano e quem não erra (ou faz de tudo para esconder seus erros) é visto como não natural, perfeito demais e, acredite, as pessoas não gostam de nada perfeito, já que percebem como algo sem graça e não realista. Os seres humanos possuem maior afinidade com aqueles que compartilham semelhanças, e todos nós erramos. Logo, gostamos de pessoas que também erram. Desde que esses erros não se tornem hábitos. Cometer erros é normal, mas é saudável não se acostumar com eles.
Lição: não queira ser perfeito ou ninguém gostará de você.

#2 Porque acreditar nas pessoas faz a diferença

Efeito Pigmaleão (1965)
Segundo a mitologia grega, Pigmaleão foi um escultor que se apaixonou por uma de suas esculturas que considerava a imagem de mulher perfeita. Solteiro convicto ele ficara completamente apaixonado (para não dizer louco), então a deusa Afrodite transformou a sua obra em uma mulher real e juntos tiveram até uma filha. A moral da história é que se você acredita muito em algo, isso pode se tornar realidade. Não com um passe de mágica de Atenas, mas porque você e as pessoas envolvidas trabalharão para isso, gerando novas oportunidades e se doando mais. Por exemplo, se o seu chefe lhe dá uma tarefa complicada e com prazo curto, é porque ele acredita que você é capaz. Ele espera muito de você e, certamente, o seu desempenho será maior que o de qualquer outro. Isso é especialmente positivo para líderes, acreditar na sua equipe fará com que naturalmente você ofereça melhores condições para que os resultados sejam atingidos, além de motivá-los a dar o melhor de si.
Lição: Acredite em você e nos outros. Essa é a melhor forma de incentivar bons resultados.

#3 Porque ter muitas opções levam a escolher nenhum

Paradoxo da escolha
Eu adoro esse estudo e já perdi a conta de quantas vezes o vi citado em livros e artigos. Do ponto de vista do neuromarketing, as marcas devem trabalhar para diminuir a dor da decisão do cérebro primitivo (a parte do cérebro extremamente sensível à ameaça). Entenda “dor” como a resistência do consumidor a algo, geralmente é preço, mas pode ser qualquer dificuldade de chegar a uma decisão. O clássico estudo da geléia demonstrou que quando havia 24 opções de geléia para escolher, 60% das pessoas paravam, mas apenas 3% compravam. Por outro lado, com apenas 6 opções de geléia, o número de pessoas que paravam para ver era menor (40%), mas 30% deles compravam ao menos um produto. Em outras palavras, menos opções significa menos dor para o nosso cérebro decidir.
Lição: as pessoas adoram a liberdade da escolha, mas isso dificulta a decisão e podem acabar decidindo por nenhum.
(O outro lado: Benjamin Scheibehenne replicou vários estudos para entender quando isso ocorre realmente e o que ele descobriu foi que, na maioria das vezes, opções em excesso não fazem diferença alguma. Às vezes prejudica, mas em muitas ocasiões não afeta em nada. No entanto, a dor do cérebro primitivo realmente existe ao se deparar com muitas opções. Parece existir um número ideal em que o consumidor se sente confortável  — nem opções de menos, nem de mais — um estudo da Universidade de Bournemouth descobriu que o  número ideal de opções em um cardápio de restaurante é 7 para entradas e sobremesas e 10 para pratos principais. Talvez isso explique porque o McDonald’s tem 9 sanduíches e o Burger King 10.)

#4 Porque quanto maior a equipe, menor a iniciativa

Efeito do espectador (Bystander Effect), 1968
Você está na sala de aula com um colega e o professor faz uma pergunta. Você hesita e talvez não seja o 1º a responder. Agora pense na mesma situação, com você sendo o único na sala e havendo outros 12 na turma. Os psicólogos chamam isso de “confusão de responsabilidade”, o fenômeno de se sentir menos responsável quando há outras pessoas por perto. O estudo de Bibb Latane e John Darley que batizaram de “Efeito Espectador” diz que as chances de você receber ajuda de alguém é inversamente proporcional a quantidade de pessoas presentes. Pare para pensar como isso afeta o ambiente de trabalho e as salas de aula; equipes grandes costumam ser um problema porque um fica esperando pelo outro e quando um assume a responsabilidade, os outros presumem que o trabalho já está encaminhado.
Lição: seja direto ao pedir ajuda de alguém e  deixe claro as responsabilidades de cada um.

#5 Porque deve-se dar menos importância ao que os outros pensam

Efeito holofote (2000)
Além de ser uma completa bobagem porque impede você de ser autêntico e feliz, estudos mostram que nós não somos tão populares como imaginamos. A diferença entre o que se acha e a realidade é praticamente o dobro. Na maior parte do tempo, as pessoas estão ocupadas com milhares de outras coisas para notar nosso cabelo despenteado, a roupa velha ou que saímos dormindo na foto. Desculpa, mas você não é o centro das atenções.
Lição: não se preocupe demais com o que você fez ou que deixou de fazer, o impacto é certamente muito menor do que você pensa.

#6 Porque damos muita importância a uma coisa e esquecemos o resto

Ilusão de foco (The Focusing Illusion)
O ser humano tem uma enorme tendência a se ater a uma coisa e ignorar as outras, geralmente, é a mais negativa delas. Pense na última discussão banal com a namorada, o motivo pode ter parecido trivial para você, mas talvez porque ele não seja o real motivo. Vasculhe na sua memória por outros possíveis motivos, brigas anteriores, comentários, cara feia. A ilusão de foco do Daniel Kahneman funciona muito bem para aspectos negativos (quando se vê o problema, não a causa), mas ela está em tudo. O político que distribui cestas básicas ao povo, uma marca de fast-food com campanhas que promovem a alegria, uma matéria jornalística que diz que pessoas ricas são felizes. Todos exageram em um ponto, alterando a nossa percepção. A ilusão de foco é quando nos focamos demais em algo, dando a ele importância maior que a realidade, e deixamos de ver o que realmente importa. Somos campeões disso, e isso nos afeta de uma maneira  que nem percebemos.
Lição: procure sempre ter uma visão geral da situação, evitando se ater a fatos isolados.
[Baseado em artigo do blog Buffer App]

segunda-feira, 17 de março de 2014

5 Tipos de homens que poderão aparecer na frente de uma divorciada.


Não sou a favor de datas comemorativas. Exemplificando, dia dos pais, das mães, das crianças e, o que aconteceu em Março, dia das Mulheres. Pelo menos nesta forma consumista em que eles se transformaram. Se servirem para uma reflexão, ótimo. Serão bem-vindos.
O texto, a seguir, li-o em um site chamado “Mais de Trinta”.   Com humor e certa ironia, ele dá dicas até curiosas. Quem escreveu começou com o advérbio “infelizmente”. Resolvi tirá-lo e passar para vocês o resto do artigo..

Que tipos de homens, você, mulher, vai encontrar na vida, depois de separar-se?

Relacionamentos acabam e muitas vezes não podemos evitar que isso aconteça. Quando acontece, muitas mulheres têm dificuldades de voltar a sair e encontrar outros homens. Afinal, as coisas também mudaram, as relações, os lugares, as conversas, nada é como antes. Por isso o Mais de Trintar resolveu fazer um guia para você começar a sair novamente falando sobre os 5 homens que você vai conhecer depois que se divorciar.

São tipos que estão nas ruas, e provavelmente estarão em ambientes que você vai frequentar.
 Não podemos eleger os bons e ruins, tudo depende do que você quer e do momento em que está passando.

Conheça esses cinco tipos de homens que você vai conhecer após o divórcio.

1 – O Pai Divorciado:

Ele conhece sua dor. Também conhece outras muitas dores pelas quais você passou e sabe o quanto suas crianças significam para você. Se o relacionamento com ele ficar mais sério, você vai começar a passar um tempo com ele e os filhos e ver que tipo de pai ele é. O ponto negativo é que um Pai Divorciado sempre terá a ex-mulher em sua vida, portanto, resta torcer para que a ex não seja louca, não pegue no pé, ou ainda tem esperanças em voltar.

 2 – O Solteirão Divorciado:

Talvez ele queira crianças, talvez não, mas por alguma razão, esse cara não foi capaz de fazer seu casamento funcionar. Quando sair com um solteirão convicto, certifique-se de que ele não ama mais o seu estilo de vida do que você, afinal, isso pode trazer problemas e definitivamente não é um bom sinal para um começo de relacionamento.

3 – O Caçador de Lobas:

Existem homens que adoram sair com mulheres mais velhas. Certamente sair com um desses caras vai fazer com que você se sinta jovem, linda e sexy novamente. Quando isso acontecer, aproveite o momento mas não se apegue, afinal, ele provavelmente não vai querer nada sério, apenas algumas noites de sexo.

4 – O Gay que não se assume.


Não sabemos ao certo o que os levou a serem assim, às vezes uma religião que não permite o homossexualismo, outras são  pais muito conservadores, o problema é que esse tipo de cara não consegue admitir, mas ele é muito gay! E como ele precisa- infelizmente para o sofrimento dele -  provar para a sociedade que é hétero e “pegador”, ter uma mulher em seus braços é uma necessidade. Muitas vezes a mulher acaba se enganando, achando que ele é apenas sensível ou vaidoso, mas não caia nessa. Não dá para ter nenhum relacionamento feliz com ele.

5 – O Pai Viúvo:



Esse cara não teve a opção de terminar seu casamento ou não, afinal, ninguém consegue controlar a morte. Para quem acha que encontrar um viúvo é coisa que só acontece em novela, fique atenta, pois isso acontece e com certa frequência. Quando acontecer com você, procure identificar se ele já seguiu em frente, se não está apenas procurando uma madrasta para seus filhos, mas sim um novo amor para ele. E, pior, se ainda não esqueceu a falecida.

quinta-feira, 13 de março de 2014

Pais liberais ou conservadores? Um dilema.

Não existe manual para criar filhos. Além do mais, nós, pais, estamos sempre aprendendo com os filhos em constante evolução. Mas devemos ser liberais diante de tudo o que acontece no mundo e deixá-los soltos? Ou conservadores, mantendo-os presos a nós?
As opiniões divergem. O texto de hoje vai tocar no perigo que é ser  bastante liberal  e dar responsabilidade demais para os filhos quando ainda não estão preparados.

À primeira vista, deixar os filhos "soltos" demais pode até parecer um sinal de confiança forte dos pais. Mas liberdade em excesso pode tornar crianças e jovens carentes de uma figura que impõe limites.
Além disso, quando a liberdade é muito grande –principalmente no caso de crianças–, os pais acabam deixando para o filho a responsabilidade de tomar decisões que ele não tem maturidade para administrar. É o que diz o psiquiatra Içami Tiba, autor de diversos livros sobre educação, como "Quem Ama, Educa!" (Integrare Editora).
"Apesar de pensar que está ajudando o filho, os pais estão errando como educadores. Não se pode deixar a criança ou o adolescente fazer tudo que tiver vontade. São os adultos que vão arcar com as consequências dessa liberdade toda", declara Tiba. E, futuramente, os filhos também. 
"Os pais têm a ilusão de que proibir fará os filhos sofrerem. Só que, quanto menor a criança, menos conhecimento ela tem para avaliar as consequências dos seus atos", afirma a professora Audrey Setton Lopes de Souza, do Instituto de Psicologia da USP (Universidade de São Paulo). Segundo a especialista, a liberalidade excessiva não ajuda e, sim, assusta a criança.
Para Leila Salomão de La Plata Cury Tardivo, também professora do Instituto de Psicologia da USP, é preciso observar as características culturais e comportamentais de cada família. Há núcleos familiares que são, naturalmente, mais liberais; outros, mais repressivos. Só que existem regras e situações sociais que transcendem os conceitos ideológicos de cada grupo.

De acordo com Audrey de Souza, as regras devem começar a ser impostas quando a criança ainda é bebê. "A gente nasce com uma busca pelo prazer ilimitado. E são com regras básicas que aprendemos a lidar com o mundo", diz.
"Muitas crianças não querem ir à escola, mas não se pode acatar esse tipo de pedido. Todas as crianças têm o direito de estudar, isso é protegido por lei. Existem outros valores mínimos necessários para a convivência em sociedade, que devem ser ponderados na hora de liberar ou não o filho a fazer algo", fala a psicóloga Leila.

Adolescência

Segundo os especialistas, a liberdade total, geralmente, leva o adolescente para dois caminhos: um é a carência, o sentimento de estar abandonado. O outro é a delinquência.
A professora Leila Tardivo conta que, certa vez, acompanhou o caso de uma adolescente que fingia estar sempre conversando com a mãe pelo telefone. "Ela fazia de conta que tinha uma mãe que a repreendia, como as amigas tinham. Ela precisava de um cuidado, e a mãe não ligava, deixava a garota fazer tudo. Enquanto as amigas achavam aquilo legal, a menina se sentia abandonada", descreve a especialista.
Segundo a professora Audrey de Souza, o adolescente é transgressor por natureza e é preciso ir contra a essa tendência. "Para o jovem, é importante desafiar. A gente sabe que, uma hora ou outra, ele pode experimentar bebidas alcoólicas. É importante que haja um adulto que diga 'não'. Que dê bronca se ele beber. O desafio sem uma certa intervenção pode criar um delinquente, que só vai parar de cometer excessos quando for barrado pela justiça".

Opinião do blogueiro: Está faltando gente para dizer não. Já que não vamos conseguir tudo o que queremos quando adultos, as crianças devem conhecer seus limites.
Concordam?

domingo, 9 de março de 2014

18 dicas para se viver bem

Como meu aniversário é dia dezoito, resolvi passar 18 dicas de como viver bem. São atribuídas ao Dalai Lama (curiosamente, 9 letras. A metade de dezoito). Como tudo na Internet, é bom desconfiar. Quem sabe esta é mais uma dica em temos de internautas: Desconfie.




1 . Leve em consideração que grandes amores e grandes realizações envolvem grandes riscos. 2 . Quando você perder, não perca a lição . 3 . Siga os três R´s : 1 . Respeito por si próprio 2. Respeito pelos outros 3. Responsabilidade por todas as suas ações. 4 . Lembre-se que não conseguir o que você quer é algumas vezes um grande momento de sorte. 5 . Aprenda as regras de maneira a saber quebrá-los corretamente. 6 . Não deixe uma pequena disputa ferir uma grande amizade. 7 . Quando você perceber que cometeu um erro, tome providências imediatas para corrigi -lo. 8 . Passe algum tempo sozinho todos os dias. 9 . Abra os seus braços para mudanças, mas não abra mão de seus valores. 10 . Lembre-se que o silêncio às vezes é a melhor resposta. 11 . Viva uma vida boa e honrada. Então, quando você ficar mais velho e pensar no passado, poderá obter prazer uma segunda vez. 12 . Uma atmosfera de amor em sua casa é o fundamento para sua vida. 13 . Em desentendimentos com entes queridos, trate apenas da situação atual. Não fale do passado . 14 . Compartilhe o seu conhecimento. É uma forma de alcançar a imortalidade . 15 . Seja gentil com a terra. 16 . Uma vez por ano, vá a algum lugar onde nunca esteve antes. 17 . Lembre-se que o melhor relacionamento é aquele em que o amor de um pelo outro excede sua necessidade para o outro. 18 . Julgue o seu sucesso por aquilo que você teve que renunciar para consegui-lo.

quarta-feira, 5 de março de 2014

Oito Sinais de que você precisa de psicoterapia.

Há grandes resistências em começar uma psicoterapia. Já foi maior. Pesquisas têm mostrado o grande valor de uma psicoterapia até em tratamentos de graves doenças físicas. Vi este texto e pensei que poderia ser útil aos meus leitores.

Para ajudar quem está em dúvida, o site Huffington Post reuniu oito sinais de que a terapia pode ser um caminho, listados pelos psicólogos Reidenberg, Mary Alvord e Dorothea Lack. Confira:
Todos os sentimentos são intensos: todas as pessoas ficam tristes e com raiva, mas com qual intensidade e frequência? O excesso contínuo destes sentimentos também pode indicar um problema. Outro item que deve-se ficar de olho é a catastrofização, que é uma forma intensa de ansiedade em que se  superestima as consequências negativas de determinado acontecimento. “Pode ser paralisante, levar a ataques de pânico e até mesmo fazer com que evite certas coisas”, disse a psicóloga Mary Alvord.
Quando uma situação traumática não sai da cabeça: a dor causada pela morte de um ente querido, perda do emprego ou fim de um relacionamento pode levar à necessidade de terapia. Muitas vezes, as sensações ruins somem com o tempo, mas, em alguns casos, persistem e passam a prejudicar a vida da pessoa. Entre as reações estão se afastar de amigos ou se aproximar demais deles e a incapacidade de dormir.
Dor de cabeça e baixa resistência: você tem dores de cabeça inexplicáveis, dores de estômago ou resfriados recorrentes? Pesquisas confirmam que o estresse pode se manifestar como doenças físicas. Entre as queixas também estão pontadas musculares (sem prática de atividade física) e dor no pescoço.
Uso de substâncias: se você está bebendo ou usando drogas em maior quantidade ou pensando mais em lançar mão dessas substâncias, pode ser um sinal de que você está procurando formas de anestesiar sentimentos. Alterações no apetite (para mais ou menos) também podem ser sinais de que a pessoa está com problemas em lidar com o estresse. 
Receber feedback negativo no trabalho: mudanças no desempenho profissional  são comuns entre aqueles que lutam com problemas emocionais ou psicológicos. Você pode se sentir desconectado de seu trabalho, mesmo quando ele costumava lhe deixar muito feliz.
Deixar de gostar de atividades prazerosas: se as atividades que considerava prazerosas deixam de ter significado, pode ser um sinal de que algo está errado.
Relacionamentos tensos: nos relacionamentos, tem dificuldade de dizer o que realmente sente ou até de identificar o que está sentindo? Se você se sente constantemente infeliz durante as interações com familiares e parceiro, pode ser um candidato à terapia familiar.  
Amigos estão preocupados: seus amigos costumam notar mudanças no comportamento e alertar. Se você já ouviu perguntas como “está acontecendo algo?” e “está tudo bem?”, talvez seja melhor buscar a ajuda de um profissional.

Se você se indentificou, não exite, procure ajuda.

sábado, 1 de março de 2014

Conto: Jotagê e eu.

Algns leitores de meu novo livro, Contos, Encontros & Reencontros, pediram que postasse um dos contos para os leitores de 57 países que acessam o blog. Resolvi atender em parte. Colocar um conto  para os novos leitores lerem, mas de meu prmeiro livro, já esgotado (encontrado só em sebos). E no início do carnaval, algo bem leve para os foliões e não foliões.

JORGE GERALDO, EU E MEU LANCHE – Um conto.

Mas que menino chato e atemorizador era aquele Jorge Geraldo da minha tranqüila e sossegada infância turvelense. Isto era nome? Jorge Geraldo!! Nome duplo. Confesso que o meu também era duplo. Mas era mais bonito, mais sonoro. Ou seria a raiva reprimida? Apesar da mesma idade, ele era mais forte, sacudido e troncudo.  Parecia ter dez, e não oito como tínhamos, e, além do mais não usava óculos, como eu. E eu pelava de medo dele. E não era para menos. Jorge brigava com todo mundo na escola. Diziam até que já batera em meninos mais velhos. Até dona Lili a intransigente professora do ensino básico (naquela época era primário), abafava seus gritos quando o Jotagê estava por perto. Jotagê. Ele começou a exigir que as pessoas o chamassem assim. De modo que ele pintava o sete e aprontava com todo mundo.
Eu até que não teria muito problema com ele, desde que ficasse só no medo, e não acontecesse algo de estranho numa fria e cinzenta manhã em que ele roubou minha merenda. Foi na hora do recreio, quando todo mundo saía esfomeado da sala de aula e ia comer o lanche preparado com carinho pelas nossas mães (naquela época as mães preparavam lanche para os filhos e não havia merenda escolar) e tomar um café com leite quentinho (a coca cola ainda não tinha aparecido, pelo menos lá em Turvo). De repente Jorge Geraldo, ops, Jotagê, avançou para cima de mim e me arrancou com suas garras (sei que exagero) o pão com salame de minhas mãos.
- O que é isto? – ainda falei, assustado.
- Vou comer seu lanche – rosnou, já enfiando a bocarra no pão macio – Além do mais você está gordo. (Era uma mentira deslavada).
- E o seu?
- Não tenho.
Era a primeira vez que eu tinha contato com uma pessoa do MSM, Movimento sem Merenda, germe do futuro MST. Pobre que era, ia sem lanche. Mas, e o que eu tinha com isto? Tentei-lhe tomar o pão das mãos (o que revelava minha capacidade de resistência, mas que ficou por aí), porém,  ele me empurrou com violência.
- Se vier, te dou um murro na cara – ameaçou-me. E para encerrar o assunto:  - Não conte para ninguém.
Foi duro ter que agüentar as outras aulas, com a barriga vazia e o estômago roncando alto. Quando cheguei em casa, quase desmaiando de fome, comi que nem um doido o almoço adredemente preparado. (Este advérbio é para aporrinhar os leitores). E, lógico, não contei nada. Porém, como nos dias seguintes, ele continuava roubando meus lanches, e eu já começava a passar mal de tanta fome, chegando quase a desmaiar, não resisti e contei para minha mãe. Ela ficou uma fera. Esperou, um dia, o Jorge Geraldo passar em frente de nossa casa – ele morava por aqueles lados – e o agarrou pelo braço. (Ah, que felicidade não ter o ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente, também conhecido como “É Cacete no Adulto”).
- Vem cá, seo... (não posso flar a palavra que ela disse, nestes tempos politicamente corretos), moleque sem vergonha...
- O que foi, Dona Marcinha, não fiz nada... (Quer dizer que, além de valentão, mentiroso -ainda estou por aqui com ele me chamar de gordo-, ele era dissimulado?)
- Como não fez? Anda roubando a merenda de meu filho. Se você fizer isto mais uma vez, vou falar com o seu pai o José Geraldo (olha aí a origem do Jorge Geraldo) e o entrego para o soldado.
- Tá bom, ta bom – choramingou o menino malvado, enquanto me olhava de soslaio.
Ah, meu Deus (naquela época acreditava nele), para que fui falar com minha mãe? Ele vai me matar, ou no mínimo quebrar meus óculos e meus dentes da frente. Preciso rezar para Nossa Senhora, minha madrinha me ajudar, senão estou lascado. Só um milagre pode me salvar daquele MSM...
Bem, o milagre aconteceu. Deus escreve torto por linhas certas, ou seria o contrário. Enquanto eu temia por uma desgraça pessoal (pequena, diga-se de passagem diante da que vou narrar), uma grande desgraça ia ocorrer naquela tarde.  João Tadeu, um grande centroavante do time do Areinha, pai de Tadeuzinho (essa mania de os pais colocarem nos filhos o próprio nome), meu amigo do peito, passou mal no campo de futebol, e bateu as chuteiras. Digo, as botas. Foi uma consternação geral. O altofalante da igreja comunicou o falecimento, os sinos tocaram, o povaréu ficou todo compungido e todos se vestiram com as melhores roupas e foram para o velório – que ia varar a noite. O enterro seria no dia seguinte. E lá estava eu, como sói acontecer, para dar apoio ao Tadeuzinho e consolá-lo. A noite esfriara e o sereno caíra com um frio tal que não consegui deixar de me resfriar. Quando fui para casa, tossindo e espirrando, minha mãe me preparou uma gemada quente e dois comprimidos – ensinamentos da vovó – e fui para a cama, esquecendo do que eu poderia enfrentar no dia seguinte. Só quando me levantei é que me dei conta do perigo que me esperava: e agora?  Comecei até a espirrar de nervoso. Pensei em não ir à escola. Mas era protelar o sofrimento. A angústia. Resolutamente (não disse que eu era corajoso?) fui para as aulas e na hora do recreio já saí correndo em direção do Jorge Geraldo para entregar-lhe altruisticamente o meu lanche. O nervosismo era grande, de tal forma que, quando cheguei perto dele e estendi-lhe o delicioso pão com salame, o meu psiquismo me traiu e me levou a espirrar em cima do lanche.
- Eca – ele disse. - Que nojo.
- Não vai querer?.
- Não – falou secamente. Aliás,a única coisa seca ali era a fala dele, diante do molhaceiro que meu espirro aprontara.
Daquele dia em diante,  oferecia sempre  o lanche para o Jotagê, mas antes ou cuspia, ou espirrava de mentirinha, ou lambia-o, e ele recusava no ato.
Pois é, o Jorge Geraldo além de valentão, mentiroso (gorda é a avó dele), dissimulado, era nojento. Não gostava de lanche espirrado...